Que se enleva com a sua desgraça;
Exulta o rude, que a magoa na praça
Zombando da dor que omissa sente.
Tolhida, infausta, a linda gente passa
Os séculos da vida, a tudo indiferente,
Mendigando restos da ceia excludente
Que alimenta a sanha da ilustre massa.
Acuado e humilhada no seu domínio
Faz do peito sofrido um mero escrínio
De livre esperança num ideal novo,
Mas, quando das cinzas, ressurgir a lei
Fará justiça ao beijo que traiu o Rei
julgará o lábio que enganou o povo.
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