domingo, 29 de janeiro de 2017

TURISMO "SUS - TENTÁVEL"

Felizmente na Paraíba, aos poucos, vão surgindo idéias importantes que trazem luzes ao obscuro futuro do nosso planeta.  Esses juízos próprios do novo tempo estimulam substancialmente as pessoas a cultivarem novos conceitos capazes de darem ânimos à produção de concepções determinantes para se conviver harmoniosamente com a natureza. A pauta desse moderno pensamento partiu da necessidade por excelência de economizar os raríssimos e preciosos recursos naturais, principalmente água e energia, suscitando daí, portanto, uma saudável racionalidade sobre esses limitadíssimos bens.

Há tempos longínquos vem o homem sugando, desmedidamente os recursos naturais da terra, apenas por obra e graça de sua inerente ignorância. Talvez pensasse esse senhor de si, que essas dádivas naturais durassem para sempre, eternamente. Porém, ledo não foi só o engano, desse patriarca intransigente, mas a dura e implacável realidade que se instalou em algumas regiões do Brasil consideradas prodigiosas em precipitação pluviais. A crise hídrica forçou a revisão de conceitos até então perseverantes, contínuos, que se sustentavam em teses frágeis de técnicos venais e soberbos. Agora, depois dos desabastecimentos em escala assustadora do precioso liquido enfrentados as duras penas por algumas cidades importantes do País, é que se descobriu que esses bens são finitos e, por isso, devem ser preservados ao extremo.

A Lei 9.433/1997, denominada “Lei das Águas” sentencia com elevado zelo em seu artigo 1º, I - “A água é um bem de domínio público”; II – “Água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico”. Com esse formidável raciocínio se abriram perspectivas inovadoras e criativas capazes de satisfazem as necessidades das presentes e futuras gerações, protegendo o ambiente e os recursos naturais, promovendo de modo seguro, o crescimento da atividade econômica de forma sustentável, nas zonas extremamente sensíveis (zonas onde se exploram o turismo).

De modo que as nossas riquezas naturais, preciosas e extremamente efêmeras precisam ser inadiavelmente salvaguardadas das atividades econômicas predatórias, que por sua natureza selvagem, tendem a causar danos ao nosso sistema ambiental, por falta ou deficiência de uma legislação proba e um planejamento eficiente. Porém, é necessário anular urgentemente as imperfeições a esse respeito e adoção de medidas efetivas devem ganhar espaços nessa prodiga empreitada, que é a busca do obvio: preservar para sobreviver. Todavia, robustas ações devem ser explicitadas e as medidas aplicadas com responsabilidade dentro de um rigoroso método de eficácia e de participação de instituições públicas, privadas e da sociedade organizada.

Certamente, assim, com o empenho de todos, haveremos de alcançar as nossas pretensões válidas e sóbrias baseadas no equilíbrio entre a natureza e o desenvolvimento do turismo de forma literalmente sustentável. De modo que o Turismo Sustentável precisa conciliar os desejos intensos dos turistas com os interesses múltiplos das regiões que os acolhem, cuidando e protegendo o meio ambiente, sem se esquecer de encorajar sempre o potencial da atividade considerando essencialmente, o meio no qual estar inserido.

Medrar o turismo de forma eminentemente sustentável significa na pratica desenvolver ações legitimas e ordenadas nessa ordem:

a) ser socialmente justas;

b) economicamente executáveis;

d) moralmente éticas.

c) ecologicamente corretas;

Considerando:

a) os recursos naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia;

b) promover o reuso da água;

c) implantar sistema que economize energia;

d) se possível fugir ao máximo da produção de dejetos.

Nesse raciocínio, devem-se considerar também, as atividades turísticas programadas, cuidando com esmero proteger o patrimônio natural, formado pelo ecossistema e biodiversidade, elevando o nível de preservação das espécies ameaçadas da fauna e da flora selvagem. De forma que os anos 90 trouxeram à baila uma expressão que revolucionou todos os conceitos até então formados sobre o meio ambiente e que de modo inteligente tornou possível despertar toda força do turismo dentro de uma visão conciliadora universal de que é necessário e urgente a conservação da vida sem destruir o meio em que se vive. No entanto, esse vocábulo, enfatizava também no seu interior, aspectos econômicos, sociais, culturais, ambientais e políticos, capaz de convergir sinergias para o seu entorno santificado de "sustentabilidade".