sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FILHOS ESTRANHOS, MÃE ABANDONADA

A glória de um povo é o seu passado, isto porque antigas lições norteiam o presente e projeta com fadiga e esmero um futuro promissor. Sempre foi assim na história das sociedades tanto sagradas como profanas; mirar os saberes para alcançar o mundo luminoso da instrução com o propósito de construir uma civilização sábia e humanamente justa. O gênio disse: “só se ama mais aquilo que se conhece”. Você conhece São Mamede? Diga-me, lembra-se das bolandeiras (máquina utilizada para descaroçar algodão) e dos vapores (denominação local dada a algum tipo de bolandeira) que povoavam o nosso município? Sabe alguma coisa sobre os minérios de pedras preciosas e semipreciosas que têm seu subsolo? Sabe algo sobre o ciclo dos engenhos que funcionavam durante seis meses produzindo mel e rapaduras? Sabe da existência das casas de farinha? “Severino Brito, Biu Brito”, nos anos 60, instalou aqui uma fabrica de sabão de boa qualidade, deu muitos empregos; visionário por índole e exímio empreendedor por convicção ainda instalou uma fábrica de confeitos (balas), nesta deu empregos para adultos e crianças. Já ouviu falar da “Araújo Rique”, sabe por que ela fechou? Quando a “SANBRA” foi embora onde você estava? Você se manifestou quando a “CLEILTON” resolveu partir? Por que você cruzou os braços com a falência da “CARIOCA”? Você foi fraco demais quando viu usurparem a CORSAME e nada fez para impedir. Depois permitiu que o seu patrimônio fosse vendido para estranhos e estes o mantém sob a sombra de melão-de-São-Caetano – frase do Frade vidente. Convém observar que o apotegma do Frade espelha muito bem a nossa realidade, porque justifica os meios e os fins sendo ele (o apotegma) profundamente filosófico e verdadeiramente atual; tentaremos traduzi-lo para facilitar a compreensão. O melão-de-são-caetano é uma planta brasileira, cujos frutos, pequenos e piriformes, são avermelhados e muito doces, segundo Aurélio. É uma planta trepadeira muito freqüente em cercas, latadas, na copa das arvores, escombros e principalmente em construções velhas ou abandonadas. Quando essa planta se instala nas cercas, cria-se uma espécie de esteira bem trançada com seus ramos, que embora frágeis, mas muito densos, formando quase uma parede. Nas latadas está sempre sobre o teto se entrelaçando com as palhas, tornando mais compacta a cobertura. Na copa das arvores forma uma tela que impede a entrada dos raios solares, provocando a queda das folhas desnudando-a, tornando-a estéril, com aspecto de morte e sem prosperidade, assim nada se cria ao redor do seu tronco. Nos escombros a representação do caos; nas construções velhas ou abandonadas a sugestão do descaso, da inércia, enfim da desconstrução do futuro, da vida. Você conhece alguma coisa que esteja sob a sombra de melão-de-são-caetano em São Mamede? Então, recuperar a autoestima de uma sociedade totalmente fragmentada por ideologias absurdas e argumentos psicologicamente clientelistas e ainda, conter um gerenciamento estrangulado e preparado para viver o imobilismo indolente é preciso: suscitar um poderoso impacto social que imploda literalmente toda estrutura retrógada e decadente que insiste eternizar-se. Portanto, se não olharmos para o nosso passado glorioso e dele tirarmos os ensinamentos meritórios para edificarmos o nosso futuro, com certeza seremos taxados de filhos estranhos para uma mãe abandonada.

SERRA DA VILA DE PICOTES EM SÃO MAMEDE-PB

SERRA DA VILA DE PICOTES EM SÃO MAMEDE-PB

LAGEDO DA VILA DE PICOTES EM SÃO MAMEDE-PB

LAGEDO DA VILA DE PICOTES EM SÃO MAMEDE-PB

LAGEDO DA VILA DE PICOTES EM SÃO MAMEDE-PB


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE-PB

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE-PB

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE-PB

SÃO MAMEDE UMA CIDADE TURÍSTICA

A beleza estonteante que a natureza legou a São Mamede está exposta nos painéis logo abaixo deste texto, pelo olho mágico das lentes do fotográfico Carlos Queiroga da CLIOTUR. São imagens que falam por nós São Mamedenses, talvez os atuais deuses nos invejem porque temos as mais lindas paisagens do sertão. Não precisamos despertar Narciso porque somos despertos pela extraordinária benevolência de Deus que nos fez nascer, as margens do impetuoso solitário o rio Sabugy.

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE-PB

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE-PB

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE

INSCRIÇÕES RUPESTRES EM SÃO MAMEDE

IMAGEM DA CAPELA DA VILA DE PICOTES

IMAGEM DE UMA CASA DE FAZENDA NO MUNICÍPIO DE SÃO MAMEDE

ESCALADA DA SERRA DE PICOTES

ESCALADA DA SERRA DE PICOTES

ESCALADA DA SERRA DE PICOTES

ESCALADA DA SERRA DE PICOTES

IMAGEM AO FUNDO DE UMA DAS FORMAÇÕES ROCHOSAS DA VILA DE PICOTES

DESCIDA DA SERRA DE PICOTES

CONTEMPLAÇÃO DA EQUIPE - SERRA DE PICOTES

CONTEMPLAÇÃO DA EQUIPE - SERRA DE PICOTES

CONTEMPLAÇÃO DA EQUIPE - SERRA DE PICOTES

CONTEMPLAÇÃO DA EQUIPE - SERRA DE PICOTES

TURISMO DE CONTEMPLAÇÃO - A EQUIPE DA CLIOTUR

CASAS DA VILA DE PICOTES - SÃO MAMEDE

O CASARÃO QUE PERTENCEU A ANTONIO CAXEIRO

CARREGADOR DE ÁGUA DA VILA DE PICOTES

PLANTA CONHECIDA COMO ERVA BABOSA DE GRANDE VALOR MEDICINAL NO SERTÃO - SÃO MAMEDE

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CONTINUAÇÃO DOS GRANDES NOMES DA LITERATURA POPULAR

Mas, em fim o que é poesia popular? Suponho ser o modo puro e direto de animar e consolar os espíritos fadigados através da arte de fazer versos. Cantar os sentimentos do povo cuidando-lhe dos sonhos, ironizando as dificuldades, exibindo o fantástico e construindo cenas do dia-a-dia numa linguagem simples, sem mistificar a realidade, mas apresentando sempre o mundo literalmente real. O poeta Patativa do Assaré, faz uma comparação do poeta popular com o poeta clássico (cantor de rua) quando diz no início do seu poema “Cante lá que eu conto cá” – poeta, cantô de rua/ Que na cidade nasceu/ Cante a cidade que é sua/ Que eu conto o sertão que é meu – nas estrofes 11, 12 e 13; fica demonstrado, portanto, nesse aspecto, o quanto a poesia clássica se distancia da realidade para viver o mundo mágico das ilusões. Veja o que disse Patitiva:

Seu verso é uma mistura,
É um tá sarapaté,
Que quem pouca leitura,
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive,
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.

Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra todo canto que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vez andando no vale
Atrás de curar meus male
Quero repará pra serra,
Assim que óio pra cima
Vejo um diluve de rima
Caindo inriba da terra.

Mas tudo é rima rastêra
Da fruita de jotobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é diferente
E nosso verso também.

À distância a que nos referimos acima, fica evidente na técnica refinada, na elaboração das imagens e no tom eloqüente dos versos marca registrada dos poetas clássicos. Outro aspecto importante é a migração de poetas populares para o meio clássico, às vezes, chegam até a ignorar as suas origens. Essa migração sempre se dá por três motivos possíveis: ascensão cultural, social ou econômica, fato inerente também as pessoas. A verdade é que quando se verifica certo nível de melhoria nas condições de vida, as pessoas tendem aprimorar as necessidades e refinar-se desprezando suas raízes, isso ocorre porque, dizem os novos clássicos, as concepções mudam e se aprofundam em direção ao esplêndido, o olhar simples passa a ser critico e exigente, despertam as regras que movem o “bom gosto” que sugere o belo e como conseqüência às artes clássicas.
Também, se pode afirma que a poesia não se originou em um único lugar, região ou País, a poesia tem sua origem na palavra, e esta criada apenas a “conferir designações às coisas”, encantou o homem e perpetuo-se como a primeira das artes. Estudiosos levantam questões as mais diversas para apontar a origem ou determinar o lugar de onde veio à poesia, mas creio ser esforço inútil. Relata a história que Homero foi o maior poeta Grego de todos os tempos, autor das obras Ilíadas e odisséias que tratam da civilização desse povo maravilhoso e que viveu entre os séculos 9 e 8 a.C, e acredita-se que sua vida vai até 700 a.C. Suponho ainda, que antes desse fabuloso poeta Grego, tenha existido outros tão fabulosos quanto ele: em impérios, reinos, colônias, estados e/ou cidades estados. Só que as obras desses poetas não chegaram os nossos dias, ao contrario das de Homero, isto por razões obvias, tais como: invasões, guerras, tirania e perseguições.
Todavia, países invasores do passado como: Inglaterra, Espanha, Holanda, França e Portugal, além de cometerem inominável violência aos países invadidos, ainda pilhavam suas riquezas e destruíam a identidade cultural do povo. Diferentemente do império Romano (não que esse império tenha sido bonzinho, isso não); mas procurava preservar a identidade do povo dominado para evitar problemas, segundo o poeta latino Horácio. Portanto, considerando a chegada desastrada dos espanhóis às Américas, poderíamos chamá-los de iconoclastas perversos e não colonizadores, que o diga os povos “Incas e Maias”, que habitaram às Américas.
Muito pouco ou quase nada restou da cultura exuberante desses povos. Certamente nessas sociedades havia poetas, escritores, pintores, músicos enfim, artistas. Quem eram eles? Como viviam? Onde estão as suas obras? Quem as guardou ou quem as escondeu? Ora, esses povos tinham uma cultura de um nível muito elevado para os padrões da época, algumas relíquias ainda existentes provam isto, mas são apenas retalhos dessas sociedades grandiosas e nada mais. Outros povos povoaram o mundo e legou suas culturas a posteridade, mas em que mundo elas estão?
As dúvidas pairam sobre uma nevoa densa de um passado longínquo e nebuloso, as explicações não convencem, sobram perguntas sem respostas. Assim, suponho que a poesia sempre esteve presente na vida dos povos; popular ou clássica não importa de onde veio e nem pouco ou muito me interessa. Apenas encho-me de alegria em saber que o primeiro verso foi obra de Deus, “Que exista a luz”! E a luz começou a existir.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A POLITEÍA


“O poder das massas para fins privado$, eis a filha dos Gregos!”. De fato, a política é a mãe generosa dos políticos e a madrasta impiedosa dos eleitores; estar mais para a arte de enganar do que o relativismo despretensioso do servir. Ao apresentar-se à tamanha empresa o ente político se ergue do seu estado real para o de supersalvador; e do seu generoso vocabulário preceitua uma expressão que marca o início de toda saga genuinamente grega: é de uma eloquência única e tem um padrão estético próximo do divino “eu quero ajudar ao meu povo” – principio da injustiça! Platão, no pleno domínio da razão e conhecedor das fraquezas humanas explode seu gênio num aforismo tão esplêndido para o povo grego, quanto ineficaz para o povo do país do carnaval: “quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado”. Imagine quantos poderosos infelizes existem na pátria dos “sem”: terra, teto, saúde; algozes com capa de vidro e terno de seda. No entanto, o sábio do povo brada aos ouvidos mudos: “toda injustiça sempre começa em mim!”; já o tolo de plantão esbanja toda sua capacidade intelectual num apotegma da filosofia laica: “tudo é permitido por Deus!” Enquanto isto, os extremos se congregam, os opostos se amam, o meio sucumbe e o fim... Uma conta bancária maravilhosa!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

GRANDES NOMES DA POESIA POPULAR

Possivelmente, o ano de 1830 marca historicamente o início da poesia popular no nordeste brasileiro, estão entre os representantes principais os poetas mal-assombrados, Ugolino Nunes da Costa e seu irmão Nicandro Nunes da Costa, filhos do famoso poeta Agostinho Nunes da Costa, natural de São João do Sabugi – RN. Estes bardos cantadores da poesia pé de parede se utilizavam de alguns instrumentos para acompanhá-los nas cantorias, tais como: a viola, o pandeiro, a rabeca e ou o ganzá.

Na última década do século XIX, sugerem algumas leituras, que poetas populares Paraibanos, migraram para o Estado de Pernambuco, fugindo de dificuldades econômicas, climáticas ou a procura de espaços para divulgarem a literatura de cordel, a grande maioria radicalizou-se na capital.

No Recife, esses poetas encontraram um terreno infinitamente fértil para disseminar o vírus cultural dessa literatura: além das condições econômicas favoráveis às realizações, ainda receberam “influencias” do movimento intelectual poético crítico, filosófico, sociológico, folclórico e jurídico de 1860 e 1880, conhecido como a “Escola do Recife”, que alargou horizontes importantes, sob influxo de Tobias Barreto, Joaquim Nabuco e o “carrasco” dos escravistas, Castro Alves. As décadas foram promissoras, dizem as leituras, porque ainda brilhavam os raios luminosos do saber; persistiam as discussões acirradas que aqueciam as mentes e os espíritos belicosos e, as prodigiosas polêmicas excitavam a sociedade que respondia com elevado entusiasmo e empolgação.

Dentre os poetas paraibanos que experimentaram um “pouco” desse legado extraordinário que foi o imensurável colosso da “Escola do Recife”, estão: Leandro Gomes de Barros nasceu no sitio “melancia” município de Pombal - PB, em 19 de novembro de 1865 e faleceu no Recife - PE, em quatro de março de1918; Silvino Pirauá de Lima nasceu no município de Patos – PB, no ano de 1848, em 1898 migrou para o Recife onde fixou residência, faleceu em 1913 na cidade de Bezerros – PE; João Martins de Ataíde nasceu em cachoeira de Cebolas, povoado de Ingá de Bacamarte – PB, em 23 de junho de 1880, na seca de 1898 migrou para Pernambuco, radicalizando-se no Recife, faleceu na cidade de Limoeiro – PE, em 1959; Francisco das Chagas Batista nasceu na vila do Teixeira - PB, em cinco de maio de1882, faleceu em João Pessoa - PB, em 26 de janeiro de 1930. Em 1900, vendia água e lenha e estudava em Campina Grande – PB, e em 1902 escreveu seu primeiro folheto, “saudades do sertão”. Em 1905 vendeu folhetos no Recife, e em Olinda esteve no seminário, mas passou pouco tempo por lá.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DE SÃO MAMEDE

há 30 anos a Escola Cenecista Marcos Barbosa se faz presente em São Mamede, sempre procurando levar o ensino àqueles que são menos favorecidos economicamente.
São três décadas de lutas nesta nobre, porém árdua e difícil tarefa. Muitas dificuldades foram superadas e outras serão com certeza.
A escola Cenecista Marcos Barbosa é patrimônio da própria comunidade, sendo seu objetivo, meio e fim. A Escola e poder público caminham lada a lado nesta missão comunitária.
A Escola Cenecista Marcos Barbosa continua, hoje, realizando significativa obra no ensino do nosso município e já criou sadia tradição, que deve ser preservada e fortalecida, para alcançar plenamente o ideal de humanização no ensino.
Em 1991 a Escola Cenecista volta com força total, trazendo ao educando toda aquela garra que sempre caraterizou nossa Escola, proporcionando, assim, ao nosso alunado uma educação dentro dos padrões que marcaram esta grande instituição educacional, esto graças ao trabalho abnegado de nossos professores e funcionários.

1991 SERÁ O ANO DAS GRANDES REALIZAÇÕES DA ESCOLA:

- Criação do Grupo Folclórico - Coordenação do Prof.º Saraiva
- Criação do Grupo de Ginástica Rítmica - Coor. Pela Profª Days
- 2ª Integração de Estudos Pedagógicos (Feira de Ciências)
- Criação da Sala de Ciências com a participação de professores da disciplina e alunos
- Aumentar para 100 o número de instrumentos da Banda Marcial
- Apresentação da Banda Marcial em outros municípios
- Participação das equipes esportivas nos jogos escolares das cidades de patos e Picuí - além de atender convites de outros municípios.
- Gincana Cultural
- Oferecer a comunidade cursos profissionalizantes em convênio com o Senac
- Aulas de Inglês para 2ª, 3ª e 4ª séries do 1.º Grau menor (primário)

A Escola Cenecista Marcos Barbosa promove o aluno através da Educação e Cultura Você estrá assegurando ao seu filho, uma educação fundamentada nos princípios da fé e formação cristã, um ambiente de liberdade e disciplina sadia.

SÃO MAMEDE, DEZEMBRO DE 1990
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CORTESIA PUBLICITÁRIA
Francisco de Assis Morais proprietário do ARMAZÉM SÃO FRANCISCO à rua Sete Irmãos, deseja aos clientes e amigos que a noite de NATAL os aproxime e como irmãos festejem o aniversário daquele que é a luz do mundo. FELIZ NATAL! PRÓSPERO ANO NOVO!

Cristo nasceu para trazer-nos paz, perdão, vida e salvação! Que este NATAL mais uma vez nos ensine a viver esta mensagem ao longo de mais um ano. FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO! São os votos de Francisco Machado e os que fazem a FARMÁCIA N. S. DOS REMÉDIOS, à rua Gov. João Fernandes de Lima - São Mamede - PB.
Divulgada a mais de 21 anos - totalmente na íntegra.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O SOCIALISMO EM RELAÇÃO A SEUS MEIOS – NIETZSCHE

O socialismo é o fantástico irmão caçula do despotismo quase falecido, do qual quer receber a herança; seus esforços são, portanto, no sentido mais profundo, reacionários. De fato, deseja uma plenitude de poder do Estado, tal como só o despotismo jamais teve, ultrapassa até mesmo tudo o que o passado mostrou, porque trabalha para o aniquilamento formal do individuo: é que este lhe parece como um luxo injustificável da natureza, que deve ser por ele transformado num órgão útil a comunidade. Em conseqüência desse parentesco, se mostra sempre na proximidade de todas as ostentações excessivas de poder, como o velho socialista típico, Platão, na corte do tirano da Sicília; deseja (eventualmente, exige) o despotismo de Cesar deste século, porque, como já disse, gostaria de ser o herdeiro.
Mas essa herança não bastaria a seus objetivos, necessita a sujeição total de todos os cidadãos ao Estado absoluto, tal como jamais existiu algo semelhante; e como não tem mais o menor direito de contar com a velha piedade religiosa para com o Estado, que pelo contrário deve, apesar de tudo, trabalhar constantemente para sua supressão – porquanto, de fato, trabalha para sua supressão de todos os Estados existentes – não pode ter esperança de uma existência futura senão durante curtos períodos, aqui e acolá, graças ao mais extremo terrorismo. Por isso é que se prepara silenciosamente para a dominação por meio do terror e enfia nas massas semicivilizadas, como um prego na cabeça, a palavra “justiça”, a fim de lhes tirar toda a inteligência (depois que essa inteligência já sofrer muito com a semicultura) e de lhes criar uma boa consciência para o jogo sujo que deverão jogar.
O socialismo pode servir para ensinar de modo brutal e convincente o perigo de todas as acumulações de poder no Estado e, nesse sentido, insinuar uma desconfiança para com o próprio Estado.
Quando sua voz rouca se misturar com o grito de guerra “O mais possível de Estado”, esse grito se tornará primeiramente mais barulhento que nunca, mais logo eclodirá com não menos força o grito oposto: “O menos possível de Estado”.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

EXPANSÃO CULTURAL

O processo de expansão cultural que marcou as civilizações antigas contribuiu para dar formas características à poesia a principio narrativa por natureza. A Odisséia de Homero, por exemplo, explica o poema épico de um passado longínquo (do Grego epos que quer dizer, canto ou narrativa), ponto alto de raízes primitivas e populares.
Expressivos, os poemas homéricos, compostos de versos hexâmetros dactílicos, versos de seis pés ou seis silabas poéticas, alternando-se em uma silaba longa e duas breves, estrutura especifica do período épico grego que entusiasmou toda era clássica tanto, na Grécia como no Império Romano e que continua como ícone de toda literatura mundial em todos os tempos.
A influência grega permitiu aos romanos preparar os fundamentos essenciais à sua própria civilização, isto é fato inegável. Como é inegável também afirmar que nas entrelinhas da “cultura latina, percebemos destacada semelhança literária em relação à cultura grega”. Vejamos então, o poema épico, a Eneida (em latim Aeneis), escrito por Virgilio no século I a. C., (quando o imperador Cesar Augusto, lhe encomenda à composição de um poema épico que contasse à posteridade, à glória e o poder de Roma), o poema expõe fatos fabulosos de uma época fantástica. A Eneida conta a história de Eneias, um troiano, sobrevivente à guerra de troia, que viaja através do Mediterrâneo até chegar à região que atualmente é a Itália; diz à narrativa que o seu fadário era ser o pai de todos os romanos.
Essa epopéia virginiana possibilitou a criação de grandes poemas épicos, tais como: a Divina Comedia, de Dante Alighieri, Orlando Furioso, de Ludovico Ariosto, e Os Lusíadas, de Camões, que só foi possível graça a Sá de Miranda, que após a morte do pai, parte para Itália em 1521 e ai permaneceu até 1526 aproximadamente. No berço da revalorização das referencias culturais da antigüidade clássica, que apontou os rumos de um novo ideal humanista e naturalista, o lusitano pôde conviver com algumas das personalidades mais expressivas do Renascimento italiano: Pietro Bembo, Sannazaro e Ludovico Ariosto. Nesse período absorveu e estimou muito a estética literária que os humanistas se dedicavam com elevado ardor.
Retorna a Portugal por volta 1526/1527, exalta os patrícios com os louros artístico-literários dessa maravilhosa viagem (a nova estética) promovendo o soneto, a canção, a sextina (poema que tem um dos sistemas estróficos mais difíceis e raros), as composições em tercetos e em oitavas e os versos de dez sílabas. “Produziu composições poéticas de altíssimo valor literário, escreveu a tragédia “Cleópatra”, as comédias “Estrangeiros” e Vilhalpandos” e várias Cartas em verso, uma das quais dirigida ao rei D. João III, de quem gozava de grande amizade. Faleceu em Amares, no Minho, na quinta para onde se retirara por não se ter adaptado à vida da Corte; não informo a data precisa de sua morte por não encontrar dados seguros nos relatos biógraficos.