terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
FILHOS ESTRANHOS, MÃE ABANDONADA
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
SÃO MAMEDE UMA CIDADE TURÍSTICA
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
CONTINUAÇÃO DOS GRANDES NOMES DA LITERATURA POPULAR
Seu verso é uma mistura,
É um tá sarapaté,
Que quem pouca leitura,
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive,
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.
Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra todo canto que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vez andando no vale
Atrás de curar meus male
Quero repará pra serra,
Assim que óio pra cima
Vejo um diluve de rima
Caindo inriba da terra.
Mas tudo é rima rastêra
Da fruita de jotobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é diferente
E nosso verso também.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A POLITEÍA
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
GRANDES NOMES DA POESIA POPULAR
Possivelmente, o ano de 1830 marca historicamente o início da poesia popular no nordeste brasileiro, estão entre os representantes principais os poetas mal-assombrados, Ugolino Nunes da Costa e seu irmão Nicandro Nunes da Costa, filhos do famoso poeta Agostinho Nunes da Costa, natural de São João do Sabugi – RN. Estes bardos cantadores da poesia pé de parede se utilizavam de alguns instrumentos para acompanhá-los nas cantorias, tais como: a viola, o pandeiro, a rabeca e ou o ganzá.
Na última década do século XIX, sugerem algumas leituras, que poetas populares Paraibanos, migraram para o Estado de Pernambuco, fugindo de dificuldades econômicas, climáticas ou a procura de espaços para divulgarem a literatura de cordel, a grande maioria radicalizou-se na capital.
No Recife, esses poetas encontraram um terreno infinitamente fértil para disseminar o vírus cultural dessa literatura: além das condições econômicas favoráveis às realizações, ainda receberam “influencias” do movimento intelectual poético crítico, filosófico, sociológico, folclórico e jurídico de 1860 e 1880, conhecido como a “Escola do Recife”, que alargou horizontes importantes, sob influxo de Tobias Barreto, Joaquim Nabuco e o “carrasco” dos escravistas, Castro Alves. As décadas foram promissoras, dizem as leituras, porque ainda brilhavam os raios luminosos do saber; persistiam as discussões acirradas que aqueciam as mentes e os espíritos belicosos e, as prodigiosas polêmicas excitavam a sociedade que respondia com elevado entusiasmo e empolgação.
Dentre os poetas paraibanos que experimentaram um “pouco” desse legado extraordinário que foi o imensurável colosso da “Escola do Recife”, estão: Leandro Gomes de Barros nasceu no sitio “melancia” município de Pombal - PB, em 19 de novembro de 1865 e faleceu no Recife - PE, em quatro de março de1918; Silvino Pirauá de Lima nasceu no município de Patos – PB, no ano de 1848, em 1898 migrou para o Recife onde fixou residência, faleceu em 1913 na cidade de Bezerros – PE; João Martins de Ataíde nasceu em cachoeira de Cebolas, povoado de Ingá de Bacamarte – PB, em 23 de junho de 1880, na seca de 1898 migrou para Pernambuco, radicalizando-se no Recife, faleceu na cidade de Limoeiro – PE, em 1959; Francisco das Chagas Batista nasceu na vila do Teixeira - PB, em cinco de maio de1882, faleceu em João Pessoa - PB, em 26 de janeiro de 1930. Em 1900, vendia água e lenha e estudava em Campina Grande – PB, e em 1902 escreveu seu primeiro folheto, “saudades do sertão”. Em 1905 vendeu folhetos no Recife, e em Olinda esteve no seminário, mas passou pouco tempo por lá.