quinta-feira, 18 de novembro de 2021

SOBRE A EDUCAÇÃO


Enquanto a educação estiver à mercê de “arrivistas caricatos de aluguel”, o educando jamais alcançará a eficiência necessária que lhe credencie ao ápice da carreira profissional. Isto ocorre em razão da intromissão desses picarescos ditadores, que não têm conhecimentos de causa nem base científica para seguir os passos rítmicos de uma educação cidadã e transformadora. A sua sabujice se subordina a comandos externos que ditam o modelo a ser seguido nas escolas. Esse hábito provoca profundas lesões graves ao intelecto criador e causarão ações danosas e irreversíveis à formação dos discentes. Estas irreflexões assumem formas de saberes disfarçados de êxitos, fatos revelados somente num futuro breve que é quando se enfrenta a vida e as exigências da sociedade em campo aberto: Estes males asquerosos, infames e corrompidos no meio ocorrem com a conveniência abissal de professores limitados, preguiçosos, pais relapsos e desinformados.   

MÁRIO BENTO DE MORAIS.

O PERFUME DOS DEUSES

A educação mão é indolente e nem é sombra a videiros burlescos; não se adapta a paradigmas “consensuais” nem se doma a tiranos; caminha com os pés da liberdade e se alimenta com os manjaras da justiça e da verdade; domina todos os idiomas e tem todo conhecimento entre o céu e aterra; não é sagrada nem profana, é apenas viva e congrega todas as religiões e credos; tem assento pétreo em todas as nações do mundo; quem a persegue a encontra em todas as veredas largas ou estreita da vida; está a um milésimo de milímetro do alcance da vontade e do desejo de todas as raças, de todas as classes, cores e gêneros. É filha de Deus e irmã primogênita  do homem.

MÁRIO BENTO DE MORAIS     

DA GLÓRIA À SUBMISSÃO

Um povo que assassina um passado de glória para viver um presente de submissão, certamente morrerá na eternidade.

MÁRIO BENTO DE MORAIS 

O BANQUENTE SUBLIME

Educai com precioso zelo a vossa mente homens para que assim sede vós, todos, convidados à mesa do sublime banquete para saborearem o oloroso vinho oferecido pelos deuses, os saberes!

MÁRIO BENTO DE MORAIS

O PACTO

Os piores inquilinos do inferno são os canalhas dedicados que pela fidelidade do compromisso assumido, recebem efetivo apoio moral do senhorio.

MÁRIO BENTO DE MORAIS


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

OS JARDINS DE BUGIAS

 

Ao tornar-se rei em Bugias, Goisfridus, quis mostrar aos Bugienses que o seu reinado seria de transformações. As velhas novas práticas dos antigos monarcas não seriam mais toleradas, mas aperfeiçoadas para alcançar a prosperidade e modernização do reino. Os novos tempos deveriam ser celebrados e seu nome cultuado como entidade suprema pelos súditos. Não haveria mais guerras contra reinos estrangeiros nem usaria seus exércitos para escravizar outros povos. Todo “esforço” deveria ser voltado para o povo de Bugias e, para demonstrar que haveria suculentos avanços, mandou enfeitar a ruas do reino da cor sem cor conforme as leis da física, com insígnias sublimadas dos atributos reais do novo Rei. Bugias era, por assim dizer, um reino único. Suas maravilhas arquitetônicas, seus monumentos, as marcas culturais dos primeiros povos, deveriam ser desfiguradas para perderem a cor, o brilho e a forma.  

Noutra frente, essa bem mais delicada, o rei Goisfridus, investiu seus próprios esforços para espalhar empáfia predatória contra as facções que o fizeram subir à cadeira real. Numa ação forte e factual, investiu na desconstrução da imagem dos reis predecessores, embora arquitetos da sua chegada ao trono, mas que em época longínqua, era o ferrão e a presa! Nada que não seja possível nos bastidores do poder! O tutor guardião das ações que lhe possibilitaram a gloria deveria ser execrado da corte sem ser destruído, mas alimentado a doses homeopáticas para servir de espeque aos possíveis impulsos frementes das panelas contrárias a glória efetiva da progênie! O poder acima da hombridade! A ganância precede o poder, mas não pressente os ventos da tempestade do futuro!     

Porém, assim, como em Bugias, no reino animal também ocorrem estratagemas resinificadas, diferentes, mas com a mesma idiossincrasia à posse do poder. As demarcações dos seus territórios feitas pelos animais dependem de lutas ferrenhas, destrezas, ataque mortal, garras expostas e colmilhos afiados a mostra. A força bruta, recurso natural dos animais à precipitação da vitória, dá as mãos alegóricas ao vencedor, confraternizando-se! Mas por quanto tempo? O usurpador torna-se senhor daquela área e espalha seus odores através de seus excrementos, sua marca registrada, mídia social já muito consolidada na comunidade dos animais para noticiar aos afoitos, que há agora no pedaço um novo líder. Um novo rei! Sempre a espera de outro rei mais poderoso. Como dizias os antigos: ”a história se repete”.

Assim, é no meio político depois de jogadas surreais bem engendradas nos bastidores envolvendo algumas dezenas de milhares da super moeda “o poder buginiano” valorizado acima do ouro. Poder que confere melindres sonsos ao futuro senhor, que terá o arbítrio de se quiser fazer o bem, porém, isto raramente acontece! Mas com força suficientemente destrutiva para quando sentir vontade praticar o mal. Calígula deu exemplo de como o poder pode. Esse monstro ao ver descoberto o pescoço de sua amada mulher, expressou a seguinte lisonja: “Este belo pescoço será cortado daqui a pouco, se eu mandar”. O novo Rei de Bugias agora dará as cartas para o jogo que se inicia atirando farpas contaminadas de rancor e ódio que atraem adeptos, os quais ajudam miseravelmente a construir e estabelecer um novo reino sobre os crânios dos antigos, sem considerar que o povo não pesa o quanto vale; já o ”Rei” não vale o quanto pesa!


João Pessoa – PB, 09 de novembro de 2021

 

MÁRIO BENTO DE MORAIS


Suetônio: vida de Calígula - capitulo 33