segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

QUANDO A JUSTIÇA SE AUTO MENOSPREZA/ DECISÕES VENAIS PROSPERAM A CRIME!

 

É Fato. A rapinagem vale a pena!

Os exemplos enfeitam a memória

Causando perplexidade a história

Marcando de vergonha a vida plena.

Nas ruas aos gritos, o povo condena,

A máscara da fereza que oprime,

Por um siso que a verdade reprime

Para brindar o logro, a avareza:   

Quando a ju$tica se auto menospreza

Decisões venais prosperam o crime.

 

O silêncio da justiça é uma prece,

Mas a sua palavra açoita a paz,

Insensata se torna mais tenaz

Se o caráter do pobre embrutece.

Neste caso, a Lei severa aparece

Para punir infere-se o regime

Pelo douto na pratica de alquime

Faz o ouro perder a sua nobreza:

Quando a Ju$tiça se auto menospreza

Decisões venais prosperam o crime.

 

 

DESPERTA-ME, Ó SENHOR A COMPAIXÃO/ANTES QUE AO PRÓXIMO CHEGUE Á DESGRACA!

É preciso se opor ao sofrimento

Do semelhante em vida menoscabo,

Pela nata que o desejo no estrabo

Imundícies vil de isolamento.

Mas depois se inflama de sentimento

Que o define bom aos olhos da praça,

Mas um fingidor da mais pura raça

Esbanjando esnobe a crucifixão:

Desperta-me, Ó Senhor a compaixão

Antes que ao próximo chegue à desgraça!


 O desprezo é o ser da solidão;

A ganância o fatalismo da terra

Que melindra as gentilezas da guerra

Às mascaras morais do cidadão,

Que se declara com forte aptidão

Ao domínio do império da mordaça

Para conter a gente da sub-raça,

que vive no mundo da irreflexão

Desperta-me, Ó Senhor a Compaixão

Antes que ao próximo chegue à desgraça