quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

OS ALGAROBEIROS - LEMBRAM-SE DELES?

             Esta  foto era do início da rua Janúcio Nóbrega
em São Mamede- PB, assim como a que está abaixo,
credito de Mário Bento de Morais.

Algarobeiros, Algarobeiros
Predestinados sombreiros
Dos transeuntes trigueiros
Que vagueiam meu sertão,
Num  caminhar de formigas,
E sob as sombras amigas
Descansam suas fadigas
Num ato de comunhão.

E quando a tarde desmaia
O véu da noite se espraia
E os pardais e gandaia
Comemoram envaidecidos
Depois vem a madrugada
E o canto da passarada
Desvirgina alvorada
Nos teus galhos escondidos.

Algarobeiros as alegrias
Que tu deveras sentias
Quando a mão de Malaquias
Com carinho te aguou
E agora em fase adulta
Outra mão mais que astuta
De forma cruel e bruta 
Tua morte Decretou!

Os nossos conterrâneos precisam deleitar-se com esta foto de Edésia Junior, iluminadamente uma obra de arte! A qual parece mais uma dádiva dos céus em forma de presente para embelezar ainda mais a terra. A visão do fotógrafo é algo que não se explica. Ele enxerga por um viés que nós seres comuns e mortais não enxergamos, são lances que nos causam impactos pela beleza sutil que nos oferece. 
                  Igreja de N.S. da Conceição - São Mamede    
                                 Foto de Edézio Junior 
A sensação que temos quando observamos esta foto é que não temos palavras para traduzir tamanho significado. A expressão é muito forte, é uma torrente de beleza que deságua bem em nossa frente causando uma grande emoção - é a Igreja de Nossa Senhora da Conceição em São Mamede - não há quem não exclame: é linda!
Aqui eu não quero falar do fotógrafo, mas da arte, ou  da realização de Deus, quando o homem busca imitar a natureza. Vou apenas agradecer e contemplar porque sou muito pequeno, mas sempre tento olhar pro alto. Parabéns Edézio Junior, que outras lindas fotos possam chegar até nós com o mesmo significado e expressão.



sábado, 8 de dezembro de 2012

Os bombons coloridos - A história de Luiz Xavier de Andrade


Os bombons coloridos - A história de Luiz Xavier de Andrade

Aquela casa grande, de portas grandes, de balcão grande e verde onde escondia meus bombons coloridos. Sim, bombons coloridos de feliz memória que recorda aquela infância também feliz.


Feliz também porque Seu Luíz era feliz. Homem trabalhador, chegou ao sertão paraibano como empregado, vindo das terras pernambucanas. Tornou-se grande comerciante. Querido por todos da cidade, tanto que muitos o chamavam de compadre, sabia angariar amizade com sua simplicidade e seu modo de tratar as pessoas.

Visitado por muita gente, sabia receber com mesa farta, mesa do sertão. Não tinha inimigos porque sabia perdoar, também não sabia fazê-los. Homem dedicado aos filhos, não media esforços para dar-lhes estudo. Um brejeiro que depressa se adaptou ao clima do sertão. Rigoroso, principalmente com as filhas. Os anos 30 contribuíram com a rigidez: namorado não alisava banco na casa dele e quando ocorria de algum rapaz chegar à sua porta,perguntava:

- O que está acontecendo aí?
- Morreu galego?

Casamento não demorava mais de seis meses.

- Quem procura namoro é porque pode casar, dizia ele.

Era o dono daquele mundo maravilhoso onde se encontram pedaços de minhas reminiscências. Com que saudade evoco aquela fachada enorme, parada, fitando aquele templo sagrado, a igreja da cidade.

"Novo Horizonte" não era o por do sol, não era uma planície vulgar, sem história, sem beleza. "Novo Horizonte"não era uma criação qualquer.Não era um círculo limitado da nossa observação, nem uma perspectiva futura.

"Novo Horizonte" era um dos pontos mais movimentados da minha São Mamede. O Super-Mercado de ontem aperfeiçoado como os de hoje...

Assim era o "Novo Horizonte." Lá você encontrava do biscoito fino à ferragem. Se algo faltava em sua casa, corria-se ao "Novo Horizonte". Não era só os da localidade que procuravam aquele centro de abastecimento. O espetáculo alegre, vivo, colorido dos matutos à porta da loja nos dias de feira é algo que não se pode esquecer.


Era a mesinha para isto, o tempero para aquilo, era o vestido para Chica, a bolacha da filha, era o pó-de-arroz para Maria, tudo ali se encontrava.

O colorido com que se revestia aquele pátio enorme que adormecido ficava durante a semana para acordar nos dias de feira com o relinchar das alimárias.

Os animais eram amarrados nos grandes pés de árvores que faziam sombras como se fossem enormes lençóis estendidos na terra quente do sertão. Terra de homens que conhecem os horrores da seca.

O tempo corre, passa e hoje não existe mais o "Novo Horizonte", não existe Seu Luís. O tempo devora tudo.Existe, sim! Nas memórias dos que o conheceram. Lembro-me dos bombons coloridos, os chamados "Rasga-Boca. Lembro-me dos grandes vidros de bombons coloridos.


José Carlos Xavier de Almeida, autor do texto "Os bombons coloridos", é neto do Sr. Luiz Xavier de Andrade, proprietário do  "Novo Horizonte", um dos primeiros pontos comerciais de São Mamede.Licenciado em Letras pela UNICAP, em Pedagogia pela FUNESO;Pós-Graduado em Língua Portuguesa pela UFPE; Membro da Academia Recifense de Letras; Membro da Academia Olindense de Letras; Membro da Academia Goianense de Letras (Anápolis-GO); Sócio efetivo da União Brasileira de Escritores (Secção-PE).Trabalhos Publicados- O povo não fala errado (Diário da Borborema,Campina Grande - PB),A Poética de Antonio Telha (Diário da Manhã, Recife - PE), entre outros.

domingo, 2 de dezembro de 2012

ÍCONES DA HISTÓRIA DE MINHA TERRA



O século XX usou sua melhor matéria-prima para produzir com muito zelo, fabulosos exemplares de uma linhagem única que levou milhares de milhar de anos para ser purificada em São Mamede. Essa estirpe gerou valentes desassombrados que não cediam nem um milímetro ao perigo e até o código genético dessas verdadeiras Instituições perdera-se no tempo e nem existe mais o ferreiro que os forjou. De moral irrepreensível eram símbolos de uma época. Solícitos e de modos práticos, humildes e de maneiras gentis, generosos de acordo com os dogmas religiosos perenes na sociedade em que foram criados e ainda, corriam em suas veias a legitima hospitalidade do sertanejo. De verves aguçadas na escola da vida, aprenderam cedo demais o sentido do viver, descobriram com os deuses o caráter do respeito e o vinho da sabedoria, gostavam da vida, eram exemplos de hombridade, lealdade e tolerância.
Tinham por hobby o trabalho, eram intransigentes defensores da honra e da família, honestos a ponto de sacrificar os interesses dos entes queridos a serem acusados de desvio de conduta; jamais alguém profanou o nome dessas verdadeiras instituições, nem enquanto vivos e muito menos depois de mortos. Viveram para servir e serviram mais do que suas forças lhes permitiam: eram racionais, práticos e gostavam da vida simples do sertão. Sonhavam fervorosamente com o progresso da amante cobiçada, a terrinha amada que os vira nascer.
Conheciam o futuro porque o carregava nas mãos, previam as chuvas e anunciavam as secas, domavam as tormentas! Viam o coração dos homens pela janela da verdade, não se impressionavam com os arroubos dos fracos, nem com a força dos fortes, nem com a inteligência dos sábios; eram deuses com características de homens, eram homens enquanto deuses. A natureza teve lá suas razões, quando criou os seus diferentes e os aceitou iguais; já os homens além de não se aceitarem iguais, se veem diferentes, por isso a existência desses deuses que se honraram homens.
Tive por sorte, o privilégio e a santa permissão dos céus de estar lada a lado com dois dos três que vou exaltá-los aqui: Julio Nery, eu não o conheci, mas seus feitos ficaram na memória do povo, os quais eram motivo de reunião familiar lá em casa. Meu Pai e minha Mãe tiveram a sorte de conhecê-lo pessoalmente e dessa pérola humana, eles contavam pra gente as histórias de suas ações, às vezes, demasiadamente humana, às vezes, brilhantemente moral, as quais nos impressionavam muito pela firmeza e determinação. Sem dúvida Julio Nery vivo era uma estrela, morto uma constelação que se tornou uma lenda em São Mamede.  
Inácio Bento de Morais, pracinha brasileiro herói da Segunda Guerra Mundial, como Radiotelegrafista na Itália, Pátria de Mussolini, deixou um legado para posteridade que orgulha muito seus conterrâneos. Era de uma linhagem de bons cidadãos. Acostumado à lida do eito, criado na simplicidade do sertão da Paraíba, galgou relevância primando pela moral e bons costumes. Foi à Guerra em nome da liberdade voltou líder e reconhecido. Trouxe para vida civil o que aprendera na caserna. A Guerra lhe aperfeiçoou a arte de servir, tornou-se político de ações efetivas e generosas, venceu obstáculos e preconceitos intransponíveis, desafiou o orgulho exacerbado dos poderosos para alentar a humildade do seu povo, era um gentleman! A sua História e seus feitos concretos marcaram a um só tempo o cidadão e o político – aos dois a veneração e o pedestal! – merecido destaque que se impõe aos que relutam em não contar esse extraordinário capitulo da belíssima História recente de São Mamede.
Izauro Eliziario Dantas, pracinha brasileiro herói da Segunda Guerra Mundial, esteve aquartelado no Recife esperando ordem de embarque para lutar nos campos da Itália, terra do grande Cícero, legou as gerações futuras um bem imensurável, indizível e muito escasso nos nossos dias: a personalidade pura, definida e austera. Assumia com orgulho a palavra dada, mesmo que lhe trouxesse prejuízo, era um cavalheiro daqueles dos bons tempos! Descendia do homem da terra árida, acostumado a dureza da labuta sem escolha, “da morte sem chorar”, mas também, sabia nos momentos de polidez exalar a candura do sertanejo. Na caserna adquiriu ensinamentos necessários que ajudaram a nortear sua vida e polir suas ideias. Tinha consciência do perigo e da brutalidade de uma Guerra, mas também conhecia a beleza da liberdade, por que fora criado livre como os pássaros do céu nas caatingas (panteões dos vaqueiros) de São Mamede.      




terça-feira, 20 de novembro de 2012

REVENDO A HISTÓRIA



Em 28 de janeiro de 1762, Manoel Tavares Bahia, recebia por doação as terras, onde hoje é o município de São Mamede, através da Sesmaria nº 568. Na petição dirigida ao representante da Coroa que governava a Paraíba, o Sr. Francisco Xavier de Miranda Henriques, “o futuro sesmero alegava que “já era” senhor e possuidor de um sítio de terras de criar gados “vaccum cavallar” na ribeira do Sabugy, e que teria adquirido por compra, chamado São Mamede”. Muito Bem! “O verbo “ser” no passado” anteposto pelo advérbio de tempo “já”, é a prova cabal de que o sesmero penitente já estava na ribeira há um bom tempo. Já quanto ao fato dele afirmar ter comprado às terras deixa duvida, pois não informa no corpo da petição o nome do antigo proprietário, o que deveria ter feito e não o fez.
A fim de provar através de documento oficial que o Sr. Manoel Tavares Bahia, já era mesmo “proprietário” do sítio São Mamede, e que, talvez, tenha sido ele o autor do nome do sítio “São Mamede”, pois pela característica do seu nome era Português ou descendente e tinha realmente a patente de Capitão, vejam o que afirma a seguinte Sesmaria: SESMARIA Nº 453 EM 19 DE SETEMBRO DE 1757. O alferes Antonio dos Santos Vasconcelos, morador no sertão das Espinharas desta Capitania, que na ribeira do Sabugy tinha descoberto terras devolutas, que nunca tinhão sido povoadas entre a dita ribeira de Espinharas e Sabugy em um Riacho chamado do Meio, que nascia da Serra das Preacas e fazia barra no Rio Sabugy na estrada velha que das Espinharas pra o dito Sabugy e atravessa a estrada o dito Riacho do Meio, que pela do sul contesta com as terras do Capitão Antonio Dias Antunes e pelo norte com as terras do Capitão Manoel Tavares Bahia e pelo poente com as do defunto Antonio de Souza Marques ou seos herdeiros e pelo nascente com terras do mesmo Manoel Tavares Bahia; e porque elle supplicante carecia de terras para povoação de seos gados, pretendia três léguas de terras de comprido e uma de largo por data de sesmaria no logar confrontado, fazendo peão na mesma travessa no Riacho nomeado, com duas legoas para cima e uma para baixo e meia para cada banda ou como melhor conveniência lhe fizesse.  Fez-se a concessão requerida, no Governo de José Henrique de Carvalho.
Percebe-se que em 1757, portanto cinco anos antes de Manoel Tavares Bahia, receber a sua carta de data de Sesmaria das terras do sítio São Mamede; o alferes Antonio dos Santos Vasconcelos peticionou pedido de concessão de terras ao Governo de José Henrique de Carvalho, conseguindo-a através da Sesmaria nº 453. Nada, portanto, altera a regularidade da doação das terras se não fossem as contestações dessas terras, observe: (...) pelo norte com as terras do Capitão Manoel Tavares Bahia (...) e pelo nascente com as terras do mesmo Manoel Tavares Bahia (...). Não queremos criar nenhuma polêmica com a História da nossa terra, apenas rever alguns pontos obscuros que merecem ser discutidos e postos às claras.   


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O LUCRO DA MISÉRIA


Pra onde vai o lucro da miséria do nordestino? Certamente, os nossos políticos explicam! São centenas de anos de descaso e de mentiras que se tornaram verdades pela insistência. De inverdades que continuarão sempre mentiras e de governos que só resolvem os problemas dos companheiros, maravilha, não? Enquanto isso, o resto... O resto que se dane! Isso é o que sugere á inércia do governo em relação á seca do Nordeste. Tudo leva a crer que essa parte do País vive por teimosia, porque parece que a seca que estar assolando o sertão nordestino agora, não é no Brasil nem do Brasil, engraçado, não?
Esses fatos são constatados e neles há uma realidade abissal que se aguçarmos os nossos ouvidos certamente, a veremos que só existe uma saída honrosa para nós, tornar o Nordeste independente! Não podemos conviver previsivelmente com a miséria, isso não é justo e nem é humano! O Brasil dos companheiros omissos, mensaleiros e patrocinadores do ócio, gasta montanhas e montanhas de dinheiro para salvar bancos propositalmente falidos, argumentando que é para preservar os empregos dos trabalhadores, mas será que é mesmo, será que é para preservar os empregos dos trabalhadores mesmo ou é para beneficiar financiadores de campanhas eleitorais? Não gente, isso não é argumento que se possa aceitar de braços cruzados, mas um acinte a inteligência do povo.
A “grande imprensa” esqueceu como sempre a seca que ferozmente castiga todo Nordeste, os grandes jornais das redes nacionais de tevê, não estão nem ai e nem lhes interessam os problemas dos nordestinos, até porque a estiagem virou rotina aqui no Nordeste e os fatos são os mesmo, aqueles que todos já conhecem. Pensando assim, a nossa imprensa resolveu dispensar considerável atenção ás eleições e ao furação Sandy, nos Estados Unidos, esquivando-se de noticiar o furacão inclemente que sufoca e queima até os ossos do povo do sertão nordestino, que embora não destrua casas, arranque árvores e derrube postes, o nosso furacão extrai de forma perversa os últimos fios de esperança e arrasa impiedosamente com o maior bem que um ser humano pode ter, a sua dignidade!
Os bens materiais do povo americano têm mais valor do que a vida de milhões de homens e mulheres nordestinos – essa é a pauta da grande imprensa – que não quer ver que milhões de sertanejos estão sofrendo com a seca e a mercê de uma bondade que não chega nunca. Fala-se muito sobre as obras de transposição do Rio São Francisco, mas, porém, pasmem! O Ministro da Integração Nacional, o Sr. Fernando Bezerra, que por designo dos "anjo" é nordestino, do Pernambuco, somente agora, após cinco anos do início das obras e alguns trechos em andamento por ser executados pelo exército brasileiro, já em fase de conclusão, descobre que as licitações estavam erradas, será que estavam mesmo? Por que essas licitações não são elaboradas por pessoas competentes? Será que essas pessoas são realmente competentes ou tudo não passa de uma companheira farsa para enganar; contudo, quem  fica com o lucro da miséria dos sertanejos nordestinos? Se você puder responder fique com a palavra.  

        



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DOCUMENTO HISTÓRICO DE SÃO MAMEDE


Transcrito na íntegra da "ATA" Original com uma ressalva: não conseguimos visualizar com nitidez as quatros assinaturas que haviam no rodapé. Suponhamos que sejam as do Juiz Dr. Simeão Fernandes Cardoso Cananea, da Comarca de Santa Luzia na época e presidente da solenidade de "Instalação do Município de São Mamede-PB", dos Deputados Otacílo Queiroz, Dr. Napoleão Abdon da Nóbrega ou de José Gayoso, representante do Dr. Secretário do Interior e Segurança Pública da Paraíba, ou ainda a do Prefeito empossado Misael Augusto de Oliveira Filho. Atenção: a Prefeitura de São Mamede - PB, não dispõe deste documento em seu arquivo.

ATA DE INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO

ATA DE INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO MAMEDE E POSSE DO SEU PRIMEIRO PREFEITO

AO PRIMEIRO DIA DO MÊS DE MAIO DE MIL NOVECENTOS E CINQUENTA E QUATRO....... Ao primeiro dia do mês de maio do ano de mil novecentos e cinquenta e quatro, nesta Cidade de São Mamede, do Estado da Paraíba, no edifício do Grupo Escolar “SERÁFICO DA NÓBREGA”, pelas dezesseis horas, presentes o Dr. Simeão Fernandes Cardoso Cananéa, juiz de Direito da Comarca de Santa Luzia, que presidiu a solenidade, os deputados Otacílio de Queiroz, representante do Exmº Sr. Governador do Estado; Napoleão Abdon da Nóbrega, primeiro Secretário da Assembleia Legislativa do Estado e representante do Presidente da mesma Assembleia; José Gaioso, representante do Dr. Secretário de Interior e Segurança Pública; José Cavalcanti; Prefeitos Manoel Erico de Medeiros, de Santa Luzia; Dr. Plínio Lemos, de Campina Grande; Darcílio Wanderley, de Patos; Sr. José Ulisses Barbosa, Coletor Estadual de Santa Luzia, representante do Sr. Secretário das Finanças do Estado; Pe. Milton Arruada de Alencar, representante do Exmº Sr. Bispo Don Zacarias Rolim, de Cajazeiras; vereador Inácio Bento de Morais, Presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia; Drs. Orlando jansen, João Gambarra, Valter Vieira, Mário Buarque de Gusmão, José Urquiza; jornalista José Morais Souto; vereadores Manoel Miguel de Araújo e João Jorge de Araújo; os Srs. Sigusmunde Souto Maior e José Ferreira Filho e um grande número de habitantes desta cidade e cidades vizinhas, comigo, Francisco Barbosa do Nascimento, Escrivão desta cidade, secretariando esta Sessão, foi declarado instalado pelo Juiz, o Município de São Mamede, criado pela Lei  Estadual 973 de 2 de Dezembro de 1953, bem assim empossado o seu primeiro Prefeito Municipal o cidadão Misael Augusto de Oliveira Filho. Em seguida foi concedida a palavra ao Deputado Napoleão Abdon da Nóbrega, ilustre filho desta terra, o qual pronunciou magnífico discurso sobre a data, historiando a fundação e colonização de São Mamede. Segue com a palavra o Deputado Otacílio Queiroz, representante do Exmº Sr. Governador do Estado, que em brilhante improviso disse da satisfação do primeiro Magistrado do Estado em ver instalado o prospero e fecundo Município de São Mamede, trazendo o apelo do Chefe do Governo em prol da união e prosperidade do novo Município. Falou ainda o Dr. José Urquiza, que em nome do Prefeito empossado agradeceu as homenagens recebidas. Por fim o Dr. Juiz presidente, ao encerrar a solenidade congratulou-se com o povo Samamedense e seu novo edil pela vitória alcançada. O novo Prefeito apresentou o ato do Governo datado de (28) vinte e oito do mês próximo findo publicado no Órgão Oficial do Estado do dia (29) vinte e nove do aludido mês, pelo qual constata que foi nomeado para o cargo de Prefeito Municipal deste Município. Apresentou ainda o Sr. Misael Augusto de Oliveira Filho o certificado de reservista de primeira categoria sob nº 40386, expedido pelo Batalhão Escola do Rio de janeiro. De que para constar, lavrei a presente ata, a qual lida e achada conforme, vai devidamente assinada mandando o Dr. Juiz que se extraíssem cópias autenticadas para publicação no Órgão Oficial por intermédio do Secretário do Interior, mandando também um das cópias ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e outra a Prefeitura a-fim de ser arquivada. Eu, Francisco Barbosa do Nascimento, escrivão e escrevi e assino. (ass.) Simeão Fernandes Cardoso Cananéa – Misael Augusto de Oliveira Filho – Otacílio Nóbrega de Queiroz – representante do Sr. Governador João Fernandes de Lima – Napoleão Abdon da Nóbrega – José Gaioso – Manoel Érico Medeiros – Pe. Milton de Arruda Alencar – Darcílio Wanderley da Nóbrega – Orlando Jansen – José Ulisses Barbosa – Bartolomeu Theotonio de Medeiros – Francisco Ricarte Dantas – Pe. Francisco Ferreira de Andrade – José Teodulo Fernandes – Robinson Marsiglia de Oliveira – José Ricarte Dantas – Manoel Barros de Oliveira – Inácio Bento de Morais – José Morais Souto – Afonso Augusto de Araújo – Nilson Oliveira de Araújo – Rodopiano Nóbrega – José Medeiros – Jaime Antonio de Medeiros – Sagtº. Agenor Rique Ferreira – comissário da policia de Santa Luzia – Ataíde de Araújo – Antonio Borges Otaviano – Silvino Candeia da Silva – José Ferreira Filho – Francisco de Assis Medeiros – Antonio Araújo – Agnaldo Pereira de Lira – Heleno Souto Brasil – José Joventino – Valdemir Alves da Silva – Áureo Clemente Guedes – Aderbal Martins de Medeiros – Hadmar Cavalcanti – Sigismude Souto Maior – José Bezerra de Morais – Erasmo Mariano dos Santos – Severino Bonifácio da Nóbrega – Pedro Cesarino da Nóbrega – Manoel Lino da Nóbrega – João Alexandre de Araújo – representando Dr. Janduhy Carneiro – João Gambarra – Izauro Eliziario Dantas – D. A. Gambarra – Aprígio Clementino de Souto – Esmerino Ribeiro da Costa – Otílio Tavares de Almeida – Manoel Miguel de Araújo – Cícero José de Maria – Sagtº. Salomão Alves Arcoverde – João Jaime de Andrade – José Cavalcanti - Francisco Alexandre de Araújo – José Antonio Urquiza. “NADA MAIS”. Está conforme o original do que fielmente datilografei; das fls. 78v. a 80v. do Livro de Atas nº 18 ao qual me reporto; fé. Francisco Barbosa do Nascimento.  
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sábado, 27 de outubro de 2012

POETA AGOSTINHO NUNES DA COSTA

Costumamos buscar informações dos grandes poetas do passado para passarmos aos amigos que gostam da cultura do povo, de modo que os deixem cientes de algo verdadeiro, real, sem manipulação nem vaidades, mas certos dos fatos importantes que marcaram um tempo, uma gente. Estivemos em algumas cidades do sertão paraibano principalmente em dia de feira, uma festa a parte! Os tipos ainda singelos e bonitos, a maneira gentil e pura de ser, a franqueza pedagógica que aprendera com os antigos e a hospitalidade de sempre. Tudo é muito especial porque marca a gente com uma profundidade impar e, mesmo sendo da raiz sertaneja como sou de carteira e de identidade, emociona, gera uma grande recordação e mexe com os nossos mais remotos sentimentos. 
A nossa busca foi um sucesso, colhemos um pequeno retalho da história de um antigo vate da cultura popular, que eu o buscava desde os tempos idos do colégio, uns o chamavam de o velho outros de o caprichoso, mas eu gosto de chamá-lo de o grande AGOSTINHO NUNES DA COSTA.
Dizem que ele foi o primeiro poeta popular a alcançar relevância no meio cultural de sua época, adquiriu fama e reconhecimento, mas, porém, são pouquíssimas as informações que dispomos e não podemos confirmá-las se na realidade são verdadeiras, mas mesmo assim, valem apenas conhecê-las.
A primeira das informações é de que AGOSTINHO NUNES DA COSTA é natural de São João do Sabugí - RN, e nasceu no ano de 1797. Não temos documento que sustente essa afirmação; a segunda que nasceu na região das Espinharas - PB, essa também não podemos prová-la. Só temos uma certeza, é a de que o grande AGOSTINHO NUNES DA COSTA trazia em sua verve sublime a filha abençoada dos deuses do verso, a poesia. E ainda, que de sua fantástica e prodigiosa descendência legou dois brotos formidáveis: Antonio Ugolino Nunes da Costa (o mestre Ugolino do Sabugí), e “o poeta ferreiro” – assim ficou conhecido Nicandro Nunes da Costa, devido sua capacidade de lidar com o ferro; obreiro na arte de manusear esse metal. 
Segundo informações que não podemos confirmá-las por falta de prova documental, o grande Agostinho Nunes da Costa faleceu em Teixeira, no ano de 1852. 
E também dispomos nos nossos arquivos de uma informação importante que passaremos com muita satisfação, vejamos: Antonio Ugolino Nunes da Costa, visto como o primeiro exímio cantador que lidava bem com o nosso vernáculo e tinha intimidades com o latim, pode ter sido o grande mentor do folheto de cordel. Segundo algumas considerações de estudiosos do assunto o mestre Ugolino do Sabugi, nasceu no ano de 1832 e faleceu em 1895.
Recebi de um amigo do interior um belo presente que narra uma festa de casamento dos famosos irmãos Garcia, na região do Seridó e, que por ser amigo da família foi o mestre Ugolino quem felicitou os noivos, ocasião prazerosa registrada numa sextilha espetacular pelo legendário João Melquíades Ferreira da Silva:
Eu havia dito aqui neste espaço, que quem havia escrito a sextilha abaixo teria sido Leandro Gomes de Barros, foi equivoco da minha parte. Na verdade quem a escreveu foi o grande poeta popular João Melquíades Ferreira da Silva, quando escreveu o folheto contando a história do valente sertanejo Zé Garcia. Esta sextilha estar lindamente na pagina 29 do folheto. Peço desculpas e agradeço imensamente ao poeta filho de Piriri - PI, José Edimar Medes Barbosa. Muito obrigado poeta. 


Estava um rapaz bem loiro,
Poeta novo e letrado,
Com viola de duas bocas;                                                             
Num discurso bem rimado:
Era Ugolino do Sabugi,
Felicitando o noivado.


domingo, 30 de setembro de 2012

SE VOLTARES - ROGACIANO LEITE



Rogaciano Bezerra Leite, o filho brilhante de Itapetim – PE começou como poeta-violeiro, depois foi bancário no Ceará, onde ingressou na faculdade de Filosofia no ano de 1955, formando-se em Letras clássicas no ano de 1958. Foi jornalista e atuou em grandes jornais no Rio de Janeiro. Esteve na França e outros Países Europeus; na Rússia deixou gravado em monumento na Praça de Moscou, o poema intitulado “Os trabalhadores”. Eis ai um lindo soneto do mestre Rogaciano. 


Como o sândalo humilde que perfuma
O ferro do machado que lhe corta,
Hei de ter a minha alma sempre morta
Mas não me vingarei de coisa alguma.

Se algum dia perdida pela bruma
Resolveres bater a minha porta,
Ao invés da humilhação que desconforta
Terás um leito sobre um chão de pluma.

Em troca dos desgostos que me destes
Mais carinho terás do que tivestes.
Meus beijos serão multiplicados.

Para os que voltam pelo amor vencidos,
A vingança maior dos ofendidos,
É saber abraçar os humilhados.

AI! SÊSSE ! - ZÉ DA LUZ


Severino de Andrade Silva - o poeta Zé da Luz - Nasceu em Itabaiana - PB, com se dizia antigamente, hoje Itabaiana, terra também do Grande Sivuca, em 29 de março de 1904 e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de fevereiro de 1965. Escreveu dois belíssimos livros: "Brasil Caboclo" e "Sertão em Carne e Osso", este último já no Rio de Janeiro, com saudade de seu cantinho maravilhoso, sua terra natal. Era alfaiate, filho de pais pobres e só teve instrução primária, no entanto, elevou o seu pedacinho de chão  (sua Tabaiana), aos mais distantes rincões do Brasil; exaltou o seu sertão e o seu povo tornando-os conhecidos País afora. Eis uma das filhas do gênio de Itabaiana:
   

AI! SE SÊSSE!...


Se um dia nóis se gostasse;
Se um dia nóis se querêsse;
Se nóis dois se impariásse;
Se juntinho nóis dois vivêsse;
Se juntinho nóis dois morasse;
Se juntinho nóis dois drumisse;
Se juntinho nois dois morrêsse!
Se pro céu nois dois assubisse?
Mas porém, acontecêsse
Qui São Pêdo não abrisse
As portas do céu e fosse,
Te dizê quarquê toelice?
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse,
prá qui eu me arrezorvêsse
E a minha faca puxasse,
E o bucho do céu furasse?..
Tarvez qui nois dois ficasse
Tarvez qui nois dois caísse
E o céu furado arriasse
E as virgi tôda fugísse!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A GENTE NÃO SE ENTENDE - CANÇÃO

O nosso caso já virou descaso
Eu nem estou ai
E você nem me liga,
Se eu ando meio estranho
Você é indiferente,
Amor inconsequente
Vidas divididas.

Nada em você me causa ciúme,
Seu jeito, seu perfume,
Nada mais me importa,
Eu sei fingir e digo que te amo
Você diz que me ama
E não me suporta.

Somos carentes,
Mas independentes,
Distantes do amor e perto da paixão
Queremos dar juízo as nossas atitudes,
Vazias de virtudes e sem qualquer razão,
Chorando eu lhe juro um amor eterno
Você diz que o futura é a separação.









 





quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SEM PEDIR LICENÇA - XOTEADO

    
Você chegou
Sem pedir licença e bem de mancinho
Invadiu meu peito abrindo caminho
Por entre os descaminhos de antigas paixões.

Enfrentou feras,
Sendo minhas e suas velhas conhecidas,
Que ao longo do tempo não foram esquecidas
E, que às vezes sangram e trazem emoções.

Velhos fantasmas,
Que andam sussurrando em meio às malocas
Bebendo os amores que vivem nas tocas
Afim de por um fim em suas ilusões:

Mas sem rumo certo,
Caminha pelas ruas do meu coração
Que nem menino que chora sem pão
Você que entrou nessa tem que se queimar.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

HERANÇA MALDITA


O Brasil, para infelicidade de nós brasileiros foi colonizado por uma nobreza podre: de indolência, de cupidez, de ganância, de mercantilismo, de insolência e arrogância, com o único propósito o de bancar todas as benesses possíveis e impossíveis à elite dominante e profundamente preguiçosa.
Fez-se de tudo na pobre colônia: mataram desafetos, dizimaram tribos inteira de índios, importaram escravos da África, promoveram a primeira guerra bacteriológica do mundo, por intermédio dos navegadores portugueses que desumanamente presenteavam os nossos índios com lençóis usados em hospitais, contaminado por bactérias, segundo os historiadores.
E ainda, para fechar com chave de ouro, todas essas maledicências da colonização da nobreza Europeia dita civilizada, ficou para nós uma herança no mínimo maldita e sem precedente, porque cometeu o mais perverso equívoco em solo pátrio o de dividir a nossa mãe gentil em Capitanias Hereditárias. Por que daí criou-se a mais terrível das instituições, o famigerado coronelismo, que sem nenhum mérito que o justifique, continua em evidência até os nossos dias e segue imbatível patrocinado pelo nosso sistema federativo, que não faz mais sentido adotá-lo, porque esse modelo privilegia apenas classes dominantes exploradoras solidária e contumazes das nossas riquezas.      



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

UMA RELÍQUIA DA CULTURA SERTANEJA


Escrever sobre as belezas da Literatura de Cordel causa em mim um bem estar agradabilíssimo. Não apenas porque eu a admiro, mas porque me traz uma sensação de liberdade cultural instigante, de um prazer só sentido por quem já ouviu um cantador improvisar sobre as agruras, o sofrimento, as angustias do povo do sertão. Patativa do Assaré assevera: a dor só é bem cantada, cantada porque padece. Essas coisas lindas saem da alma, elas não podem ser ditas apenas por força de expressão nem atiradas ao vento sem serem sentidas, têm que vir de dentro, do âmago para causar o que só o sertanejo sente quando ler ou escuta da boca do vate, algo como o que disse Oliveira de Panelas. Gênero o que é que me falta fazer mais.

Escapei do dilúvio de Noé;
Escrevi as idéias de Rousseau;
Fui a Tóquio dar aulas de robô;
Graduei o profeta Maomé;
Ensinei futebol ao rei Pelé;
Campeão de três copas mundiais;
Construí a prisão de alcatraz;
Banhei-me no triangulo das bermudas;
Consegui liberdade para Judas;
O que é que me falta fazer mais.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

O PERFUME, A FRAGRÂNCIA, A ESSÊNCIA E O POLÍTICO



Não sou a causa de tua lerdeza e nem me acuses pela tua repulsa ao perfume dos deuses, a educação e, assim como não gostas do perfume também não podes alcançar os eflúvios da fragrância, a cultura, que se exala dessa relíquia santa, e ainda, como não estar nos teus domínios as delicias da fragrância, imagines tu a tua exponencial distância da essência, os saberes, se apenas és ostra de casarões ocos!
Como o alimento preferido do néscio é o estrado dos tapetes por onde caminham os soberbos cuidado para não te vingares do ingênuo sem culpas nem culpes o inocente pelo teu fracasso; sejas tu a revolução que queres dos outros!
E julga-te a ti mesmo sábio, quando muito um tanso vesano ante os benefícios que credes alcançar pela gratidão serviçal que prestas ao teu senhor, no entanto, não enxergas tu o quanto é apertadíssima a tua focinheira! Certamente, não foste bem afeiçoado à liberdade nem recebeste seus dons e fluidos; viveste apenas à sombra dos cactos em seara alheia e estéril.
Assim como o lorpa que ergue seus túmulos sem simetria, sujos e feios sobre os crânios dos antigos, quando deveria construir belos palácios e bonitas moradas em lugar seguro; cuidado para não ergueres teus castelos de areia a beira de rios secos!
É a lamuria do necessitado praticante que soa suavemente aos ouvidos falantes dos “bondosos de coração”; e tu rogas a estes que atassalhem aqueles em suas angustias para que recebas os emolumentos paroquiais por tua infame escolha!
São as benesses ocultas que veem se somar as veniagas cometida pela tua "probidade relevante", segundo teu próprio discernimento, as quais também, são causas de agudas temeridades para “os fatigantes” conforme suas ciências.
Todavia, é da índole do achavascado de riso sonso vergontear desumanamente o dócil com o seu azorrague mortal, a língua! É de bom alvitre esquadrinhar cuidadosamente os anos dos teus dias, porque eles podem depor contra ti!
Não repares à ignorância do outro com os teus olhos tortos, pois, é por causa deles que legiões de homens mendigam saberes e poucos são os conhecimentos, mas os pacóvios de anelos surreais tripudiam em reinos de cegos!    

  



domingo, 16 de setembro de 2012

EU E O CARÃO

O poeta popular enche a alma da gente toda vez que inflama seu gênio, com José Marcolino não foi diferente, o poeta não só enchei mas transbordou-a com o seu belo poema, "EU E O CARÃO. Sinto não o conhecê-lo, mas desde já parabenizo pela beleza da obra. 


Deitei-me uma ocasião
Devido a pouca saúde
Acordei por, no açude,
Cantar penoso um carão.
Entoava uma canção
Que mais parecia um hino
Imitava um violino
Acordei, não dormi mais,
Quantas notas musicais
Num crânio tão pequenino.

Só sei que a dificuldade
Tava na alma da gente,
Eu soluçava doente,
Ele a cantar com saudade.
Talvez fosse uma amizade
Que o fizesse sofrer,
Pontos de o seu padecer
Vieram tocar nos meus,
Eu de cá, pedindo a Deus,
Que me deixasse viver.

Comecei a meditar,
E em minha imaginação,
Senti que aquele carão
Cantou pra me consolar;
Percebi que o seu cantar
Acalmou as minhas dores
Ele, pelos seus amores,
Eu pela questão nervosa,
Naquela noite inditosa
Éramos dois sofredores.

Ele cantava sem calma
No açude atrás de um morro,
Suas notas de socorro
Deixaram alivio a minha alma.
Da paz, eu ouvia palma,
E melhorou tudo, enfim,
Tava um bulício o capim,
O vento soltava açoite,
Parece até que a noite
Fazia preces pra mim.

Seu cantar foi se alongando,
Eu de cá da cama ouvindo:
Eram dois entes sentindo
Um cantado outro chorando.
Onde estará pousando
Com seus sons harmoniosos,
Os meus momentos nervosos
Graças a Deus já passaram:
Se os seus se aliviaram,
Somos dois vitoriosos.


(Poeta José Marcolino)














quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O PENSAMENTO VIVO DE ANIREVES


A primavera acabara de começar – as flores já estavam renascendo – era visível à alegria da flora terrestre. O campo que se envergonhara do verão ano passado voltou a embelezar-se, a vestir-se de dádivas nessa estação, justificando a sabedoria dos antigos: depois da tempestade a bonança.
Os que querem a paz lamentam: há se o mundo fosse sempre assim como as estações do ano!
Os que veem a paz dizem: não é o mundo, não, somos nós, restolhos secos prestes a inflamar-se e virar apenas cinzas.
Os orgulhosos nem cansados e nem fadigados do seu orgulho se curvam para alcançar a relva verde que se alimenta do orvalho da noite.  
Estas palavras, eu as guardei em minha memória, elas foram ditas na primavera do ano passado quando eu estive na ágora para ouvir o pensamento vivo de anireves, minha sábia preferida.
Este ano certamente, lá estarei para ouvi-la novamente.
Dizem que a cada primavera a sábia vai à ágora para discutir o presente, falar do passado e prever o futuro.
Mas, até chegar à próxima primavera, os dias dos meus dias serão lerdos, quase uma sombra, e eu um caniço seco sedento de justiça.
Por aqui os anciões ensinam que o pequeno pressente o grande: o córrego o rio e o rio o mar; assim, também, dizem eles, é a natureza dos homens.
Dizem ainda que o lavrador conhece bem a terra fértil, assim como os pássaros que voam acima dos montes conhecem o abrigo que os protege do caçador.
Conforme ensinam, dizem que: quando o homem caminha projeta uma sombra que se alimenta de outra que se arrasta lentamente; os anos cansados são sombra dos anos ligeiros, os quais ainda vivos não são compreensíveis.
Todo dia eu reflito sobre essas coisas.           













segunda-feira, 20 de agosto de 2012

OH, MEU DEUS PORQUE CRESCI!


Dedicado a Maria Marluce de Morais - fazenda santa fé, São Mamede-PB


A fazenda santa fé
Do Major Felipe Nery,
O meu olhar ainda feri
A beleza que eu vi
Naquele reino encantado
Que por mim será lembrado
Oh, meu Deus porque cresci!

Da fazenda santa fé
Eu guardo ainda lembrança
Dos bons tempos de criança
E da vida que eu vivi
No meio dos caatingais
Com meus irmãos e meus pais,
Oh, Meu Deus porque cresci!

Da fazenda santa fé
Eu tenho muita saudade
Dos anos de mocidade
E as emoções que eu senti,
Hoje nem posso lembrar,
Mas preciso perguntar
OH, Meu Deus por que cresci?

A fazenda santa fé
Era um mundo de fartura
Garapa boa, rapadura,
Mel, alfenim que eu comi,
Leite e coalhada a vontade
Queijo bom de qualidade
Oh, Meu Deus porque cresci!

A fazenda santa fé
De vastas belezas rudes
Banhada por quatro açudes
De águas doces que eu bebi,
Tibunguei, sofri revés
Mas dei muitos canga-pés
Oh, Meu Deus porque cresci!

A fazenda santa fé
Era o pomar do sertão
Caju, goiaba e limão,
Laranja que eu consumi,
Manga espada e banana
Pés de umbu e cajarana
Oh, Meu Deus porque cresci!

A fazenda santa fé
Foi o meu mundo doirado
Retalho de um passado
Que jamais eu esqueci
Sou feliz hoje, sou sim!
Mas grita dentro de mim
Oh, Meu Deus porque cresci!



domingo, 19 de agosto de 2012

DISCURSO PROFERIDO POR MÁRIO BENTO DE MORAIS


DISCURSO PROFERIDO POR MÁRIO BENTO DE MORAIS, SAUDANDO A DESEMBARGADORA DOUTORA MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES, QUE APÓS TOMAR POSSE NO CARGO NO COLENDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, NO DIA 25 DE JULHO 2012, VOLTA A SUA TERRA NATAL, SÃO MAMEDE – PB, PARA SER HOMENAGEADA PELOS SEUS CONTERRÂNEOS, EM 17 DE AGOSTO DE 2012.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO CONSTITUCIONAL DESTE MUNICÍPIO DE SÃO MAMEDE, DOUTOR FRANCISCO DAS CHAGAS LOPES DE SOUZA, NA PESSOA DE QUEM SAÚDO TODOS OS PREFEITOS DO VALE DO SABUGY.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO MAMEDE, RADIALISTA LUIS CARLOS DA SILVA, NA PESSOA DE QUEM SAÚDO TODOS OS VEREADORES DESTE MUNICIPIO E DO VALE DO SABUGY.

EXCELENTÍSSIMA SENHORITA JUIZA DE DIREITO DESTA COMARCA DOUTORA PAULA FRASSINETT NÓBREGA DE MIRANDA, NA PESSOA DE QUEM SAÚDO OS DEMAIS JUIZES AQUI PRESENTES, DEFENSORIA PÚBLICA E SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA. 

EXCELENTISSÍMO SENHOR DESEMBARGADOR DOUTOR FREDERICO MARTINHO DA NÓBREGA COUTINO, REPRESENTANDO A CORTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA.

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA DO COLENDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA DOUTORA MARIA DAS GRAÇAS DE MORAIS GUEDES, ORA HOMENAGEADA PELO MUNÍCIPIO DE SÃO MAMEDE, SUA TERRA DE BERÇO.

MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES – MEUS CONTERRÂNEOS.

INICIO ESTA SAUDAÇÃO DE BOAS VINDAS À ILUSTRE DESEMBARGADORA DOUTORA MARIA DAS GRAÇAS DE MORAIS GUEDES, QUE APÓS TOMAR POSSE NO CARGO NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, NO DIA 25 DE JULHO DE 2012, VOLTA HOJE À NINFA SEDUTORA DO VELHO SOLITÁRIO RIO SABUGY, A SENHORA DOS DEUSES, A SUA E MINHA SÃO MAMEDE, PARA SER HOMENAGEADA PELOS SEUS CONTERRÂNEOS, TERRA QUE SE FEZ PEQUENINA PARA TORNAR SEUS FILHOS GIGANTES; E QUE NESTE DIA SE REGOZIJA COM O ESPLÊNDIDO FEITO DA FILHA DILIGENTE, ERGUENDO SANTAMENTE OS OLHOS LACRIMEJANTES AOS CÉUS, AGRADECIDA AO SENHOR DA VIDA QUE INSONDÁVEL OBRA REALIZA AOS QUE O TEMEM, SEM CONSULTAR OS DESEJOS NEFASTOS DOS “ZEUSES” INQUINADORES.
MEUS CAROS IRMÃOS DE BERÇO E SANGUE, TAMBÉM NESTE INÍCIO, COM O PROPÓSITO ÚNICO DE ILUSTRAR ESTA NOSSA CONVERSA DE SERTANEJO PARA SERTANEJO, TRAGO-VOS UM ORACULO ANUNCIADO NAQUELE EGRÉGIO TRIBUNAL, QUANDO A PREFERIDA DE “TÉMIS” NO SEU MAJESTOSO DISCURSO DE POSSE PROCLAMOU AOS QUATRO VENTOS DA DEUSA DAS NEVES, EXTENSIVO A VELHA PARAÍBA, ASSIM DISSE: “CHEGO A ESTA CORTE DE JUSTIÇA COM MUITO ENTUSIASMO, CONSCIÊNTE DA RESPONSABILIDADE DO CARGO E COM AS MÃOS HONRADAS, PELA MINHA HISTÓRIA”. 
EIS, PORTANTO, AGORA, SENHORAS E SENHORES, UMA PEQUENA PARTE DESSA SAGA: FILHA DE AMARO BENTO DE MORAIS E DE SEVERINA LUCENA DE MORAIS – NASCEU NO DIA 8 DE MARÇO DE 1950, NO SÍTIO “BRITO” NESTE MUNICÍPIO. PERTENCE A UMA PROLE DE 11 IRMÃOS, SENDO SEIS HOMENS, DOS QUAIS CINCO ESTÃO VIVOS, VENÂNCIO FALECERA NO ANO DE 1998, E CINCO SIDERAIS LINDAS MARIAS TODAS VIVAS.  EM 1955 A FAMILIA DEIXOU O MEIO RURAL E VEIO MORAR NA CIDADE, ISTO PORQUE OS FILHOS PRECISAVAM ESTUDAR ERA A ALEGAGAÇÃO DO CASAL. NA CIDADE, OS QUE TINHAM IDADE ESCOLAR, CONFORME OS CRITÉRIOS EDUCACIONAIS DA ÉPOCA FORAM CONVIDADOS A EXPERIMENTAR O PERFUME DOS DEUSES, AS PRIMEIRAS LETRAS; UNS NÃO GOSTARAM DA FRAGRÂNCIA E FICARAM PELO CAMINHO; MARIA DAS GRAÇAS SE SENTIU ATRAÍDA E APAIXONOU-SE PELA ESSÊNCIA E NÃO MAIS A ABANDONOU: FEZ O CURSO PRIMARIO NO GRUPO ESCOLAR SERÁFHICO NÓBREGA E O ENTÃO GINÁSIO NO COLÉGIO COMERCIAL MARCOS BARBOSA. NESSES REINOS DE LETRAS PEQUENAS E SONHOS GRANDES, VINGOU A IDÉIA DE SE TORNAR JUIZA DE DIREITO.
CURSOU A ESCOLA NORMAL ESTADUAL DE PATOS, NO GRAU DE PROFESSOR, E FREQUENTOU O CURSO DE ATUALIZAÇÃO PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTUADUAL DE PATOS – FORMAÇÃO ESPECÍFICA PARA MAGISTÉRIO. GRADUOU-SE BACHARELA EM CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS NO DIA 31 DE JULHO DE 1979, PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, ONDE TAMBÉM SE ESPECIALIZOU EM DIREITO CIVIL. EM 1984, FOI APROVADA NO CONCURSO PÚBLICO PARA O INGRESSO NA MAGISTRATURA, REALIZADO PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA APARAÍBA, TENDO SIDO NOMEADA EM 13 DE JUNHO DE 1984, PARA EXERCER O CARGO DE JUÍZA DE DIREITO DA COMARCA DE JUAZEIRINHO, A QUAL ASSUMIU EM 19 DE JULHO DAQUELE MESMO ANO.  FOI TITULAR DAS COMARCAS DE JUAZEIRINHO, PATOS, CAMPINA GRANDE E JOÃO PESSOA E, EM OUTRAS TANTAS, ATUOU COMO JUÍZA SUBSTITUTA: SOLEDADE, TAPEROÁ, PRINCESA IZABEL, MALTA, SANTA LUZIA E POCINHOS. MAS FALTAVA ALGO IMPORTANTE PARA ACONTECER NA VIDA DA DOUTORA MARIA DAS GRAÇAS, O CASAMENTO. EM 1988, RECEBE EM CERIMÔNIA SOLENE POR ESPOSO O AGROPERCUARISTA E BACHAREU EM DIREITO JUSTINIANO GUEDES NETO E, PARA SACRAMENTAR A UNIÃO SANTA VEIO A DÁDIDA PERMITIDA POR DEUS, A PÉROLA DA CORÔA DOS SONHOS: ANA FLÁVIA DE MORAIS GUEDES. DAÍ EM DIANTE TUDO FOI SE EQUACIONANDO PARA A REALIZAÇÃO PROFISSIONAL. EM 14 DE MARÇO DE 1996, POR PERMUTA, FOI REMOVIDA PARA A 3ª VARA CIVEL DA COMARCA DA CAPITAL. EM OUTUBRO DO MESMO ANO, ASSUME A 8ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL (ATUAL VARA DE ENTORPECENTE), PRIVATIVA DOS DELITOS DE TÓXICOS E TRÂNSITO, ATE OS DIAS ATUAIS. NO ANO DE 2006, FOI CONVOCADA PARA SUBSTITUIR O DESEMBARGADOR ANTONIO CARLOS COELHO DE FRANÇA, JUNTO À CÂMARA CRIMINAL E TRIBUNAL PLENO, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA. NOS ANOS DE 2007, 2008 E 2009, FOI CONVOCADA PARA SUBSTITUIR A DESEMBARGADORA MARIA DE FÁTIMA BEZERRA CAVALCANTI, NA 2ª VARA CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, E TRIBUNAL PLENO. NO ANO DE 2010, FOI CONVOCADA PARA SUBSTITUIR A DESEMBARGADORA MARIA DE FÁTIMA BEZERRA, O DESEMBARGADOR MÁRCIO MURILO E O DESEMBARGADOR NILO LUIS RAMALHO. NO ANO DE 2011, FOI CONVOCADA PARA SUBSTITUIR A DESEMBARGADORA MARIA DE FÁTIMA, O DESEMBARGADOR LUIS SILVIO RAMALHO E O DESEMBARGADOR FREDERICO MARTINHO DA NÓBREGA COUTINHO. ENQUANTO, NESTE ANO DE 2012, FOI CONVOCADA PARA SUBSTITUIR A DESEMBARGADORA MARIA DE FÁTIMA BEZERRA, O DESEMBARGADOR FREDERICO MARTINHO E O DESEMBARGADOR JOSÉ DI LORENZO. FINALMENTE, EM 17 DE JULHO DE 2012, É ESCOLHIDA POR UNANIMIDADE PELA CORTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, PELO CRITÉRIO DE ANTIGUIDADE PARA O CARGO DE DESEMBARGADOR E, NO DIA 25 DO MESMO MÊS É EMPOSSADA COMO DESEMBARGADORA DO EGREGIO TRIBUNAL.
EIS AQUI MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES, UMA PARTE DE UMA BELISSÍMA HISTÓRIA QUE TEM O PODER DE EXORTAR A JUVENTUDE ATENTA A OUSAR SONHAR E ALÇAR VOOS CADA VEZ MAIS BRILHANTES, BUSCANDO SEMPRE O CAMINHO LUMINOSO DA INSTRUÇÃO RECURSO ÚNICO QUE EXALTA OS PIGMEUS E SILENCIA OS SOBERBOS.
MAS, MEUS BONS CONTERRÂNEOS, DISPOJADO DO MAIS ELEMENTAR ORGULHO DE MINHA PARTE - CABE AQUI UM PEQUENO COMENTÁRIO QUE CONFORTA A ESPERANÇA DOS OBSERVADORES DA MORAL E DOS BONS COSTUMES – É QUE O ORÁCULO, QUE AQUI CITEI DA LAVRA DA HOMENAGEADA NOS TRANSMITE QUE É POSSIVEL A HONRADEZ, A HONESTIDADE, A RESPONSABILDADE E A VERDADE SEM AS PRETENSÕES ESPÚRIAS QUE MACULAM AS TRAJETÓRIAS, MAS COM A CERTEZA PLENA DE TER ALCANÇADO COM MUITO ESFORÇO E PERSERVERÂNÇA A GLÓRIA QUE PURIFÍCA E REJUVENECE O ESPÍRITO E NÃO, A QUE ATORMENTA E ENVELHECE A ALMA.
POR ISSO, SENHORAS, SENHORES E INQUIETA JUVENTUDE DE MINHA TERRA - CREIO FIRMEMENTE, QUE VÓS TODOS HAVERÃO DE CONCORDAR COMIGO, O QUANTO FOI CARA A ROBUSTEZ DOS OBSTÁCULOS DE ONTEM, INTERPOSTOS ENTRE, A MENINA SIMPLES DO SERTÃO E A DESEMBARGADORA FESTEJADA HOJE, OS QUAIS NÃO FORAM CAPAZES DE TOLHER A ALTIVEZ FÉRREA DA SERTANEJA QUE TRANSFIGUROU A VITÓRIA EM CARNE E OSSO;
SEGUNDO NIETZSCHE, “NENHUM CURSO D’ÁGUA É POR SI PRÓRIO GRANDE E RICO; É PELO FATO DE RECEBER E CARREGAR MUITOS AFLUENTES SECUNDÁRIOS QUE ASSIM SE TORNA. O MESMO OCORRE COM TODAS AS GRANDEZAS DE ESPÍRITO. BASTA SOMENTE QUE UM INDIVÍDUO IMPRIMA A DIREÇÃO E EM SEGUIDA MUITOS AFLUENTES A SEGUIRÃO NECESSARIAMENTE E NÃO, DE MANEIRA ALGUMA, PORQUE ELE PRÓPRIO É DESDE O INÍCIO POBRE OU RICO DE DONS NATURAIS”.   
ATENHO-ME AGORA, COM UMA SATISFAÇÃO IMENSURÁVEL, A ALGUNS ADJETIVOS QUE CARACTERIZAM MUITSSÍMO BEM A PERSONALIDADE DA HOMENAGEADA, OS QUAIS, CITADOS POR UM JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO NOSSO ESTADO, EIS QUE OS DITO PARA O NOSSO PRAZER – ILIBADA, PREPARADA, ÍNTEGRA E DEDICADA. TAIS ADJETIVOS PODERIAM GERAR UMA GRANDE EXPLOSÃO DE ORGULHO A UM ESPÍRITO FRÁGIL, NO ENTANTO, SERVIU APENAS PARA ILUSTRAR UMA MATÉRIA JORNALÍSTICA, DIGA-SE, BEM CUIDADA. OS VOCÁBULOS POSTOS PELO REFERIDO JORNAL FORAM E SERÃO DIUTURNAMENTE PERENES, NOS JUIZOS FORMADOS SEMPRE COM EQUIDADE E JUSTIÇA PELA DOUTA MAGISTRADA.  EVOCO AQUI A SENTENÇA DOS ESPÍRITOS FORTES: NÃO HÁ PRESENTE MAIOR DO QUE O RECONHECIMENTO PELO TRABALHO REALIZADO; NÃO IMPORTA SE CEDO OU TARDE, OU ANTES, TARDE DO QUE CEDO, ISTO NÃO, VERDADEIRAMENTE NÃO IMPORTA - O QUE VALE MESMO, SÃO AS MANIFESTAÇÕES CONCRETAS QUE CADA UM, DE MODO HUMILDE, OU SOFISTICADAMENTE, OFERECE DE BOM GRADO E GENTILMENTE A PESSOA HOMENAGEADA, E ISTO É, O QUE CADA FILHO DE SÃO MAMEDE FAZ NESTE EXATO MOMENTO – DIZENDO: OBRIGADA DOUTORA MARIA DAS GRAÇAS DE MORAIS GUEDES, POR ELEVAR O NOME DA NOSSA TERRA A MAIS ALTA CORTE DE JUSTIÇA DO NOSSO ESTADO E PARABÉNS PELO ÊXITO ALCANÇADO EM SUA BELÍSSIMA CARREIRA JURÍDICA.
E, CHEGANDO AO FINAL DESTA SAUDAÇÃO, DOUTORA MARIA DAS GRAÇAS DE MORAIS GUEDES, RECEBA AS MAIS SAGRADISSÍMAS BENÇÃO DE SEUS PAIS, QUE COM CERTEZA ESTARÃO AO LADO DO SENHOR NO CÉU REZANDO PELOS SEUS RETILÍNEOS PASSOS AQUI NA TERRA; E NÓS SEUS IRMÃOS, AGRADECEMOS LOUVADAMENTE AO DEUS VIVO POR FAZÊ-LA NOSSA IRMÃ, PERMITINDO-NOS UM CONVIVIO AMOROSO E FRATERNO E AINDA, CONTAMOS  SEMPRE COM A GENEROSIDADE DO SEU CORAÇÃO.

SÃO MAMEDE – PB, EM 17 DE AGOSTO DE 1012