sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O FILHO DE SEVERINA E ABEL COELHO

Soneto dedicado 
Ao nobre broto do Sabugy
Newton Marinho Coelho 


Vergôntea da estirpe sertaneja
De linhagem pura sabugyana,
Rebento da flora Paraibana
Cuja integridade o Brasil deseja.

Do velho madeiro herdou a peleja
Já tradição na antiga umburana
Cuidados que Anireves soberana
Legou o esplendor que no sertão dardeja.

Medrou endiabrado dentre os traquinas
Meninos gentis fiéis as doutrinas
Das ruas lindas da feliz aldeia.

Distinto gozador na juventude,
Mas sensato no rumo à retitude 
Da vida fausta que se lhe ondeia.                                                                                  





quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O GENERO

SONETO DEDICADO
À JOVEM  VAULENE.



Airosos gestos ofertas quando,
Torna-te ao mundo adolescente!
Riso fácil, sentimento ardente,
A Juventude na mulher aquando.

Disfarça-se sutilmente alquando
Submissa, conduz-se forte, ciente
Da superioridade imanente,
 Ao meio, Versátil vai se adequando.

D’alma fértil e sensível ao sonho,
É possível ser, mesmo que tardonho,
Eis a verdade agora tangível:

Na força do gênero que ascende
De extremo a extremo se estende
O que é natural e cognoscível.





quarta-feira, 21 de setembro de 2016

OS FILHOS DA ALDEIA

Tenho acompanhado a inexplicável resistência que vocês desenvolveram nesta campanha política de 2016, em desfavor dos nossos conterrâneos Dr. Jefferson Marinho Morais e Doutora Eva Lucena. Certamente, os monges do atraso, os apóstolos da discórdia estão por trás desta incompreensível atitude. O momento é de regozijo, de festa, de confraternização, não de pertinácia, de relutância, de renitência. Somos de uma mesma raiz e nascemos sob o teto do mesmo céu.
Quero lembrar, meus irmãos, que em 1968 tivemos a oportunidade de receber pela primeira vez, em nossa aldeia, como candidato de consenso, o senhor Agenor Rique Ferreira. Seu Agenor ou Tenente Agenor, como era conhecido e que não era natural de São Mamede, mas de Sapé – PB, chegou à nossa cidade como Delegado de polícia e ai fincou raízes. Essa eleição foi marcada pelo desentendimento entre o candidato natural, digo natural, porque seu Agenor em 1963, fora candidato a vice do então candidato a Prefeito Dr. Antonio Bento de Morais, e a cúpula da Aliança Renovadora Nacional (Arena) local, queria outro candidato. Portanto, a quarta eleição para prefeito no município de São Mamede – PB, teve apenas uma candidatura a do Sr. Agenor Rique Ferreira – Tenente Agenor, pelo partido da Aliança renovadora nacional (Arena), e o seu Vice-Prefeito, conforme acordo firmado na época pelo então Governador Dr. João Agripino Filho, que veio a São Mamede especialmente, para pacificar o partido, foi o senhor Nilson Oliveira de Araújo, que deixou o Partido Social Democrático (PSD) e se filiou a Aliança renovadora Nacional (Arena). Eis os resultados dessa eleição: Agenor Rique ferreira obteve 1.612 votos ou 100% dos votos validos. Total apurado 1.612 votos; eleitorado 3.128 votos; abstenção 1.516 ou 48,47%. Tenente Agenor fez uma exitosa administração, calçou todo centro da cidade, exceto a rua Felipe Nery Cabral, no começo antigo, que ia da frente da casa vila Eulália até o cruzamento da rua Janúncio Nóbrega com a Dr. José Amorim e depois desse cruzamento inicia-se a rua Presidente João Pessoa que vai até a esquina Enéas Trindade, ao lado da Praça Major José Paulo Souto, o calçamento dessas ruas foi realizado pelo prefeito da época Inácio Bento de Morais. Seu Agenor, como era conhecido, investiu na educação do município, inclusive na zona rural com construção de grupos escolares em varias comunidades. Adquiriu um transporte (uma caminhonete com capota) para levar os alunos do 2º grau para estudar em Patos, sob as expensas da família, já que não havia destinação de verba para esse fim no orçamento municipal. Mas, após algum tempo foi preciso se desfazer da caminhonete porque esta se tornara pequena para o número de estudantes, por esse motivo comprou um ônibus usado que logo recebeu o apelido de menina de trança com o mesmo formato de pagamento.
Em 1972, devido à boa administração do então Prefeito Agenor Rique, vingou outra candidatura de consenso, a do então Vice-Prefeito Nilson Oliveira de Araújo. Houve também intensa movimentação contraria ao nome de Nilson pelos próprios partidários, resistência, rejeição, até que o bom senso prevaleceu.     
Na verdade a eleição de Nilson foi um marco, um divisor de águas. São Mamede teve uma grande administração, os índices de crescimento foram os melhores possíveis, com quatro anos de calma que possibilitaram a construção do Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Conceição, obra edificante que veio somar e revolucionar o sistema de saúde no sertão, a nossa terra ganhou notoriedade dentro e fora dos nossos limites. De modo que, a quinta eleição realizada para prefeito no município de São Mamede – PB, teve apenas uma candidatura a do senhor Nilson Oliveira de Araújo, pelo partido da Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o seu Vice foi o Sr. José Francisco de Araújo – Zé Pergentino – ex Partido Social Democrático (PSD). Assim, foram os resultados: Nilson Oliveira de Araújo obteve 2.149 ou 100% dos votos validos; votos nulos 41; votos brancos 629. Total dos apurados 2.819 votos; eleitorado 3. 409 votos; abstenção 590 ou 17,31%.
No ano de 2000, veio acontecer à décima primeira eleição no município de São Mamede e a terceira com uma candidatura de consenso. Dessa vez o candidato era o senhor Francisco da Chagas Lopes de Souza, que também não era natural de São Mamede, mas de Coremas – PB chegou a São Mamede contratado como médico pelo Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Conceição, criou raízes, casando-se com uma filha da aldeia.  Nessas eleições os ânimos da discórdia subiram a temperatura, criou-se um movimento ridículo denominado de “Zé Branco”, ou seja, votar em branco, diga-se de passagem, de muito mau gosto, uma vergonha. Doutor Chagas foi candidato a prefeito pela coligação PFL/PSDB, o vice o senhor Paulo da Silva Freire, pelo PMBD, gerando o seguinte resultados: Dr. Chagas/Paulo Freire obtiveram 3.253 ou 100% dos votos validos; votos nulos 523; votos brancos 1.447. Total apurado 5.223 votos; eleitorado 6.003 votos; abstenção 780 ou 12,99% dos votos. No período de 2001 a 2004 São Mamede alcançou um bom desenvolvimento, principalmente, na educação, fato preponderante para qualquer administrador que se preze.

Agora em 2016, também foi possível uma candidatura de consenso, a do Doutor Jefferson Marinho Morais, a prefeito pelo Dem. e a da Doutora Eva Lucena a vice pelo PMDB, fato não diluído ainda pelos espíritos irados, carcomidos, inflamados de descompromisso; alegando questões falsas partidárias que só existem nos recôncavos das mentes que não querem o bem de São Mamede. Meus bons irmãos, eu espero que não se deixem levar pela cegueira dos fanáticos, mas pela consciência dos capazes. O Doutor Jefferson e a Doutora Eva, são uma opção digna de credito, com certeza farão a melhor administração para nossa aldeia, confiem neles!      

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

DESSILENCIAR-SE


Aproximam-se caudalosamente as eleições de 2016, as expectativas essencialmente cívicas ganham contornos exponenciais de barganhas; as mentiras se arvoram em verdade, a verdade sucumbe ante a truculência dos facínoras; os sonhos se nos oferecem reais e quase perfeitos de repente tolhem-se por ordem da força gananciosa que os faz distantes, inatingíveis.
Porém, sem alarde chega o tempo de se dessilenciar. A liberdade pródiga vence a teimosia do opressor que padece mais que o oprimido. O grito da rua rompe a cortina de ferro e ecoa solene, triunfante, ensurdecedor no banker daqueles que não gostam do povo. A esperança alvissareira retesa a justiça do seu arco e feri o núcleo da consciência do deus insensível que certamente morrerá na eternidade; todavia, ninguém vence o povo!
A política, dama mística, encantadora e pura, nascera feliz no berço da liberdade, na velha Grécia, como arte da organização. Mas, alguns homens tornaram-se presas fácies da cobiça aceitando os seus estímulos, iscas que os fazem venais, prostituindo a bela filha da cultura Grega.
Para alguns, a política é sem duvida a mãe generosa do rico e para a maioria é verdadeiramente a madrasta impiedosa do pobre.      
Acontece que num processo político o cidadão deve ser sempre a estrela maior, varão nobre armado de seus soberanos direitos civis, políticos e sociais, sob a guarda diuturna do estado. E falando em política disse Aristóteles: “na democracia os pobres são reis porque são a maioria, e a vontade da maioria tem força de Lei”. Cláusula pétrea! 
Embora a sentença não realce a realidade, também é verdade que nós pobres desconhecemos a nós mesmos, a nossa força se limita sempre em desprezarmos aqueles que querem o nosso bem, de modo que estes estão dentre os pobres que nós sempre rejeitamos e, às vezes, não os queremos conhecer. Porém, eu tenho um sonho, o de ainda ver essa infeliz realidade mudar; o povo é probo; os políticos...