terça-feira, 21 de março de 2023

MOTE: QUANDO EU TIVER QUE MORRER/QUERO VIVER NO SERTÃO

De lá só trouxe saudade

E a carteira sem tostão,

Lutei, venci, consegui,

Mas faço uma sugestão:

Quando eu tiver que morrer

Quero viver no sertão.

 

Tive uma base singela

Como todo bom Cristão,

Fiz o bem com humildade

Pra que desse modo, então,

Quando eu tiver que morrer

Quero viver no sertão.

 

Minha terra tem estrelas

Um céu azul ermitão,

Assim como vivo agora

Esperando no portão,

Quando eu tiver que morrer

Quero viver no sertão.

 

Tudo que tem lá é bonito!

A terra e o povo estão,

Juntos num só sentimento

De ter vida sem questão:

Quando eu tiver que morrer

Quero viver no sertão.

 

Minha terra tem belezas

Numa grande comistão

Para usufruto de todos

Como imagem de cartão:

Quando eu tiver que morrer

Quero viver no sertão.

quinta-feira, 9 de março de 2023

O JUÍZO MORAL É INCONSEQUENTE/PORQUE JULGA O HOMEM INACABADO!

Julguem antes o caráter moral

Do fato imoral, talvez cometido

Pelo vezo há muito adormecido

Nos lábios da regra estrutural

Interconexão de cunho memoral

Fenômeno comum bem acerbado

Na base d’um povo sobrecabado

Que acolhera cultura confluente:

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado!


Fruto da “consciência” coletiva

E logro da tese patriarcal,

Lavra da seara irracional

Que fere toda parte cognitiva

Do homem e se impõe coercitiva

Ao conceito do certo exacerbado

Criando um espírito conturbado

Para a forma do errado incongruente:

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado!


O que é a moral senão quimera

Indecorosa, tirana, malvista,

Saturna, astrosa, farisaísta,

Que cultiva sentimento de fera

Deselegante soberba megera,

Dominante de zelo perturbado

Azorrague social carimbado,

Que faz a vida tornar-se languente

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado.


Induzido a acreditar na moral

Que nascera de sonhos decadentes,

Pontuados por perversos incidentes

Negando ao homem o ser autoral.

Casuísmo vil intertemporal,

Que melindrara o princípio ilibado

Do Deus criador do ser arroubado,

Mas que se tornara um fraco indigente:

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado.


quarta-feira, 1 de março de 2023

O HOMEM IDEAL OU O IDEAL DO HOMEM

 

Os aspectos morais, as quimeras,

Das mentes dúbias, fantasmas, feras,

Põem estultices ao imaginário

Fértil dos homens inacabados,

Instáveis pensantes exilados

No mundo oculto, secundário,

Donde antiga semiologia

Aliada a vã ideologia

Do primitivo visionário.


Axioma visto doutrinário

Serve ao mundo reacionário

Limitando o homem a viver

Sob ameaças de condenação

D’alma sem direito a salvação

Ruminando a custo o desviver,

Causa bruta da infelicidade

Vianda da desonestidade

Que motiva a fé sobreviver.


Eu Sou o que Sou! Vim para prouver

De paz a vida lassa, e prover

O homem com o pão da verdade!

Porém, a ira dos falsos zagais

Traíram os dons teologais

Adotando a subjetividade

Como norma a enxergar valores

Jamais possíveis; enganadores,

Da pobre religiosidade.


O espírito anseia caridade

Quando se enseja à alteridade

Sem considerar a dialética

Exótica ao desejo comum

D’uma realidade em jejum

De “BEM” em sua energia estética,

Vencida por vieses soberbos

Eivados dos antigos verbos

Despejados pela ciência ética.