quinta-feira, 9 de março de 2023

O JUÍZO MORAL É INCONSEQUENTE/PORQUE JULGA O HOMEM INACABADO!

Julguem antes o caráter moral

Do fato imoral, talvez cometido

Pelo vezo há muito adormecido

Nos lábios da regra estrutural

Interconexão de cunho memoral

Fenômeno comum bem acerbado

Na base d’um povo sobrecabado

Que acolhera cultura confluente:

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado!


Fruto da “consciência” coletiva

E logro da tese patriarcal,

Lavra da seara irracional

Que fere toda parte cognitiva

Do homem e se impõe coercitiva

Ao conceito do certo exacerbado

Criando um espírito conturbado

Para a forma do errado incongruente:

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado!


O que é a moral senão quimera

Indecorosa, tirana, malvista,

Saturna, astrosa, farisaísta,

Que cultiva sentimento de fera

Deselegante soberba megera,

Dominante de zelo perturbado

Azorrague social carimbado,

Que faz a vida tornar-se languente

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado.


Induzido a acreditar na moral

Que nascera de sonhos decadentes,

Pontuados por perversos incidentes

Negando ao homem o ser autoral.

Casuísmo vil intertemporal,

Que melindrara o princípio ilibado

Do Deus criador do ser arroubado,

Mas que se tornara um fraco indigente:

O juízo moral é inconsequente,

Porque julga o homem inacabado.


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