sábado, 23 de maio de 2020

DE QUEM É A CULPA???


O Brasil (governo) faz um esforço sobre-humano para manter sob sua tutela uma importante parcela da sociedade analfabeta, gastando uma soma incalculável em dinheiro. Quantia até difícil de se imaginar ou mensurar um valor aproximado. Por isso, vamos pensar e fazer a seguinte pergunta: é possível definir o custo moral de um País, quando uma parte significativa dos seus cidadãos é analfabeta? Não. Isto não é possível. E, se formulássemos outra pergunta. Qual o custo moral, existencial, social e econômico para o cidadão analfabeto?
A resposta para estas questões está profundamente associada a uma estrutura econômica saudável – Desenvolvimento Econômico – que por sua vez, conta com uma administração pública organizada e competente tendo como conselheiro o bom senso. No entanto, a chance de um País (governo) alcançar um nível razoável de desenvolvimento passa definitivamente pelas mãos da educação. Fora disso, esqueça! É impossível separar o desenvolvimento da educação, “ambos são carne e unha”. De modo que tratar a educação com desprezo é o mesmo que fechar as portas do País (governo) para o desenvolvimento, é condenar as futuras gerações a meras identificadoras de letras e números, sem domínio da escrita e da leitura; imagine se caso for necessário para essas gerações, em dado momento da realidade, ter que fazer uma leitura simples que precise ser interpretada, formar operações matemáticas mais ou menos urdidas ou tratar de algum fato que envolva conhecimento mínimo de ciências?
Diante da pergunta, vamos voltar a nossa curiosidade agora para alguns Países (governos) que resolveram estruturar e investirem pesado na educação. Esses Países (governos) sabem que milhões de profissões e empregos, fatalmente irão desaparecer num futuro próximo, na esteira da tecnologia, por isso já estão se preparando com força nesse momento. Ex. Portugal, Canadá, Alemanha, Estônia e Singapura. Outros Países (governos) aparecem como líderes que investem e direcionam uma parte importante do seu produto interno bruto (PIB) para educação: Suécia, Correia do Sul, Finlândia, Polônia e Japão, não necessariamente nessa ordem de colocação. Esses Países (governo) enveredaram sem antolhos pelos caminhos luminosos da educação e estão se superando a cada dia.
Mas, os exemplos mostrados aqui não convencem pessoas com raciocínios toscos em relação à educação, elas teimam ou ignoram os fatos mesmo diante das ações reconhecidas por muitos estudiosos e organismos internacionais sobre as medidas adotadas por esses Países (governos) aqui elencados. Tais pessoas defendem o que todo mundo sabe, dizem elas: “só há empregos com crescimento econômico”. Isso é uma verdade absoluta, no entanto, sem educação de boa qualidade não haverá crescimento econômico nem empregos. Sem ciências não há desenvolvimento, isso não preciso ser dito por que é de conhecimento de todos nós.
Portanto, não saber ler nem escrever – penso que não só afeta a alta estima do individuo, como também causa constrangimentos profundos e danos irreversíveis a personalidade, que embora já formada com valores apenas relativamente médios ditados, algumas vezes, possam ser recuperados muito tardiamente em parte, mas já com enormes prejuízos acumulados para o individuo. De modo que o individuo tende a demandar nessa “recuperação” esforço físico e cognitivo que envolve memória, atenção, percepção, engajamentos sociais, educacionais, culturais e econômicos; além claro, da participação efetiva de outros importantes atores e de modo arrojado as três esferas de governos. Por isso o classifico como custo moral.
No entanto, olhar o rosto de um indivíduo analfabeto exposto a uma situação que exige destreza mental ou motora mínima, logo se observa em seu semblante um misto de susto, medo, espanto e impotência diante dessa cruel realidade.  É como se ele estivesse partindo sozinho para um desconhecido de mãos vazias. Neste caso, aqui não se inclui a máxima trágica de Ésquilo: “sofrer para aprender”, aqui se inclui sim, à falta da forma do “objetivo articulado de governos”, é o velho e conceituado descaso. Essa situação será sempre considerada por toda  vida do indivíduo. Por isso entendo como custo existencial.
Num quadro de lições de economia nas instituições da área, logo se aprende que “custo está ligado ao sacrifício incorrido para produzir um bem”. Então vamos tentar colocar o homem nesse cenário. O filho de Genebra, Rousseau, disse que “o homem é produto do meio” (claro que é do meio em que vive), então podemos deduzir que ele (o homem) é um bem que desde a tenra infância sofre severas lapidações para se tornar uma pedra preciosa para adornar uma coroa que o controla com uma força descomunal e lhe impõe uma escravidão feroz, e o perverte a ponto de separá-lo da criação. Mas tudo isso começa em casa com a família a primeira escola e os pais os primeiros educadores (os cúmplices carcereiros da liberdade sem culpas). O estado (governo) diz que os pais não podem nem devem educar os filhos do modo que entender ou achar que tem o modelo eficaz. Não. Não é assim, diz o estado (governo). Segundo os dogmas existentes, é o estado (governo) quem pode e tem o legitimo direito de dizer como educar.
Ora, o dilema da educação no Brasil (governo) começa aqui nesse ponto.  O Brasil (governo) não prioriza a educação e nem têm planos – “ações políticas, sociais, econômicas, estabelecidas com um propósito específico”. O estado (governo) pode ter o legitimo direito de educar, mas não educa! Como educar sem investir? Como produzir um bem sem ter o controle de qualidade da matéria-prima? É sabido que o êxito de um produto depende muito da estrutura da pesquisa e do desenvolvimento técnico. É ai que o controle de qualidade da matéria-prima tem início com a eliminação de desigualdade de substância com fulcro em conservar o nível do resultado final. Portanto, de quem é a culpa? Com a palavra você! Enquanto isso o estado (governo) permanece produzindo quimeras para o País dos mortos!
Custo social e econômico.



João Pessoa – PB, 20 de maio de 2020

Mário Bento de Morais
  





Utilizei várias fontes das leituras diversas que fiz.
Não há nada interessante no presente, que alguém
do passado não tenha dado um norte. Portanto, eis ai
De quem é a culpa???















sábado, 9 de maio de 2020

CUIDEM-SE


Eis que vem a antiga fera
Esquadrinhando o redil
Com seu talentoso ardil
E perseverante espera.

A cada passo sutil
Silenciosa quimera
Encoraja a velha fera
Ao inútil prazer gentil

A presa assustada, pálida,
Observa a fera esquálida
Com expressão de pavor.

Os pastores pobres, mudos,
Presos no mundo dos surdos,
Veem chegar o terror.




sexta-feira, 8 de maio de 2020

ERA TUDO DIFERENTE?!




                                   Nesse Brasil diferente
Que já nem conheço mais!
Foi a Pátria dos meus pais
Solo mãe de amor ardente.

Nos registros dos anais
Cuida a paz de antigamente!
Arquivos de uma gente
De proezas imortais!

Porém, a história sente
A falta daquela gente,
Heróis imemoriais!

Esquecidos no presente,
Mas vivos em toda mente
Que recorda dos seus pais.