sábado, 8 de maio de 2010

A CIDADE DOS MORTOS

Na cidade dos mortos a insanidade
É atributo sábio do abutre afaimado
De carne em sangue do Eu humilhado
Morto antes de morrer na eternidade.

Matar o morto, eis um troféu exaltado
Pela turba impiedosa da infernalidade
Que sob ordens do guia da imortalidade
Tortura-se à morte o morto condenado.

Alardeia-se Indômito! Treme-se ao forte
A vossa áurea pálida; debil sem norte;
Um deus apenas diante do pequeno!

Um dia a plebe triunfará sobre vossa lama,
Morto! Riso sardônico, desdem, um drama
De um diabo que bebeu o prórpio veneno.

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