domingo, 9 de maio de 2010

DE RAQUIM À ASRAIL

Das Mãos de Deus sublime dádiva
Foi-lhe santa, um dom, obra divina
Quando sua alma serva e peregrina,
Sorria aos olhos e livre sonhava.

Uma benção dos céus em meio à sina
Da gente inutil, poviléu; mas a brava
Índole de nós que no berço despertava
À caridade, morreu antes da esquina.

Tempos idos! ah, velhos tempos idos!
Que morreram nos bercos esquecidos
No tempo da existencia do sudra insano.

Mas, das Mãos de Deus sublime dádiva
Há de renascer sempre - forte gritava
Uma voz aos ouvidos do asrail tirano.

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