segunda-feira, 7 de novembro de 2022

OS REGALOS ETERNOS

 

Os sonhos que voam no deserto

D’alma que se povoa de dores,

Terão extenuados seus remígios

De tanto buscar velhos amores,

Que em soluço se foram além

Sem paz procurando-se também

Por entre perversos estertores.


Mas, tudo enfim, inspira regalos,

Que se nutrem de gentis afetos,

Suaves beijos, gestos afáveis,

Que às vezes, se propõem insurretos!

Tocando a alma profundamente

Deixando liberto o corpo a mente

Expostos aos desejos concretos.


Quantos em retiros diferentes,

Cismam ainda as velhas paixões,

Que se imortalizaram nas nuvens

Da memória das emoções.

As quais, mais das vezes, quase vivas,

Ressurgem mansamente afetivas

Acordando sadias sensações.


As marcas deixadas, quase sempre

Afloram mantras envelhecidos,

Que foram eternos nos momentos

Lembráveis e jamais esquecidos!

E se vivos estão, mas distantes

Foram divos, densos, importantes,

Mas agora, estão adormecidos!


Ah! Se um dia a gente conseguisse

Trazer de volta aquele passado,

E à tona viessem as vivências

Que as tornou prazeroso legado

À vida a vibrar às emoções,

Que lavram as velhas sensações

D’um pobre coração já cansado.




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