terça-feira, 3 de abril de 2012

PARA ONDE VAMOS?!

Ainda pouco, conversávamos Orama e eu sobre a crise profunda que assola impiedosamente a identidade política e moral dos partidos políticos no Brasil. Mas antes que eu elaborasse qualquer raciocínio que tangesse a nossa conversa inicial ele me atingiu com um cruzado demolidor, acertando-me bem o queixo, quando me perguntou para onde vamos?! Não entendi nada. Foi um nocaute técnico em menos de um minuto. Fiquei imóvel por minutos estendido sobre a lona do ringue do papo, buscava desesperadamente o ar da vida até que veio o que ninguém deseja para quem está perdendo, o golpe de misericórdia – pra direita ou pra esquerda?!?!?! Sem socorro apelei, vamos para o centro. Mas Orama foi ainda mais cruel comigo – centro-direita ou centro-esquerda?! Fiquei sem escapatória, mas busquei uma solução mais radical. Vamos então para os extremos. Porém, o meu parceiro de papo tornou-se muito mais ranzinza e não me perdoou. Extrema-direita ou extrema-esquerda?! De fato, para onde vamos? Para direita ou para esquerda?! Detesto ter que aceitar as coisas como elas são, mas desta vez fiquei sem saída. Creio que o povo também não tem a curto, médio e longo prazo uma resposta concreta. Parece que os bons princípios surgidos a milhares de milhar de anos não fazem mais parte da formação humana, foram relegados ao desprezo, o pior dos desprezos àquele que o povo faz questão de não lembrar, por uma razão muito simples: a generosidade da nossa legislação. Os políticos praticam atos esconsos amparados na lei da impunidade, lei específica criada para este fim: chamada de imunidade parlamentar. No meio jurídico há uma sentença que enche de esperança aquele que ler: a ninguém é lícito ignorar a lei; mas tal sentença não é o sentimento das esferas superiores do nosso país, estas estão protegidas por labirintos “legais”, para onde vamos?!

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