segunda-feira, 16 de abril de 2012

É VERDADE?

Parece paradoxo, mas não é. Porquanto, há um bem no mal assim como há um mal no bem, princípios particulares em tese, antagônicos por natureza, porém muito próximos e por assim dizer quase gêmeos. Quantas vezes dizemos que algo é mal quando é parte daquilo que desejamos, mas não podemos atingir-lo por circunstância momentânea adversa; no entanto, quando essa adversidade é superada e aquilo que era desejo torna-se algo real, embora passageiro, exultamos como um grande bem, o que antes era um extraordinário mal. No entanto, há de se buscar no passado do homem essa assertiva que determina essa verdade, se é que é verdade ou vontade de uma verdade. O bem não é uma força e menos ainda o mal, talvez uma disposição, uma propensão, ou uma inclinação, mas nada, efetivamente nada lhes conferi potencialidade, quando muito, apenas uma imagem refletida num plano muito básico do espírito humano. Já foi dito pelos antigos, que essas duas intenções de força produziram tão somente, no homem, um terrorismo avassalador que inibiu por anos a fio o discernimento do verdadeiro com seus mitos que só escravizaram, com suas tradições criadas a partir da não verdade, com os dogmas religiosos que alimentaram com o sangue dos crédulos à dominação, e por via destes, tolheram vergonhosamente os ganhos e os avanços reais da sociedade em todos os segmentos. Por causa desse erro grosseiro, criaram-se monstros/heróis, deuses omissos, cidadãos sem cidadania e pátria de patrões. Criaram-se ainda espectros de homens, mas não lhes deram o direito de escolha; instituiu-se a não verdade e como prêmio pelo feito, veio o consumo de ideais mortas; edificou-se uma nova babel, mas estranhamente sem o devido endereço.

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