terça-feira, 19 de julho de 2011

DISCURSO SAUDANDO DR. RICARDO TADEU FEITOSA BEZERRA , ASSESSOR JURÍDICO DA FUNDAÇÃO ESPAÇO CULTURAL DA PARAÍBA - FUNESC 2010, PELO SEU ANIVERSÁRIO


Era 20 de agosto de 1962, a casa de Aluísio Bezerra da Silva e de Áurea Feitosa Bezerra, tornara-se plenilúnio de bênçãos, de regozijos infindos, de sonhos impensáveis! Esperavam-se por designo de Deus a vida brotar do amor para santificar a esperança na terra; nos céus, anjos cantores solfejavam a canção das quatro estações para anunciar o maior dom de Deus, o milagre insondável da vida!
Os arcanjos em alvoroço bradavam: alegrem-se todos nasceu na pequenina aldeia das Neves um varão elevado, ele receberá nome de Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra. E, como por um cinzel ficará marcada na pele da deusa Themis a sua imagem consagrada à sensibilidade, a erudição. Um lorde por estirpe, um gentleman por natureza. "Ele abraçará o credo imprudente do aventureiro do incerto; e terá o ânimo dos valentes de garantir os outros, e se esquecerá não por desleixo que macula, mas por desprendimento que o envaidece de garantir a si mesmo".
Seu Aluísio exultava-se com a suprema delicia que realiza o homem: a alegria dos que receberam o dom de ser pai. Assim, também fizera Deus: sendo Deus quis ser pai para realizar-se Deus. Realizado exclamou: “Eu Sou Deus”! Gritarei na torre dos mudos para edificar meu altar na tempestade dos surdos. “Eu Sou Pai”! Educarei na verdade para que conheças somente a verdade.
Dona Áurea, na plenitude do amor materno destempera-se e alude do idioma coloquial uma expressão de êxtase: “lindo, parece um ratinho branco!”. Expressão assim, dita por quem nos ama não dói, é um elogio; e sugere a natureza santa de quem a diz. Mas se dita por estranho, fere o nosso ego, estrangula a nossa imagem, e às vezes, sepultam as nossas primaveras; e também, descobre-se a arrogância dos que desconhecem o amor.
A casa dos Bezerra nunca mais foi à mesma! A alegria ganhou destaque de musa, a ternura tornou-se um sol no inverno do seio familiar. A felicidade, senhora incompreendida pelos que compreendem apenas a si, pediu abrigo no éden daqueles que compreendem que a felicidade é um bem de toda humanidade – ensinamentos de seu Aluísio e de dona Áurea. Ratifica Martin Luther King: Ou aprendemos a viver juntos, como irmãos, ou perecemos todos juntos, como loucos. O apóstolo de Deus, Padre Vieira, complementa: se olhas com amor o corvo é branco; se olhas com ódio, o cisne é negro.
O filho de seu Aluísio trouxe de origem uma alegria mansa, movimentos sóbrios e densos; e desde sempre guiado por mentes e mãos quase divinas, sorveu no regaço da família, “o melhor e o mais velho vinho”.
Passada as efervescências inerentes ao nascimento de uma criança, e ainda, os anos psicológicos que revolucionam todo lar e ás vezes, até derrubam conceitos que os séculos estabeleceram, eis que vem a época da escola. Como a maioria das famílias de pais dedicados, Ricardo foi fazer seus primeiros estudos no colégio Pio X. Dali só saiu para fazer direito na UFPB.
Formado enfrentou o mar para não margear rios; e na luta logo descobriu que poucos alcançarão as alturas quando se tem asas atrofiadas! Porém, o aventureiro do incerto alou-se para alçar às alturas, porque quis respirar o ar puro que somente os “condores” respiram quando nos seus vôos sidéreos.
Afortunou-se de conhecimento na ciência do direito, como fizera seu irmão mais velho, Dr. Aluisio Bezerra. Logo veio a fiança genuína – o reconhecimento público. Notoriedade explicitada agigantou-se ainda mais no meio jurídico da Paraíba, com as causas vitoriosas.
Com tanto brilho, logo “foi presa fácil para as mulheres” e uma arrebatou-lhe o coração: Aline de Lourdes Lustosa Carvalho Feitosa Bezerra. A paixão foi avassaladora que culminou em 29 de dezembro de 2001, com o enlace matrimonial, na Igreja de São Francisco, imortalizada pelo poeta: A Igreja de São Francisco/A mais bonita do mundo!/Eu creio que o imenso Deus/Sábio eterno e profundo/Mandou um anjo construir/Caiar, pintar e polir.../E lá do céu exclamou/Esse presente só exiba/Na capital da Paraíba/A terra do esplendor!
Dessa harmonização quase divina (o casamento), afloraram dois formidáveis rebentos: Ricardo Tadeu Lustosa Bezerra Filho e Rafael Lustosa Carvalho Feitosa Bezerra, ilustres dádivas que prosperam para justificar a glória de Deus – o homem vivo.
Dimensionar o causídico Ricardo Bezerra, necessário seria tornar-lo um homem comum – algo imensurável para um deus – e tarefa impossível para quem é ínfimo; cabe o ensinamento do sábio: os deuses não se dimensionam, apenas contemplamos a sua infinita dimensão, e isto é o bastante para nós humanos.
Doutor Ricardo Bezerra, os funcionários da Fundação Espaço Cultural da Paraíba – FUNESC, o parabeniza pela passagem do seu aniversário.

João Pessoa - PB, 20 de agosto de 2010.
Mário Bento de Morais

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