quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

AS DANAÇÕES DO TERREIRO

 

Foi determinado em ouro

O preço da liberdade,

Assassinando a justiça

Causando perplexidade,

Trazendo desassossego

Para o povo da cidade.


Ganhou notoriedade

Esse fato inusitado,

Justificou-se o desmando

Sendo o direito acoitado

Pelo braço da justiça

Com o chicote azeitado.


Já muito debilitado

Sem forças pra reação,

O direito cambaleia

Em transe de prostração

Sob vaias e zombarias,

Escarnio e humilhação.


Essa amarga sensação

De dantesca injustiça,

Alimenta o mau costume

Atrativo que enfeitiça,

Validando a indecência

Dogma da real cobiça.


Mas impunidade atiça

A ganância, a corrupção,

Veniagas nos terreiros,

Expertises, obrepção

Nos cavoucos dos embustes

Monturo de excepção.


Não se edifica a Nação

Sobre os ossos dos antigos

Escravizados e mortos,

Outros, míseros mendigos,

Sob o relho da mamparra

Que os sustenta com castigos.


Enfim, falares ambíguos

Tem a gente melindrosa,

Que se arvora preferida

Dos deuses, dádiva airosa,

Que desfruta de benesses,

Com sua mente asquerosa.

 

 

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