quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

CRÉDULO

Siga o dia a dia a causar pena

Já que a pena, às vezes, pari santo!

Camelôs da fé, vis ambulantes

Insurrectos da ressurreição

Suplicando justiça a justiça

Afligindo os dons da divindade!


Bancar a graça da divindade

Sem prover-se de socorro a pena,

Causa pena a sublime justiça,

Pois sem custo não haverá santo

Digno a viver à ressurreição

Sem os préstimos de ambulantes.


No mercado da fé os ambulantes

Licitam nas bancas a divindade!

Quem quer dar mais à ressurreição?

Dou-lhe uma, duas, três... Vale pena

Porque você poderá ser santo,

Amém? Se você fizer ju$tiça!?


Há! sim irmão, vou fazer ju$tiça!

Aleluia em coro os ambulantes!

Gritos eufóricos... Vou ser santo!

Tenho os floreios da divindade,

Enchi-me da presunção da pena

Estou hábito à ressurreição!


Morri ontem, hoje há ressurreição?

Sim, hoje. Mas quite-se à ju$tiça,

Para que venha a unção da pena

Pela tortura dos ambulantes

Mediadores da divindade

Astutos produtores de Santo.


Nas alturas do íntimo o santo

Põe-se a aflito à ressurreição

Sob as aviças da divindade,

Que cobiça as bênçãos da ju$tiça

Dos lábios férteis dos ambulantes,

Que de “amor” adormecem de pena


Custa-me crer na humana pena,

Porém, creio na ressurreição

Do Senhor da eterna divindade!


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