segunda-feira, 8 de junho de 2020

OS ESPECIALISTAS


O1 – Hoje, eu ouvi pelo Rádio e depois assisti pela televisão, aqui em João pessoa, dois “grandes” âncoras – segundo suas próprias análises carregadas dos impulsos de André Breton – arguirem expressivos zelos às suas autoestimas poderosas junto ao público ouvinte do rádio e por tabela os telespectadores. Nesse cenário orgulho narcisista, adverte a psicologia em seus estudos: a autoestima é uma apreciação particular acerca do eu próprio e está potencialmente relacionada ao progresso do ego. Aurélio escreve: a autoestima é uma qualidade de quem se valoriza, está satisfeito com seu ser, com sua forma de pensar ou com sua aparência física, expressando confiança em suas ações e opiniões.
02 – Pois bem, esses dois astros da comunicação paraibana, propuseram a volta ao “trabalho para que o povo não morra de fome”, ou seja, abolir o isolamento social – isso incitou as pessoas a não colaborarem com as recomendações das autoridades – no entanto, esses mestres do caos não indicaram uma solução para o enfrentamento à pandemia. Porém, aqui cabe uma pergunta: com qual autoridade ou em nome de quem se pode, criar protocolo ou tecer comentário a uma área rigorosamente científica, a respeito de como o povo deve se comportar diante do desconhecido? Esses gênios da raça sem nenhum mérito acadêmico na área de saúde pública ousaram desafiar com argumentos esdrúxulos e sem cognição semiológica as recomendações propostas pela Organização Mundial de Saúde OMS. Ambos não têm currículo doutrinal para tratarem de um assunto extremamente relevante como esse que sonda as vias tortuosas e complexas da medicina sobre a covid19.
03 – Essa frase (se não voltar ao trabalho o povo vai morrer de fome) soa muito apelativa e atinge o lenho do processo psicológico consciente do cidadão, que sem arrimo às suas antigas mazelas, não enxerga racionalidade no trato para um combate eficaz à transmissão vertiginosa desse vírus que evoluiu bastante aqui no Brasil. O tema em evidência embora pulsátil, interessante pela atualidade, ressalva-se qualquer reflexão ou orientação ao auspicioso conhecimento científico. E ninguém, nesse caso específico, tem singular direito de compor com o uso da imaginação raciocínio descolado do isolamento social que atende as recomendações protocolares dos maiores centros de estudos epidemiológicos do mundo.
04 – A mediocridade escandalosa há muito exibida aqui no Brasil adquiriu em escala mundial, exponencial notoriedade. Perdemos o brilho mágico da alegria, o protagonismo do belo e o senso de País. Um feito que a História marcará nos seus anais como “os anos vividos no País dos mortos”. Somos um povo sem rumo, sem destino. Vagamos no deserto da ignorância, do descaso, da incompetência. Pra onde vamos? O que desejamos deixar em fim como legado para os nossos iguais? Responda... se for homem!   

João Pessoa – PB, 08 de junho de 2020

Mário Bento de Morais









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