segunda-feira, 22 de agosto de 2022

OS ENCANTOS TURÍSTICOS DE SÃO MAMEDE

 

Os ATRATIVOS TURÍSTICOS de São Mamede alcançam imensuráveis valores naturais, Culturais, Históricos, Religiosos, Paisagísticos, Ecológicos, Arquitetônicos e Esportivos, além de despertar a empatia do seu povo, atraem TURISTAS, estudiosos e ainda, impõe a necessidade de conservar, preservar e assegurar às futuras gerações o direito de usufruir desses acervos.

Os painéis naturais que lhes povoam despontam num cenário de belezas complexas com fabulosos requintes. O Colosso de Picotes, a Serra da Cozinha, a estrutura natural da Serra dos Cavalos, a beleza da Serra do Cajueiro, a exuberante Serra dos Velhacos. De modo que é valiosíssimo o empenho e dever moral das autoridades, identificar com presteza, mapear com precisão, descreve-los com riquezas de detalhes os tesouros que constituem os encantadores ATRATIVOS TURÍSTICOS da NINFA MIMOSA do VALE, localizada as margens do cativante RIO SABUGI.

A elegante diversidade TURÍSTICA de São Mamede deve-se a suntuosa área geográfica de domínio do semi-árido brasileiro, com a sua formação geológica copiosamente multíplice. Os processos que deram origem a essa formação, os materiais que foram cinzelados pelos fenômenos naturais, resultaram na pluralidade mágica desses atrativos, que por sua vez, moldaram às artes, o folclore, às festividades e às tradições que concorrem para geração de emprego e renda e por consequência o desenvolvimento da economia local.

O poeta encantado com o charme dos dotes naturais da mítica DAMA, que o inspira a sobreviver intelectualmente, dedica a sua Mãe SEVERINA LUCENA DE MORAIS, este trabalho cultural. A obra exibe com precioso fascínio, o desejo de conhecer, viajar, apreciar os lugares, contemplar paisagens e admirar novos cenários, viver experiências culturais e mergulhar na vastidão da felicidade buscando reviver os caminhos tortuosos percorridos pelos ancestrais.

Mário Bento de Morais


SÃO MAMEDE museu aberto

De paisagens naturais,

Costumes, crenças, histórias

Das tradições culturais.

Preservar essas riquezas

Trazem justiça as vilezas

Das más ações do passado,

Quando o sesmeiro fez guerra

Matando os filhos da terra

Ensanguentando o legado.


ATRATIVOS TURÍSTICOS DE SÃO MAMEDE


O TURISMO é uma fonte

De vida e conhecimento

Eleva o contentamento

Ao sugerir uma ponte,

Entre espaço, horizonte,

Natureza, danças, arte

Costumes por toda parte

Carnaval, farra, folia,

Versos, motes, poesia,

Arquitetura, estandarte.


Sem expor videoarte

A natureza se expressa

Pelos seus dotes confessa

Que a beleza lhe faz parte

E ao se mostrar baluarte

Com os seus painéis reais:

Serras, montes, carrascais

Céus, estrelas, planetas,

Galáxias, astros, cometas

São deslumbres naturais.


Nas atrações visuais

Cena de contemplação

Estimula a reflexão

Sobre os pontos cardeais

E numerosos sinais

Pasmam imaginações

Despertam inspirações,

O TURISTA lava a alma,

Desentorpece, acalma

Alentando as emoções..


Belezas, exortações

São presentes do TURISM0,

As lembranças, o lirismo

Recheados de emoções.

Revivem-se as tradições

Ouvindo causos histórias

Dos bons tempos as memórias

Veem à tona o passado

Daquele mundo encantado

Tempos de muitas vitórias.


Algumas delas notórias,

Que até hoje são lembradas.

Outras não bem-comportadas

Contá-las são vexatórias,

Mas enquanto transitórias

Foram chistosas, festivas,

Algumas bem criativas,

E não menos deslavadas

Provocando gargalhadas

Nas passagens sugestivas.


Nessas memórias cativas

Há belas transmutações

Quando lindas emoções

Passadas por narrativas

Nas falas orais nativas

Com sotaque, entoação

Cria-se mais sensação

O TURISTA sai contente

Certeza que novamente

Volta com mais afeição.


Para chamar atenção

Do turista, SÃO MAMEDE

Fez melhorias na sede

Inclusive intervenção

Nas vias adequação

Para fluir o TURISMO

Acordar o telurismo

Do homem à natureza

Para que viva a beleza

Pela força do lirismo.


Incentivar o TURISMO

Cria-se oportunidade

Traz conceitos à cidade

E descompensa o bairrismo,

O xucrismo, o caiporismo,

Cresce a inter-relação

Promovendo a inserção

Do TURISTA ao ambiente

Que se tornará cliente

Sendo boa a recepção.


Nossa maior tradição

É saber atender bem

Ao TURISTA quando vem

Recebe toda atenção

Desde a ambientação

À cidade, á sua gente

Hospitaleira decente,

Aguerrida vencedora,

TURÍSTICA, acolhedora,

Saudável, inteligente.


ATRATIVOS TURÍSTICOS RELIGIOSOS DE SÃO MAMEDE


Porém, se for mais frequente

A SÃO MAMEDE plural

Na zona urbana ou rural

O TURISMO é consequente

Curta a beleza fluente

Em constante redenção

Com respeito e atenção

A cada ponto TURÍSTICO

Único e característico

Em sua contemplação.


A IGREJA DA CONCEIÇÃO

Exuberante obra d’arte

Cuja construção faz parte

Da sublime perfeição.

Fruto da imaginação

Da verve de Frei Martinho

Que a erigiu com alinho

Para agradar ao Menino

Deus sumamente divino

A quem sagrava carinho.


Com seu manto azul-marinho

A VIRGEM DA CONCEIÇÃO

Estende a sua benção

Ao TURISTA em seu caminho

Protege-o do desalinho,

Dos tropeços na aventura,

Do mal na semeadura

Com sua mão poderosa

Mãe eternamente bondosa

Bem da divina candura.


Outra bela arquitetura

É da ERMIDA DE SANTANA

Presente da fé humana

Em sua santa brandura

Num despertar de ternura

O povo eleito a ergueu

E o Senhor agradeceu

Aos filhos de SERRA BRANCA

A fé fervorosa e franca,

Que festo o céu recebeu.


Ledo Deus se enterneceu

Com a edícula dos GATOS,

Mimos dos fiéis recatos

Para comprazer o Céu

O povo se aquiesceu

A um lugar para adorar

Pedir, rogar, implorar

Ao Senhor a salvação,

Piedade, proteção

Nas orações ao rezar.


Não deixe de explorar

No seu TUR religioso

O aspecto silencioso

Do fatalismo e orar

Ser fraterno meditar

De WANDELÉIA o horror,

O martírio, o terror

De morrer sem ver os pais

Longe dos seus comunais,

Porém, na paz do Senhor!


Outro relato de dor

Viveu a criança ARIANE

Andou sem destino flane

Num chão desalentador

Sob um sol abrasador

Cruel, inospitaleiro,

Nem sombra de marmeleiro

Protegeu-a, e desprezada

Morreu sem chance, jogada

No meio do tabuleiro.


Mas, a fé do brasileiro

Em meio à desesperança

Reage credo a lembrança

Por seu dom hospitaleiro

Justo, reto, melieiro,

Faz novena acende velas,

Ergue bonitas CAPELAS

Pra rezar em romaria

Orando a Deus, a Maria

Pedindo a salvação delas.


Embora simples singelas

Bem no seio do sertão

Naquele solo ermitão

Duas humildes capelas

Sem diademas sobre elas

Flama ao povo santidade,

FÉ E RELIGIOSIDADE

Veneração, penitência,

Adoração, reverência,

Devoção, credulidade.


Ainda tem novidade

Lá na FAZENDA LORETO

Presente do ressurreto

Certeza da cristandade

Sinal da Santa Trindade

Naquele mundo distante,

Brota a fé perseverante

O povo se manifesta

Rezando fazendo festa

Louvado a Deus, exultante!


Dali, e um pouco adiante

Vá visitar BARAÚNAS,

Umas das grandes colunas

Da verdade triunfante,

Exemplo de fé gigante

Unida ao Senhor da luz,

Que por nós morreu na cruz

Pagando nossos pecados,

Que nos fez justificados

Pelo nome de Jesus.


Força Santa que conduz

Com sentimento profundo

A ir a RIACHO FUNDO

Vê a capelinha entreluz

Uma benção que reluz

Ao TURISTA proteção

Que suplica em oração

Paz às angustias d’alma

Que a torne serena, calma,

Acendrando o coração.


A fé nos leva a benção

E a benção a reconhecer

Deus em cada alvorecer

Da vida como uma unção

Do Senhor à redenção

Nisto o povo plenifica

Cria mártir, santifica

Pelo tormento sofrido

Confirmado e aferido

Que a certeza vivifica.


Ao TURISTA sempre fica

O registro importante

Da viagem exultante

Que o caráter nutrifica

A saudade o certifica

Que voltará outro dia

Com extremosa alegria

Para visitar PICOTES

E compreender os dotes

Que a beleza lhe irradia.


A CAPELINHA arredia

Abençoando PICOTES

Carece de sacerdotes

Que lhe façam moradia

Presentes no dia a dia

Contra artífice demonho (ação ou resultado de corromper)

Do malfadado nenonho (que provoca medo, que causa repulsa)

Para destruir o povo:

Cuide sempre pese o novo

Na luta contra o medonho!


O TURISMO faz o sonho

Mover a realidade

Ao descobrir a verdade

Embora, talvez tardonho (o mesmo que tardio)

Mas vale apena, suponho,

Que tudo pode mudar:

Conhecer, viver, saudar

A vida nova e antiga,

Viajando se mitiga

A chance de demudar.


O TURISTA vai sondar

De SERRA BRANCA O CRUZEIRO

Levando ou não companheiro

Para a beleza desvendar

Além de puder guindar

A vida a contemplação

Voltar à alma a criação

Do TURISTA a natureza

Pra meditar a grandeza

Em meio à admiração.


ATRATIVOS TURÍSTICOS HISTÓRICOS DE SÃO MAMEDE


Em fins do século 19,

Manoel Augusto Araújo

Migrou para São Mamede

Um forte, elevado estrujo (o mesmo que vibrar fortemente)

Logo se estabeleceu

Na área que conheceu

Denominada TATU,

Aguerrido e com empenho

Fez açude, montou engenho,

Um justo marangatu. (palavra indígena – útil, virtuoso, honrado).


O Riacho do TATU

Assim ficou conhecido,

Seu Né Araújo progrediu

Por ser homem decidido.

Construiu bela fazenda

Preparou, montou moenda

Para fazer rapadura

Caldo, garapa, alfenim

Um Oásis, um jardim

Numa perfeita estrutura.


A FAZENDA SANTA FÉ

Foi outro reino encantador

Felipe Neri Cabral

Foi seu ilustre mentor

E por ser visionário

Num gesto extraordinário

Fez diversas construções

Quatro açudes, um engenho

Com dedicado empenho

Em outras grandes ações.


Na FAZENDA SANTA FÉ

Era um mundo de fartura

Produzia em abastança

Mel, alfenim, rapadura

Leite, manteiga à vontade

Queijo bom de qualidade

Coalhada em abundância.

Fora um celeiro gigante

Daquele tempo distante

De relevante importância.


Na FAZENDA PAPAGAIO

Vá reviver o passado,

Na Sesmaria se vê

Seu nome mencionado.

Naquela rica ribeira

Viveu Capitão Pereira

Sem sair daquele raio

Da terra seu berço altivo

Legado ao filho adotivo

Alcides do Papagaio.


Uma terra promissora

Que se explorava xelita

Riqueza do sertanejo

Do minério tangstita.

No campo milho feijão

Fortalecia o sertão

A manter a resistência,

De homens fortes espertos

Pugnas em campos abertos

Em busca da subsistência.


Quando for a FAZENDA ALMAS

Vai descobrir os resquícios

D’um passado turbulento

De façanhas, sacrifícios

Marcados no casarão

Vislumbres que poderão

Trazer à luz a história

De viver na terra bruta

Excruciante, absoluta

Registrados na memória.


O TURISTA vai encontrar

Na aridez daquele chão,

A mata de carrasqueiros

Quase em toda vastidão.

Além do cacto da terra

Verá no topo da serra

Surpreendente paisagem

De vales, belas montanhas,

Plantas de linhas estranhas

Parecendo uma miragem.


Vá à bela TIGIPIÓ (derivado do TUPI antigo TEÎU+YPYÓ que significa MULTIDÃO de TEJUS)

Com seus traços do passado

Encravada no sertão

Pousou de reino encantado.

Foi palco de bons vaqueiros,

Trabalhadores guerreiros

Gladiadores da lida

Bravos de belos perfis

De vezos e dons gentis

À conservação da vida.


TIGIPIÓ significa

Para o antigo TUPI,

TEÎU denomina TEJU

Que vem lá do GUARANI,

YPYÓ ler-se MULTIDÃO

Quando se faz a junção

Surge o vocábulo indígena

Dos nossos antepassados

Pelos sesmeiros cassados

Como bicho alienígena.


Visite a fazenda CÁGADO

Mire a HISTÓRIA viva

Daquela época distante

Grávida de perspectiva.

De vontade festejada,

D’uma vida moderada

Em meio à simplicidade,

Coragem, fé, paciência

Igualdade consciência

Em meio à adversidade.


Chegando lá na FAZENDA

Explore todo cenário

Açudes, montanhas, vales

Num mundo extraordinário

Panorama que não se mede

Tudo isto em SÃO MAMEDE

Para você conhecer,

As belezas desse rincão

Vivo mundo de atração

TURÍSTICA a se solver.


Há bem mais que se explorar

Nos antigos casarios,

O ESPLENDOR DA VILA GLÓRIA

A construção, os desafios,

A FILOSOFIA, A ESTÉTICA

O sentimento a poética

Em cada traço simétrico

Encanto, ternura zelo

Nos contornos do modelo

Do universo geométrico.


O fulgor da VILA EULÁLIA,

O ROMANTISMO, O GLAMOUR,

As emoções liriais

Os cumprimentos BOMJUR!

O Frances suas tendências

Mudavam as aparências

Da flor rude em ascensão

Moda, estilo, lá de fora

Surgiam como a aurora

Para enfeitar o sertão.


Outro atrativo TURÍSTICO:

É o alcácer do tropeiro

Filho de Puxinanã

O guapo Antônio caixeiro.

Que num tempo de aventuras

Enfrentou dores, agruras,

Tempestades, solidão,

Em SÃO MAMEDE ficou,

Lidou construiu, casou,

Viveu nobre cidadão.


Faça o seu TUR aproveitando

As robustas construções

Dos antigos homens fortes,

Que nos deixaram lições.

Casa bem edificada

Simples, porém, levantada

Com o tijolo batido,

Não era mansão nem palácio

Mas SEBASTIÃO ANASTÁCIO

Fez-se feliz protegido!


Fora morada singela

Mas onusta em dignidade,

Sem o engenho de Oscar

Valera a identidade.

Obra elevada sem arte,

Na mente um castelo a parte

Erguido de forma grada

Sem riquezas, mas um teto,

A proteger com afeto

A Santa prole Sagrada.


A casa de Zé Martins,

Bem no centro da cidade

Marca indelével d’um tempo

Da Rua Enéas trindade.

Tinha o signo do progresso

Esquadrinhava o sucesso

Sondava a prosperidade

O ouro branco se exibia

O sertanejo antevia

A nova sociedade.


Podendo vá conhecer

O bloco da PREFEITURA

Marco da nossa História

Modelo de arquitetura

D’uma época festejada

Imensurável dourada

Inclinada ao crescimento

Eixo posto à transição

Para a emancipação

Via o desenvolvimento.


Misael Augusto fora

O preferido a princípio

Para imprimir a mudança

De vilela a município.

Edificou a PREFEITURA

Com perspectiva futura

De exortar a convivência

Fez uma PRAÇA importante

Um CLUBE muito elegante

De elevada deferência.


Ainda há outra beleza

Por trás da EX-DELEGACIA

Simboliza a nossa flora

Que o povo reverencia

É um PEREIRO gracioso

Imponente poderoso

Com expressivo taful

Signo real da beleza

Divisa da realeza

Da casta de sangue azul.


Quando chegar a PICOTES

Estude bem a jornada

Pratique o RAPPEL seguro,

O passeio, a caminhada.

Curta o TURISMO ECOLÓGICO

Sonde o PARQUE ARQUEOLÓGICO,

As estruturas rochosas,

Contemple toda grandeza

Legados da NATUREZA

Nas formas mais generosas.


Explore toda beleza

Que PICOTES oferece,

Vá visitar a LAGOA

Vislumbre-a faça uma prece,

Agradeça a divindade

A tamanha caridade

Presente do criador

Só bastava aquela serra

Surgir do centro da terra

Com epopeico esplendor.


Veja o POSTO TELEFÔNICO

Reflita seus dias de glória

Foi útil enquanto durou,

Hoje é parte da história

Como ícone do passado

Tem o seu nome gravado

Nos anais da inteligência

Graham Bell o grande inventou

Para o mundo despertou

Os valores da ciência.


Indo ao POSTO do RAMAL

Procure se abastecer

Da saga de SÃO MAMEDE,

Não hesite em conhecer.

A CARIOCA vencida

Sem ALGODÃO, combalida,

Agonizando no leito

A CENEC sem ter guarida

Partiu só sem despedida

Nem um pouco de respeito.


Na RUA DO BERRA BODE

Vive-se o dom natural!

A gema SÃO MAMEDENSE

De cultura liberal.

Gente do mais puro trato

De magnífico recato

Plena a fértil tradição

Da vida à simples pureza

Amantes da natureza

Que nobilita o rincão.


Conheça a LAVANDERIA

Fruto bom d’uma ação cara

De dona CELY VIANA

Dama de bondade rara

Mulher da fina nobreza

Cismou prestar a pobreza

Das lavadeiras sofridas

Oferecendo-lhes alento

Para conter o tormento

Das apátridas feridas.


Aprecie a CRUZ sagrada

Que nos serve como prova

Do ataque aos VENTURA

Surpreendidos na alcova.

Numa ação bem planejada

Bandidos de madrugada

Causaram a atrocidade,

Usurpando a prata, o ouro

E ainda por desaforo

Num clímax de crueldade.


ATRATIVOS TURÍSTICOS ARQUEOLÓGICOS DE SÃO MAMEDE


Os primeiros habitantes

Deixaram suas gravuras

Belas figuras grafadas

Desenhos, fartas pinturas.

Isto há milhares de anos

Sem poluir causar danos

Guardiões da realeza

Afáveis a fauna a flora

As sutilezas da enflora

Do reino da natureza.


SÃO MAMEDE museu aberto

De paisagens naturais,

Costumes, crenças, histórias

Das tradições culturais.

Preservar essas riquezas

Trazem justiça as vilezas

Das más ações do passado

Quando o sesmeiro fez guerra

Matando os filhos da terra

Ensanguentando o legado.


Pouco restou dos despojos

Daqueles povos nativos

Legítimos donos da terra

Transformados em cativos

Privados da liberdade

Colhidos pela maldade

Dos brancos “civilizados”

Morriam por desalentos,

Por maus-tratos sofrimentos

Outros eram trucidados.


Assim a limpeza étnica

Fez forte perseguição

A vida, a arte, a cultura

Causando destruição.

O sesmeiro impositivo

Extremamente agressivo

Matava em nome da carta

Patronato do “progresso”

O êxtase do retrocesso

Como os “Dórios” em Esparta.


Quanto às inscrições rupestres

Onde estão localizadas

Sobre a rocha bruta foram

Pelos puros batizadas,

Que de forma amável franca

Chamaram-na PEDRA BRANCA

Devido à coloração

Do afloramento rochoso

Cognome maravilhoso

Que se tornou tradição.


Nome ITACOATIARA

Do TUPI PEDRA RISCADA

No riacho PEDRA BRANCA

De forma sequenciada

Tem uma rocha estendida

Em lâmina adormecida

As gravuras espalhadas

Apresentando o passado

D’ um povo imortalizado

Como expõem suas pegadas.


Na fazenda PAPAGAIO

Há sinais arqueológicos,

Bem na parte Ocidental

São pontos sociológicos

De análises culturais

Nas relações sociais

Do coletivo o papel

Que tinha cada individuo

Ao ser um sujeito assíduo

E extremamente fiel.


Indo ao sítio TRINCHEIRA

Aprecie o belo, a arte,

A verve do homem puro

Exposta num estandarte

De pedra na natureza

Com zelo delicadeza

Deixou grafados seus rastros

O céu serviu de memória

A terra guardou à história

Nas entrelinhas dos astros.


Chegue a PEDRA DO CAÇOTE

Atrativo da TAPERA

Estampa da arte RUPESTRE

Tesouro que se supera

A cada visitação

Eleva-se a sensação

Dos valores ancestrais

Como se um grito de alerta

Corresse a mente deserta

Dos juízos arbitrais.


Quando chegar às CRAIBEIRAS

Sinta os ventos do passado,

Leia o livro do futuro

Sem sentido figurado.

Nele se ver a verdade

Da bruta realidade

Pela falta de proteção

Daquele painel bonito

Que tem caráter finito

Por não ter conservação.


Perdendo-se estes acervos,

Vivem-se a destruição.

Não podem ser revertidos

Nem terão restauração.

Fica o transato negado

Esquecido, disfarçado

Sob o olho cego do burgo

À sombra vã do dossel

Assiste imóvel o cinzel

Causar a lei do expurgo.


No TAPUIA a arte aflora

Em meio aquele infinito;

O TURISTA se deleita

Lá no RIACHO BONITO

Dois mundos ARQUEOLÓGICOS

Dois sistemas ECOLÓGICOS

Diferentes, mas iguais,

Em suas características

Fluem sensações holísticas

Dos encantos naturais.


Chegue a FURNA DO MORCEGO

Atente para o cenário

Deslumbre-se sinta a magia

D’um bem extraordinário.

Rastros paleontológicos

São sinais arqueológicos

Que alimentam o TURISMO

Esse ATRATIVO local

Realça o dom natural

De beleza e dinamismo.


É uma paisagem pujante

A do BOQUEIRÃO DO BRITO

Um espetáculo divino

Que entusiasma o espírito.

O TURISTA olha se encanta

Extasiado se espanta

Pisando no chão das trilhas

Das resistentes quimeras

Rescaldos das velhas eras

Ao sabor das maravilhas.


Expondo todos seus dotes

Colossos da natureza

PEDRA D’ÁGUA, MALADINHA

Exibem a profundeza

Do dever de preservar

De conhecer, contemplar

Para manter os valores:

Velhos, porém, calejado,

Frágeis e muitos surrados,

Traumas dos sabotadores.


Chegando a VÁRZEA ALEGRE

Surge um paraíso à vista

Sinta-se maravilhado,

Extasiado ativista.

Foi naquele lhano espaço

Que Deus fê-lo de regaço

Para descansar da lida

De seis dias cansativos,

Duros, porém, produtivos

Para nos trazer a vida.


OS ATRATIVOS FESTIVOS DO PASSADO


Recordo a BANDA DE MÚSICA

Fazendo apresentação

Depois da reza a quermesse

Na festa da CONCEIÇÃO.

As famílias reunidas

Socialmente acolhidas

Às mesas do PAVILHÃO

DESFILE, PEÇA INFANTIL,

OS CORDÕES DO PASTORIL,

QUEM VAI DÁ MAIS NO LEILÃO”.


O louvor a PADROEIRA

Clímax da sociedade

A força da alta estima

Que balançava a cidade

Leôncio trazia o PARQUE

Lotava a fila de embarque

Da velha RODA GIGANTE

Que Geraldo comandava,

Feliz a RODA GIRAVA

Humildemente elegante.


O PULA-PULA, os CARRINHOS,

A graça do CARROSSEL

Exibindo os CAVALINHOS

Sob um bonito DOSSEL.

As crianças empolgadas,

Airosas, hilariadas,

No seu mundo de quimeras

Viajam, vão mais além,

Às vezes, até as convém

Sonhar em outras esferas.


Nos festos dias momescos

Blocos, Looks, serpentinas,

Foliões, rainhas, musas

Pierrôs e columbinas.

Passistas, frevos, folias,

Mungangas estrepolias

No bar, no clube, na rua

Brincava-se o CARNAVAL

Num clima de vendaval

D’uma liberdade nua.


O Sabugi clube o palco

Dos antigos CARNAVAIS,

As fabulosas orquestras

E seus sublimes metais

Ousavam à multidão

Ao deleite, a levidão,

Vestida de fantasias

Na rua o povo governa

Vive a liberdade eterna

Em pelo menos três dias.


O SÃO PEDRO perdurou

Como a maior atração,

Dentre os festejos juninos

Por zelar a tradição

Do lídimo PÉ DE SERRA

Castiça festa da terra

SÃO MAMEDE se fez craque,

Fato que o povo concorda

E ainda hoje recorda

O merecido destaque.


Havia unanimidade

Em relação ao sanfoneiro,

Zequinha do Acordeão

Era o grande timoneiro.

Um caboclo baixo, forte,

Do Rio Grande do Norte

Maduro na concertina

Tocador de casa cheia

Do forró que balanceia

A tradição Nordestina.


Os FORRÓS se conservaram

No escrínio da memória,

Até que o tempo quedou

Para contar a história

Manifestada primeiro

Pelo velho CARETEIRO

No crepúsculo de 70

Depois por PEDRO FERREIRA

Que lho seguiu pela esteira

Em parte dos anos 80.


Fora um tempo frutuoso

Para o forró ressurgir

Xaxado, xote, baião,

Começaram interagir

E para ficar mais sério

NEZINHO DE ELEUTÉRIO

Fez uma quadra decente

Contratou o forrozeiro

Antônio de Limoeiro

Pra tocar pra sua gente!


Era um Artista famoso

Seu cachê meio salgado!

Mas NEZINHO o contratava

Por ser um nome aclamado

Pela gente da ribeira

Declarada forrozeira

Herdeira de LAMPIÃO

Que fez o MITO GONZAGA

Emergir para uma saga

Nas quebradas do sertão.


Nos idos dos anos 80

Reagiu a zona rural

Na ANGOLA PEDRO OLIVEIRA

Com um perfil cultural.

Deu asas a imaginação

Fez O FORRÓ TRADIÇÃO

Que ficou eternizado

À sua posteridade

Unindo o campo a cidade

Como importante legado.


Outras FESTAS memoráveis

Marcadas no calendário;

RECORDAÇÃO DO SÃO PEDRO

Fez-se um evento lendário.

Veio A FESTA DO ALGODÃO

Alusiva a plantação

Da cultura algodoeira,

E para dar maior brilho

Criou-se a FESTA DO MILHO

Entre tantas na ribeira.


A FESTA DAS DEBUTANTES

Grande evento social

Estimulava as famílias

Como enlevo cultural.

Os sonhos de cinderelas

Lindas e belas donzelas,

Moças na melhor idade.

Valsas quase Vienense

Na vida São Mamedense

Nunca fora novidade.


A FESTA UNIVERSITÁRIA,

OS CONCLUINTES NA IGREJA

O SÁBADO DE ALELUIA

Na Fé que ainda dardeja.

Cantava A MAIS BELA VOZ

O som corria veloz

Nas veias da geração

Que exalava juventude

De vida na plenitude

Da busca por emoção.


Já num plano estruturado

Surge a QUADRA DE EXPEDITO,

A galera popular

Qualificou de bonito

O gesto de construir

Um espaço para unir

Os mancebos do AGENOR

Que viviam excluídos

Nos guetos desiludidos

Pelo sistema opressor.


Chegaram então as TERTÚLIAS

Bento Som as promovia

Eram nas noites dos sábados

Sempre com muita alegria

A juventude faceira

Intimamente festeiro

Gostava da curtição.

O agito ditava a dança

À noite quase criança

Inspirava animação.


Contemple estas belezas

As preserve e agradeça...

Existirem no seu tempo

Mas cuide-as não se ensurdeça!

Visite-as sempre se encante

Envolva-se olhe adiante

Num clima de forte elã

Para guardar o que resta

O mundo se manifesta

Sobre a vida de amanhã!


LEGADOS DOS PENSADORES IMORTAIS


Chegará o dia no qual os homens conhecerão o íntimo dos animais; e, nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.”

Leonardo da Vinci.

O homem é a mais insana das espécies. Adora um Deus invisível e mata a natureza visível. Sem perceber que a natureza que ele mata é esse Deus invisível que ele adora.”

Hubert Reeves,

Você não deve perder a fé na humanidade. A humanidade é como um oceano. “Se algumas gotas do oceano estiverem sujas o oceano não se torna sujo”.

Mahatma Gandhi.

É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a houve.”

Victor Hugo;


Quando as idéias são a favor da conservação, a natureza agradece com a preservação.”

Almany Sol.

Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo.”

José Ortega Y Gasset.

Agradeço ao meu grande colaborador Manoel Lucena (Coló).


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