segunda-feira, 2 de maio de 2022

AS MARAVILHAS DO SÉCULO DAS LUZES

Em 1701 despertava-se o século das luzes. A Europa fervilhava. A América se inquietava antecedendo a Revolução Francesa. O mundo se maravilhava com os grandes inventos. As novas descobertas da ciência nos diversos ramos do conhecimento geravam perplexidade. A teoria gravitacional universal de Isaac Newton, o espírito do relativismo cultural incitado pela sondagem do mundo não conhecido serviu de meios para explodir o iluminismo. Uns diziam que era o fim do mundo outros mais afeitos as novidades sentenciavam: é o começo.

Destacavam-se entre os principais precursores do novo pensamento do século XVIII – os racionalistas Baruch Spinoza e René Descartes. Os filósofos políticos Thomas Hobbes e John Locke, a razão humana na época surgira como pilastra importante, afirmando que por meio do uso sensato da razão, é possivelmente viável um grande desenvolvimento que alcance, por assim dizer, as extremidades.

Assim, muito mais do que um conjunto de idéias estabelecidas, o iluminismo representava uma atitude, uma maneira de pensar. Immanuel Kant declarava: o lema deveria ser “atrever-se a conhecer”. Dai surge o desejo de reexaminar e pôr em questão as idéias e os valores recebidos, com enfoques bem diferentes; dai as incoerências e as contradições entre os textos dos seus pensadores.

A doutrina conduzida pela Igreja foi veementemente atacada, embora a maioria dos pensadores não a renunciasse totalmente. A França teve acentuado desenvolvimento em tais idéias e, entre seus pensadores mais importantes, destacaram-se Voltares, Charles de Montesquieu, Denis Diderot e Jean-Jacques Rousseau.

Outros expoentes do movimento foram: Kant na Alemanha; David Hume na Escócia; Cesare Beccaria na Itália; Benjamin Franklin e Thomas Jefferson nas colônias britânicas. A experiência científica e os escritos filosóficos entraram em moda nos círculos aristocráticos, surgindo, assim, o chamado despotismo ilustrado. Entre seus representantes mais célebres encontram-se os reis Frederico II da Prússia; Catarina II a Grande da Rússia; José II da Áustria e Carlos II da Espanha.

O Século das Luzes, ou Iluminismo, terminou com a Revolução Francesa de 1789, que incorporou inúmeras ideais iluministas em suas fases mais violentas, desacreditando-as aos olhos míopes dos europeus contemporâneos. O Iluminismo marcou um momento decisivo para o declínio da igreja e o crescimento do secularismo atual, assim como serviu de modelo para o liberalismo político e econômico e para a reforma humanista do mundo ocidental no século XIX.

Dentro desse panorama de efervescência Iluminista, do século XVIII, o Brasil lutava com todas as forças para chegar aos mais longínquos recantos do seu território. Alguns estados do Brasil ainda engatinhavam em sua organização, o interior desses estados, geralmente habitado por indígenas, ainda estava intacto, sem a mão do homem civilizado. Na Paraíba, o homem civilizado já havia chegado a algumas regiões, montando fazendas de gados e fundando vilas.


Mário Bento de Morais

Colaborador:

Manoel Lucena (Coló


 

 

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