Em
1701 despertava-se o século das luzes. A Europa fervilhava. A América se
inquietava antecedendo a Revolução Francesa. O mundo se maravilhava com os
grandes inventos. As novas descobertas da ciência nos diversos ramos do conhecimento
geravam perplexidade. A teoria gravitacional universal de Isaac Newton, o
espírito do relativismo cultural incitado pela sondagem do mundo não conhecido
serviu de meios para explodir o iluminismo. Uns diziam que era o fim do mundo
outros mais afeitos as novidades sentenciavam: é o começo.
Destacavam-se
entre os principais precursores do novo pensamento do século XVIII – os
racionalistas Baruch Spinoza e René Descartes. Os filósofos políticos Thomas
Hobbes e John Locke, a razão humana na época surgira como pilastra importante,
afirmando que por meio do uso sensato da razão, é possivelmente viável um
grande desenvolvimento que alcance, por assim dizer, as extremidades.
Assim,
muito mais do que um conjunto de idéias estabelecidas, o iluminismo
representava uma atitude, uma maneira de pensar. Immanuel Kant declarava: o
lema deveria ser “atrever-se a conhecer”. Dai surge o desejo de reexaminar e
pôr em questão as idéias e os valores recebidos, com enfoques bem diferentes;
dai as incoerências e as contradições entre os textos dos seus pensadores.
A
doutrina conduzida pela Igreja foi veementemente atacada, embora a maioria dos
pensadores não a renunciasse totalmente. A França teve acentuado
desenvolvimento em tais idéias e, entre seus pensadores mais importantes,
destacaram-se Voltares, Charles de Montesquieu, Denis Diderot e Jean-Jacques
Rousseau.
Outros
expoentes do movimento foram: Kant na Alemanha; David Hume na Escócia; Cesare
Beccaria na Itália; Benjamin Franklin e Thomas Jefferson nas colônias
britânicas. A experiência científica e os escritos filosóficos entraram em moda
nos círculos aristocráticos, surgindo, assim, o chamado despotismo ilustrado.
Entre seus representantes mais célebres encontram-se os reis Frederico II da
Prússia; Catarina II a Grande da Rússia; José II da Áustria e Carlos II da
Espanha.
O
Século das Luzes, ou Iluminismo, terminou com a Revolução Francesa de 1789, que
incorporou inúmeras ideais iluministas em suas fases mais violentas, desacreditando-as
aos olhos míopes dos europeus contemporâneos. O Iluminismo marcou um momento
decisivo para o declínio da igreja e o crescimento do secularismo atual, assim
como serviu de modelo para o liberalismo político e econômico e para a reforma
humanista do mundo ocidental no século XIX.
Dentro
desse panorama de efervescência Iluminista, do século XVIII, o Brasil lutava
com todas as forças para chegar aos mais longínquos recantos do seu território.
Alguns estados do Brasil ainda engatinhavam em sua organização, o interior
desses estados, geralmente habitado por indígenas, ainda estava intacto, sem a
mão do homem civilizado. Na Paraíba, o homem civilizado já havia chegado a
algumas regiões, montando fazendas de gados e fundando vilas.
Mário Bento de Morais
Colaborador:
Manoel Lucena (Coló
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