A verdade...! Só a verdade...!
Cinge-se sempre a pureza,
Sóbria vence a vaidade,
Sensibiliza a pobreza,
No tempo da tempestade
Quebra a força da riqueza.
Refém queda-se a riqueza
Ante a severa verdade;
Domina-se a tempestade
Aos desejos da pureza
D’alma que zela a pobreza
E despreza a vã vaidade.
Em que pese essa vaidade
Quando a rudez da riqueza,
Tende pisar a pobreza
Aviltando a sã verdade
E assim, desmaia a pureza
Num quadro de tempestade.
E verga-se a tempestade,
Ao condenar a vaidade,
Cedendo aos dons da pureza
E dócil nega a riqueza
Abraçando-se a verdade
E Franciscando a pobreza.
Eleva aos céus a pobreza
Acalmando a tempestade,
Assim, a santa verdade,
Desconforta a tal vaidade
Às pretensões da riqueza
Se submetendo a pureza.
Eis, que quão nobre a pureza,
Que Lado a Lado a pobreza
Está além-mar da riqueza
Sem tentar a tempestade
Pra não atrair a vaidade
E assim poupar a verdade.
Ainda que polua a pureza,
Ainda que marque a pobreza
A Paz prescinde a riqueza!
Mário Bento de Morais.
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