Oh,
Meu país! Que mal te fiz?!
Porque tanta crueldade
Com
os filhos desgraçados
Inertes na opacidade
Do teu báratro gentil
Porões da venalidade!
Sou teu braço forte erguido
De formosa envergadura,
Estendido
sobre ti
Como sublime armadura
Resistente,
impenetrável,
Densa muralha segura!
Nenhum motivo terá
Forças
pra nos dividir,
Somos
um só num só corpo
O que
fará desistir
Um
d’outro se somos nós
Cerne
d’um mesmo provir?
Temos
as mesmas quimeras
Berço da mesma raiz;
Pascemos
no mesmo peito
Libando
a força motriz
Com
as vistas no futuro
Digno d'um povo feliz.
Oh,
meu País! Que mal te fiz?!
Por
que me fazes refugo,
Prescindível,
uma carga,
Um Sevandija,
um sabugo?
O fazer de teu desprezo
Fazes de te um vil verdugo.
Por
que te causo vergonha?
Eu
nunca te dei desgosto!
Vivo congênere a lei
Com o
suor do meu rosto,
Nunca
roubei nem matei
Nem
de crimes fui preposto.
Tens
por ti a minha atenta alma
Lirial
a te querer,
Um bem acima de mim
Num
infinito prazer
De
ser teu, sem seres meu
Num
eterno padecer.
Mário
Bento de Morais
Não entendi, QUEM SOU. Muito aquém do meu saber. Pergunto, quem sou?????
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