Ideólogos
buscam preservar
E
dirigir sob freios a história,
Atiçando
da multidão a memória
À corrupção que a faz alienar,
Prostituir-se,
mentir e negar
A
cuna que a fizera triunfante,
Porém,
a isca foi mais insinuante,
Do
que as lições ensinadas na aldeia
Não
se deve envolver-se nessa teia
De
interesses da classe dominante.
Escutem
ao menos uma só vez
Os
que por vocês foram enganados,
Lesados
nos seus direitos, pilhados
Das
posses naturais e que talvez
Não
lutem mais por essa viuvez
Que
os fazem dominados e abatidos,
Muitos
já sem impulsos e vencidos
Por
reveses fatais nos tribunais
Que
traídos por juízos venais
São
fontes de motejos corroídos.
Os
iguais relutam para não ver
Os
desiguais alcançarem a escada
Da
pirâmide de rude escalada
Na
busca d’um lugar para viver:
Trabalhar,
amar, sorrir e vencer,
Na
vida com direitos e igualdade,
Ser
festo cidadão à sociedade
Livre
do servilismo e da ganância,
Cuidando dos iguais com elegância
Sem desmedrar o bem e a caridade.
Mário Bento de Morais
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