A
igualdade é fábula adormecida
Nos
monturos das senzalas da lei,
Sob a
volição tácita do rei
Que
sem trono governa sobre a vida.
Lá nas
bolsas a posse é garantida
Que
cala nas ruas os estertores
Dos prostrados no País dos horrores
Furtivos
nos esgotos dos jornais,
Que
em conluio negam aos tribunais
Ouvidos
à equidade dos clamores
A igualdade
é exigência humana,
Que o
direito natural a examina,
Clausula
pétrea que a Lei divina
Reconhece-a sublime, soberana,
Paradigma que a divindade emana
Para que
o ínvido despreze a torpeza
D’alma pesada alheia a natureza
Do que
é justiça para os desiguais
Não é legitimo a elite sugar mais
Gota por gota o sangue da pobreza.
Mário
Bento de Morais
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