De grito em grito vai à humanidade
Sugando-se rumo ao fim do desejo
De encontrar-se firme na caminhada
Que busca a juventude luminosa
Para ser doce apenas por um dia
Nem que se fadigue à felicidade.
Esplêndido! Eis a felicidade!
Mas e agora? Brada a humanidade:
Tanto, mas tanto suor por um dia?
Ou nada interessa além d'um desejo,
Que nasce com a mente luminosa
Na gênese da tenra caminhada.
Aos poucos se torna vã a caminhada
E perto se avista a felicidade,
Que então, se supunha ser luminosa
Ao olho amoroso da humanidade,
Que se queima em extremoso desejo
De viver toda vida por um dia
O desvelo d'uma vida por um dia
Tem-se por mérito uma caminhada,
Que busca tornar capaz o desejo
De alcançar em vida a felicidade
Para que o sonho da humanidade
Seja uma luz clara e bem luminosa.
E, ao que procura a fonte luminosa
Mostra-se quão feliz viver um dia
Na esperança de que a humanidade
Cresça cristalina na caminhada
Rumo ao encontro da felicidade,
Entre as dores do tormento e o desejo.
Vencido pelo vigor do desejo,
Espera-se a luz do bem, luminosa,
Que espalhe profunda felicidade
Por anos e não por um mero dia,
E assim valer sofrer a caminhada
Que traz o viver à humanidade.
Pouco a pouco se domina o desejo,
E em cada manhã clara e luminosa
Venha o astral da velha felicidade.
Mário
Bento de Morais
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