domingo, 2 de abril de 2023

MOTE: A ABUNDANCIA NA MESA DO RICO/LEVA A FOME À COZINHA DO POBRE

 

“Comerás o teu pão fadigado”

Banhando teu rosto de suor,

Porque assim te tornarás melhor

E não seres jamais subjugado.

Vivendo os teus dias, sossegado

E, que esse sossego se redobre

Pela vida inteira e não se dobre

  As alhadas que o faça pagar mico:

A abundância na mesa do rico,

Leva a fome à cozinha do pobre...


A loucura insana de se ter

À custa do brio cristalino

Infringe o princípio vestalino

Com efeito, à busca de poder!

Confundindo-se o ter para ser

Indefinição perene inobre,

Que a ganância aflitiva encobre

A sede de se chegar ao pico:

A abundância na mesa do rico,

Leva a fome à cozinha do pobre.


O sábio deseja conhecer

A incógnita do desconhecido!

O tolo se exalta entorpecido

Ao extremo que o faz orgulhecer

Do logro à sombra do escurecer

Intrujice que ninguém descobre,

Todavia não é um gesto nobre,

Que exala o caráter impudico

A abundância na mesa do rico,

Leva a fome à cozinha do pobre

 

O caráter moral é “vaidade”;

(Vanita) de máscara sem rosto

Da classe de hábito sem gosto,

Que fragiliza a sociedade

Levando à outra realidade

Impondo-lhe narrativa sobre,

A impostura da virtude nobre

Princípios da nata que critico:

A abundância na mesa do rico,

Leva a fome à cozinha do pobre...

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário