No reino de Mohammed na Arábia, Goisfridus sentia-se amado pelo povo. Reinava pleno, divino e se considerava um deus! Mas esse não era o grande sentimento dos súditos... Esse é apenas a intima realidade que sempre acompanha os açambarcas que se arvoram tiranos, acreditando que o meio e momento histórico tornar-se-ão propícios ao sujeito ambicioso, capaz de criar o seu reino, pois, a chave da fortuna e do poder ancorar-se-á na oportunidade... E os resultados virão quando as pedras são arredadas, despovoando sem consenso os estorvos... Sua filosofia...!
O sábio ensina: “quando o poder se instala no consciente do individuo, chega também à necessidade de se glorificar a sua origem”.
Tiranos como “Alexandre, Cesar, Napoleão, etc. procuravam suas origens em existências divinas. As humanas não lhes serviam!”
Certa vez, Goisfridus “convidou” os seus “conselheiros” ao palácio para uma conversa informal, pois, queria saber dos súditos se o povo o amava como uma entidade suprema! E para demonstrar algo que não tinha – racionalidade no espaço vazio do coração – foi recebê-los no “terreiro” do palácio carregando com zelo o seu cabaz, quando confessou ao conselheiro mais intimo: “Não me sinto bem comigo mesmo”, ‘dizia alguém para explicar sua inclinação para a sociedade’. “O estomago da sociedade é melhor que o meu, pois me suporta”. O viajante e sua sombra – Nietzsche – pag. 115 – 235.
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