O injusto não se reconhece
injusto
Nem agora nem num depois de
agora,
Segue imenso sob a sua
verdade
Gloriosa ostentando a
injustiça
Auspiciosa, face a face ao
mal,
Como no reino d'um ser
venerado.
Gritos no gueto, o falso venerado!
Hosana! Hosana! Jacta-se o injusto,
Ostra das benesses do beijo do mal
Que enxerga na desesperança agora
Fonte dos propósitos da injustiça
E tormento solene da verdade.
Nos delírios do iníquo a
verdade
Estertora-se aos pés do venerado
Apostolo do reino da
injustiça,
Que acumula posses a paz do
injusto
Justificado na crença do
agora
Para eternizar a fama do
mal.
Na ausência do bem se põe o
mal
Como senhor e dono da
verdade.
No gueto a pressa do poder
agora
Para ledice do deus
venerado,
Injusto, mas canonizado injusto
No cosmo das catedrais da
injustiça.
Então, o norte sentina da
injustiça!
Sonda a choldra daqui e lhe lega o mal,
Para trazer-lhe quietude ao injusto
Que lhe dar o dom da
interna verdade
Sob o rosto vivo do
venerado
Que da gordura alheia vive
agora.
O engodo aqui vale a verdade
agora
Porque o norte, ás vezes, beija a
injustiça
Como dádiva ao divo
venerado,
Que vibra nos nervos da paz do mal
A eloquente agonia da verdade
Para grandeza universal do injusto.
Eis o agora e não o depois
desse agora,
Porque é licito vergar a
injustiça
E tolher a festa do venerado!
Mário Bento de Morais
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