Autor: Américo Falcão
Eu, timoneiro audaz, parti, cantando,
Na galera de sonhos, pela vida.
O lindo e imenso mar atravessando...
Vendo largo... bonança indefinida...
Do mar a superfície adormecida
Que o sol beijava rútilo, raiando,
Era uma veiga azul toda florida
De espuma leve em flóculos boiando.
Fazendo rumo ao porto da ventura,
Mostrou-se o céu de plúmbea face adunca
E a galera perdeu-se em noite escura...
Ai que momento lúgubres, medonhos!
Nautas da crença, eu não me esqueço nunca,
Do naufrágio sinistro dos meus sonhos.
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