sexta-feira, 6 de julho de 2012

FOI UM DESCUIDO DE DEUS


Senhor, teu descuido gerou insondável
Desamparo nos lares dos deserdados,
Pobres famintos sem justiça jogados
No lixo por ordem do rei formidável.

Perdoe-me Deus dos ilustres desgraçados,
É que a dor da injustiça é-me indomável!
Descuidaste num instante miserável
Para os que são felizmente enganados!

Privar ofício é crime de forte agressão,
É o azorrague como arma de opressão
Esgarçando o homem já desesperado,
 
E, se há um Gênio capaz de impedir
Fatal horror e não o fez, vou presumir
Que Ele descuidou-se no dia errado.




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