Aquele que tem do povo
O poder por anuência
Deveria ter a essência
E prazer de homem novo,
Sem se tornar um mainovo
Nem se sentir elevado
Ou se seduzir sagrado
Aceitando “sacrifício”
Criando espaço propício
Para então ser revelado.
Não se adapta a princípios
Que norteiam a razão,
Mas procura dar vazão
Aos despertarem profícios
Sem enxergar malefícios
Expressa rudes conceitos,
Finge esquecer os preceitos
Aceitos como verdade
Vive ao largo da bondade
E até lhe falta o respeito.
Trai convicto a observância
De quem o fez confiável
E de forma miserável
Prefere a intolerância.
Inclina-se à arrogância
Como se tangesse touros
Pra que nos anos vindouros
Reine o viço da mordaça
Do domínio da desgraça
Para os dias de desdouros.
Enaltece a tirania
Sem encontrar empecilhos
Até confere aos seus filhos
Os dotes da vilania.
Cuida a hierofania
Julgando-se divindade
Mas não ver a insanidade
Dom de sua natureza
Viver a plena torpeza
Pra morrer na eternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário