Os sonhos que voam no deserto
D’alma que se povoa de dores,
Terão extenuados seus remígios
De tanto buscar velhos amores,
Que em soluço se foram além
Sem paz procurando-se também
Por entre perversos estertores.
Mas, tudo enfim, inspira regalos,
Que se nutrem de gentis afetos,
Suaves beijos, gestos afáveis,
Que às vezes, se propõem insurretos!
Tocando a alma profundamente
Deixando liberto o corpo a mente
Expostos aos desejos concretos.
Quantos em retiros diferentes,
Cismam ainda as velhas paixões,
Que se imortalizaram nas nuvens
Da memória das emoções.
As quais, mais das vezes, quase vivas,
Ressurgem mansamente afetivas
Acordando sadias sensações.
As marcas deixadas, quase sempre
Afloram mantras envelhecidos,
Que foram eternos nos momentos
Lembráveis e jamais esquecidos!
E se vivos estão, mas distantes
Foram divos, densos, importantes,
Mas agora, estão adormecidos!
Ah! Se um dia a gente conseguisse
Trazer de volta aquele passado,
E à tona viessem as vivências
Que as tornou prazeroso legado
À vida a vibrar às emoções,
Que lavram as velhas sensações
D’um pobre coração já cansado.
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