Dei-me a graça da graça desse amor
Vivido na ilusão dos belos sonhos
Que a idade acende aos olhos o esplendor
Da vida plena nos dias risonhos,
Que num voo leve, leve ao alcandor
As velhas paixões e os dias medonhos!
Que nada mais me traga sois medonhos
Nem sons de paixões nem prosas de amor.
Deixe-me alcançar o velho alcandor
Pra que eu viva o viver daqueles sonhos
Lembrando sempre os instantes risonhos
Revivendo os limites do esplendor.
Quando se respira o ar do esplendor
Liberta-se dos tormentos medonhos,
Bebe-se o vinho dos tempos risonhos
E embriaga-se no agrado do amor
Vivendo-o em suas formas e sonhos
Para alcançar o ponto do alcandor.
E ai tempera-se de afogo o alcandor,
Felicidade, brilho e esplendor
Nos dias alegres dos nossos sonhos
Que chegaram infindáveis, medonhos,
Trazendo o perfume afável do amor
Aos nossos gentis momentos risonhos.
Quão felizes nossos gestos risonhos
Ao chegarmos ao apogeu do alcandor,
Sentimentos inefáveis de amor
Afloram no ápice intenso esplendor
Com seus raios luzentes e medonhos
A sondar os viços dos nossos sonhos.
Em nossas almas imperam os sonhos
Sempre airosos densos e risonhos,
Festos, falados, às vezes medonhos,
Mas que podem alcançar o alcandor
Do encanto que manifesta esplendor
Quando a voz da paixão se fez o amor.
Nos amores férteis vivem-se sonhos
Que os fazem livres largos e risonhos
Até na aridez dos traumas medonhos.
João Pessoa, outubro de 2020
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