Tenho acompanhado a inexplicável
resistência que vocês desenvolveram nesta campanha política de 2016, em
desfavor dos nossos conterrâneos Dr. Jefferson Marinho Morais e Doutora Eva
Lucena. Certamente, os
monges do atraso, os apóstolos da discórdia estão por trás desta
incompreensível atitude. O momento é de regozijo, de festa, de
confraternização, não de pertinácia, de relutância, de renitência. Somos de uma
mesma raiz e nascemos sob o teto do mesmo céu.
Quero lembrar, meus irmãos, que em 1968
tivemos a oportunidade de receber pela primeira vez, em nossa aldeia, como
candidato de consenso, o senhor Agenor Rique Ferreira. Seu Agenor ou Tenente
Agenor, como era conhecido e que não era natural de São Mamede, mas de Sapé – PB, chegou à nossa
cidade como Delegado de polícia e ai fincou raízes. Essa eleição foi marcada pelo
desentendimento entre o candidato natural, digo natural, porque seu Agenor em
1963, fora candidato a vice do então candidato a Prefeito Dr. Antonio Bento de Morais, e a cúpula da
Aliança Renovadora Nacional (Arena) local, queria outro candidato. Portanto,
a quarta eleição para prefeito no município de São Mamede – PB, teve apenas uma
candidatura a do Sr. Agenor Rique Ferreira – Tenente Agenor, pelo partido da
Aliança renovadora nacional (Arena), e o seu Vice-Prefeito, conforme acordo
firmado na época pelo então Governador Dr. João Agripino Filho, que veio a São
Mamede especialmente, para pacificar o partido, foi o senhor Nilson Oliveira de
Araújo, que deixou o Partido Social Democrático (PSD) e se filiou a Aliança
renovadora Nacional (Arena). Eis os resultados dessa eleição: Agenor Rique
ferreira obteve 1.612 votos ou 100% dos votos validos. Total apurado 1.612
votos; eleitorado 3.128 votos; abstenção 1.516 ou 48,47%. Tenente Agenor fez
uma exitosa administração, calçou todo centro da cidade, exceto a rua Felipe Nery Cabral, no começo antigo, que ia da frente da casa vila Eulália até o cruzamento da rua Janúncio Nóbrega com a Dr. José Amorim e depois desse cruzamento inicia-se a rua Presidente João Pessoa que vai até a esquina Enéas Trindade, ao lado da Praça Major José Paulo Souto, o calçamento dessas ruas foi realizado pelo prefeito da época Inácio Bento de Morais. Seu Agenor, como era conhecido, investiu na educação
do município, inclusive na zona rural com construção de grupos escolares em
varias comunidades. Adquiriu um transporte (uma caminhonete com capota) para
levar os alunos do 2º grau para estudar em Patos, sob as expensas da família, já que não
havia destinação de verba para esse fim no orçamento municipal. Mas, após algum
tempo foi preciso se desfazer da caminhonete porque esta se tornara pequena para o
número de estudantes, por esse motivo comprou um ônibus usado que logo recebeu o apelido de
menina de trança com o mesmo formato de pagamento.
Em 1972, devido à boa administração
do então Prefeito Agenor Rique, vingou outra candidatura de consenso, a do
então Vice-Prefeito Nilson Oliveira de Araújo. Houve também intensa
movimentação contraria ao nome de Nilson pelos próprios partidários, resistência,
rejeição, até que o bom senso prevaleceu.
Na verdade a eleição de Nilson foi um
marco, um divisor de águas. São Mamede teve uma grande administração, os
índices de crescimento foram os melhores possíveis, com quatro anos de calma
que possibilitaram a construção do Hospital e Maternidade Nossa Senhora da
Conceição, obra edificante que veio somar e revolucionar o sistema de saúde no
sertão, a nossa terra ganhou notoriedade dentro e fora dos nossos limites. De modo que,
a quinta eleição realizada para prefeito no município de São Mamede – PB, teve
apenas uma candidatura a do senhor Nilson Oliveira de Araújo, pelo partido da
Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o seu Vice foi o Sr. José Francisco de
Araújo – Zé Pergentino – ex Partido Social Democrático (PSD). Assim, foram os
resultados: Nilson Oliveira de Araújo obteve 2.149 ou 100% dos votos validos;
votos nulos 41; votos brancos 629. Total dos apurados 2.819 votos; eleitorado
3. 409 votos; abstenção 590 ou 17,31%.
No ano de 2000, veio acontecer à
décima primeira eleição no município de São Mamede e a terceira com uma
candidatura de consenso. Dessa vez o candidato era o senhor Francisco da Chagas
Lopes de Souza, que também não era natural de São Mamede, mas de Coremas – PB
chegou a São Mamede contratado como médico pelo Hospital e Maternidade Nossa
Senhora da Conceição, criou raízes, casando-se com uma filha da aldeia. Nessas eleições os ânimos da discórdia subiram
a temperatura, criou-se um movimento ridículo denominado de “Zé Branco”, ou
seja, votar em branco, diga-se de passagem, de muito mau gosto, uma vergonha. Doutor
Chagas foi candidato a prefeito pela coligação PFL/PSDB, o vice o senhor Paulo
da Silva Freire, pelo PMBD, gerando o seguinte resultados: Dr. Chagas/Paulo Freire
obtiveram 3.253 ou 100% dos votos validos; votos nulos 523; votos brancos
1.447. Total apurado 5.223 votos; eleitorado 6.003 votos; abstenção 780 ou
12,99% dos votos. No período de 2001 a 2004 São Mamede alcançou um bom
desenvolvimento, principalmente, na educação, fato preponderante para qualquer
administrador que se preze.
Agora em 2016, também foi possível
uma candidatura de consenso, a do Doutor Jefferson Marinho Morais, a prefeito
pelo Dem. e a da Doutora Eva Lucena a vice pelo PMDB, fato não diluído ainda pelos
espíritos irados, carcomidos, inflamados de descompromisso; alegando questões
falsas partidárias que só existem nos recôncavos das mentes que não querem o
bem de São Mamede. Meus bons irmãos, eu espero que não se deixem levar pela
cegueira dos fanáticos, mas pela consciência dos capazes. O Doutor Jefferson e a
Doutora Eva, são uma opção digna de credito, com certeza farão a melhor
administração para nossa aldeia, confiem neles!
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