Aproximam-se caudalosamente as
eleições de 2016, as expectativas essencialmente cívicas ganham contornos
exponenciais de barganhas; as mentiras se arvoram em verdade, a verdade sucumbe
ante a truculência dos facínoras; os sonhos se nos oferecem reais e quase perfeitos
de repente tolhem-se por ordem da força gananciosa que os faz distantes,
inatingíveis.
Porém, sem alarde chega o tempo de se
dessilenciar. A liberdade pródiga
vence a teimosia do opressor que padece mais que o oprimido. O grito da rua
rompe a cortina de ferro e ecoa solene, triunfante, ensurdecedor no banker
daqueles que não gostam do povo. A esperança alvissareira retesa a justiça do seu
arco e feri o núcleo da consciência do deus insensível que certamente
morrerá na eternidade; todavia, ninguém vence o povo!
A política, dama mística, encantadora
e pura, nascera feliz no berço da liberdade, na velha Grécia, como arte da organização.
Mas, alguns homens tornaram-se presas fácies da cobiça aceitando os seus estímulos,
iscas que os fazem venais, prostituindo a bela filha da cultura Grega.
Para alguns, a política é sem duvida
a mãe generosa do rico e para a maioria é verdadeiramente a madrasta impiedosa
do pobre.
Acontece que num processo político o
cidadão deve ser sempre a estrela maior, varão nobre armado de seus soberanos
direitos civis, políticos e sociais, sob a guarda diuturna do estado. E falando
em política disse Aristóteles: “na democracia os pobres são reis porque são a
maioria, e a vontade da maioria tem força de Lei”. Cláusula pétrea!
Embora a sentença não realce a
realidade, também é verdade que nós pobres desconhecemos a nós mesmos, a nossa
força se limita sempre em desprezarmos aqueles que querem o nosso bem, de modo
que estes estão dentre os pobres que nós sempre rejeitamos e, às vezes, não os
queremos conhecer. Porém, eu tenho um sonho, o de ainda ver essa infeliz
realidade mudar; o povo é probo; os políticos...
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