Será que o Muro da vergonha caiu mesmo? Será
que o Apartheid de fato chegou ao fim? Ou será que tudo não passa de uma farsa
para legitimar ainda mais o poder das elites? Talvez o Muro físico tenha vindo
abaixo, mas o invisível não! O Muro que realmente separa que humilha que
destroça família e tolhe-lhe o direito, continua de pé firme e forte,
silencioso, disfarçado, dissimulado, com mil faces, trejeitos imagináveis e
firulas indiscretas, ás vezes, em rua da pequena ou da grande cidade, dos
vilarejos ás corruptelas perdidas lá pelos cafundós; e lá estar “ele” ridículo
e feio, degradando homens, mulheres e crianças, matando sonhos!
Com o fim da 2ª guerra mundial as potencias vencedoras procuraram instalar uma nova ordem para gerir os destinos do planeta, mas os esforços esbarravam sempre nos ditos “interesses políticos” de: Estados Unidos, Inglaterra e França capitalistas, e a Rússia comunista.
Com o fim da 2ª guerra mundial as potencias vencedoras procuraram instalar uma nova ordem para gerir os destinos do planeta, mas os esforços esbarravam sempre nos ditos “interesses políticos” de: Estados Unidos, Inglaterra e França capitalistas, e a Rússia comunista.
Nesse tempo, falava-se muito num acordo
político/econômico/social que pudesse agradar aos dois lados que tinham
interesses diversos e disputavam os despojos da guerra, mas não se falava
no interesse do povo derrotado que não inventou e não queria a guerra. Sem o
tal acordo dividiram a Capital Alemã Berlim em 4 partes, chamadas de setores:
os setores capitalistas juntos formaram a Alemanha ocidental prol ocidente e a
capital Berlim Ocidental; o setor prol oriente sendo o único comunista ficou
sob os domínios da Rússia, capital Berlim Oriental.
Desde o fim da 2ª guerra em 1945 até o inicio
da construção do muro em 1961, Berlim Oriental tornou-se a porta de fuga da
maioria da população dos países comunistas descontente com o regime, e para
evitar fuga em massa o muro foi construído sob os auspícios e esforços da
Rússia líder do comunismo mundial.
Em 1989 veio o colapso econômico e político
da Rússia que levou de quebra todo Leste europeu, isso se deu por uma serie de
erros históricos injustificáveis: a particularização da utopia, do sonho; a
estatização da renda e dos bens materiais, a incompetência e a corrupção;
deixando os países do bloco, inclusive Alemanha oriental, sem liderança.
A mentira tem pernas curtas, o disfarce não resiste a verdade, a farsa falseia
sempre, o mito sucumbiu e a história veio à tona. O povo descobriu as mazelas e
o trágico fim da ultima quimera – o poder que nunca teve – e que agonizava em
público lentamente; a população foi ás ruas algemar psicologicamente os
derradeiros soldados da “fronteira” que tentavam resistir a onda que ia
devastar impiedosamente a opressão, chamada de liberdade, não por convicção
ideológica, mas por força do soldo que paga a violência e mantém a paz.
O povo derrubou o Muro! O Muro caiu! Imagine
que sensação fluíra das pessoas quando redescobriram o outro lado do Muro. A
redescoberta traz o novo que era velho, com mais emoção, com mais prazer, de
forma que o velho nunca existiu porque é sempre novo; isto vale também para o
povo que quando quer se renova.
Assim, foi à África do Sul, dominada por
colonizadores de origem inglesa e holandesa (os de sempre), após a Guerra dos
Bôeres em 1902, início do século XX, cuidara definir a política de Segregação
Racial – uma insanidade brutal contra a humanidade – formula desumana de manter
dominado o povo nativo. Esse maldito sistema tornou-se conhecido em todo mundo
como Apartheid – decretado pelo Ato de Terras Nativas e as Leis do Passe.
Esse Ato obrigou o negro a viver em reservas
ditas especiais, criando profunda desigualdade na divisão de terras do País.
Forçando 23 milhões de pessoas negras a ocuparem apenas 13% de todo território
nacional, enquanto 4,5 milhões de brancos eram donos dos restantes 87% das
terras. A lei dos “brancos”
também proibia que os negros comprassem terras fora da área reservada a eles,
criando dessa forma uma imensa dificuldade á ascensão não só econômica, mas
social e política e ao mesmo tempo uma garantia de mão de obra de forma barata
para os latifundiários.
Nas cidades aos negros era permitido viverem nos quetos – área isolada da dos brancos – a executarem trabalhos estritamente essenciais, afora isto, as Leis do Passe os obrigavam a apresentar o passaporte para poderem se locomover dentro de sua Pátria/mãe para procurar um emprego. A partir de 1948, a situação que já era ruim ficou pior com a ascensão dos Afrikaaners (brancos de origem holandesa) ao poder por via do Partido Nacional, que assumiram o controle hegemônico da política do país, consolidando em definitivo a segregação racial com o inventário de toda criança recém-nascida.
Nas cidades aos negros era permitido viverem nos quetos – área isolada da dos brancos – a executarem trabalhos estritamente essenciais, afora isto, as Leis do Passe os obrigavam a apresentar o passaporte para poderem se locomover dentro de sua Pátria/mãe para procurar um emprego. A partir de 1948, a situação que já era ruim ficou pior com a ascensão dos Afrikaaners (brancos de origem holandesa) ao poder por via do Partido Nacional, que assumiram o controle hegemônico da política do país, consolidando em definitivo a segregação racial com o inventário de toda criança recém-nascida.
A Lei de Repressão ao Comunismo veio
acompanhada da formação dos Bantustões (territórios reservados à população
negra na África do Sul de acordo com sua etnia pelo governo racista em 1951),
essa foi a fórmula encontrada pelo governo para dividir e confinar em
comunidades independentes os negros e a maneira de estimular a divisão tribal,
fragilizando a possibilidade de guerra contra o domínio da elite branca. Mas
nada disso pode efetivamente impedir que as populações mesmo segregadas se
organizassem e promovessem grandes mobilizações para reclamar e chamar a
atenção do mundo que se negava a ver a injustiça cometida por um governo que
africanamente pensando era imoral e humanamente “ilegítima”, contra uma gente
impotente.
As mobilizações serviram para unir e
conscientizar o povo segregado Sul Africano sobre a necessidade de uma urgente
tomada de posição a favor da liberdade. De modo que em 1960 cerca de 10.000
negros queimaram seus passaportes no gueto de Sharpeville, porém foram
violentamente reprimidos. As greves se tornaram frequentes por todo País, as
manifestações se espalharam, o exército ocupou as ruas e houve inúmeros
confrontos. Com o aumento da violência e a truculência do governo, não demorou
muito para que os fatos extremos surgissem no horizonte sóbrio, era preciso
morrer muitos nas mãos de poucos, para se alcançar o bem. (Bonaparte). Acusado
de atrocidade o governo racista ensaia uma má sucedida ruptura com a Comunidade
Britânica; funda-se a Lança da Nação, braço armado do CNA; acontece à prisão de
Mandela (Mandiba) em 1963, condenado a prisão perpetua acusado de terrorista.
Na década de 70, agrava-se a situação. A radicalização aumenta em escala exponencial, a guerrilha tenta minar as estruturas oficiais com atos de sabotagem, esse método também foi utilizado por parte do governo para culpar os militantes do CNA, além-claro, de uma intensa repressão contra o povo. Veio, portanto, a década de 80, o apoio interno e externo foi decisivo á luta contra o Apartheid e se intensificou, quando figuras como Winnie Mandela e bispo Desmond Tutu se engajaram na luta.
Na década de 70, agrava-se a situação. A radicalização aumenta em escala exponencial, a guerrilha tenta minar as estruturas oficiais com atos de sabotagem, esse método também foi utilizado por parte do governo para culpar os militantes do CNA, além-claro, de uma intensa repressão contra o povo. Veio, portanto, a década de 80, o apoio interno e externo foi decisivo á luta contra o Apartheid e se intensificou, quando figuras como Winnie Mandela e bispo Desmond Tutu se engajaram na luta.
Como sempre e
de costume, a ONU, apesar de
condenar o regime sul-africano, não interveio, nada fez para diminuir a dor e o
sofrimento daquela gente; nesse sentido, apenas o boicote realizado por grandes
empresas nacionais e internacionais as praticas criminosas do governo, forçou
uma mudança de atitude, isso se deveu a propaganda contrária que o comércio com
a África do Sul representava. A
partir de 1989, após a ascensão de Frederick de Klerk ao poder, a famigerada
elite branca dar início as negociações para pôr fim ao conflito civil, que
determinariam a legalização do CNA e de todos os grupos contrários ao apartheid
e a libertação da maior figura do século XX, Nelson Mandela (mandiba)
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