Ainda muito criança
Teve que ser exilado,
Fugiu por perseguição
Pra não ser supliciado.
Jesus, verbo da esperança
Sofre com essa mudança,
Mas protegido por Deus,
Que guardou, aquele
menino,
De Herodes, o assassino,
Mas foi mártir dos Judeus.
Ocultou-se lá no Egito
Toda família sagrada,
Jesus, Maria e José,
Fizeram dura jornada,
Perigosa, estressante
Pelo deserto escaldante
Narrado por São Mateus,
Com brilhante descortino
De Jesus Cristo, Divino,
Vítima atroz dos Judeus.
Revelado a São José
Em sonho o fato ocorrido,
Deus, o Senhor avisara
Que o algoz tinha morrido.
Vá pegue a Mãe, o menino,
Para cumprir o destino
Volte a terra dos hebreus
Pois, não há mais
desatinos,
Jesus resiste, os assassinos,
Mas foi mártir dos Judeus.
Quem trama a morte de alguém
Com certeza é assassino!
Herodes matou crianças
Por seu cunho raposino
Em defesa do poder
Pois, não queria perder,
Mas seus instintos sandeus
Deram-lhe dote ladino,
Jesus não morreu menino,
Mas foi mártir dos Judeus.
O poder leva a loucura
Tira o senso, cega, mata;
Lerdo transforma-se em
mito
De índole sociopata,
Engana a lei dos iguais
Pra tornar o povo eguais
Com seus transes de
asmodeus,
Acordando os dons felinos
Dos romanos libertinos,
Que venceram os Judeus.
Jesus medrou belo e forte
Em meio a lentos doutores,
Que viam a lei, não o homem
Sem mensurar suas dores.
Mas Jesus, chegando ao
templo,
Quando menino, deu
exemplo,
Sobre a lei que os
fariseus
Liam, como um filistino,
Mais tarde, aquele menino
Foi mártir pelos Judeus.
Jesus disse: a lei só é
boa
Quando seu fruto é justiça,
Ao inverso, puna-se a lei,
Pra se evitar a cobiça,
Que pode contaminá-la
Com chicanas nodoá-la
E manchar os dogmas seus
Por seus falsos libertinos,
Que na pele de rabinos
Dominavam os Judeus.
A lei boa não escraviza
Educa com equidade!
Não condena o inocente
Nem lhe dar imunidade.
Age conforme a razão
licitude, correção,
Para ricos ou plebeus
Seguirem com seus destinos
Gentios ou palestinos,
Não só apenas os Judeus.
Antes de chegar a hora
De cumprir as escrituras,
Na Festa de Canaã,
Sua Mãe viu as agruras
Dos que serviam ao enlace,
Disse a Jesus face a face,
Os nossos hosts Galileus
Faltou-lhes vinhos taninos,
Jesus com seus Dons Divinos
Fez sinais para os Judeus.
Jesus disse: a minha hora
Ishá, ainda não chegou!
Porém, a virgem sabia
E como Mãe se apressou
E disse sem duvidar
Façam o que Ele mandar,
Cumpram como os natineus
Povo dos dons genuínos
Para os serviços divinos,
Que também eram judeus.
Jesus viu seis grandes
talhas
E disse para os serventes
As encham todas com água
Sob os olhares presentes,
“Transformou a água em
vinho”
Abluindo, então o caminho
Para conquistar os seus
Irmãos sem voz, pequeninos,
Escravos ou libertinos,
Gentios e os não judeus.
Após a festa, a notícia
Do milagre varreu o mundo,
Aldeia, templo, sinédrio,
Sentiram algo profundo:
Era o Messias chegando
Entre os seus anunciando
Ali a presença de Deus
Único, absoluto trino,
Senhor sublime, Divino
Mas foi mártir dos Judeus.
No fim da festa das bodas
O mestre disse à cada um
Dos irmãos, a Mãe aos discípulos,
Vamos à cafarnaum!
Pregarei lá a “Boa Nova”
E do meu Pai darei prova
Para todos Galileus,
Que já foram peregrinos,
Que já foram peregrinos
Tratados de valdevinos
No Egito, os irmãos
Judeus.
Chegando a cafarnaum
Recobrou a sogra de Pedro
Recuperou o paralitico
Sob reprovo do sinedro.
E sem se dá a acepção
Atendeu ao centurião
como O fazia aos Galileus
Soberbos ou pequeninos,
Jesus, nos planos Divinos,
Que veio para os judeus.
Ainda em Cafarnaum
Curou o endemoniado;
O entrevado que os amigos
O inseriram pelo telhado
Da casa aonde ensinava
Que o Reino se aproximava
Como presente de Deus
Até para os sem destinos,
Jesus, nos planos Divinos,
Que veio para os Judeus.
Saiu de cafarnaum
E para Naim seguiu
Ressuscitou o filho único
Da viúva e, repartiu
A palavra com o povo
Ensinando um reino novo
Para gentios, Hebreus,
Sem endosso dos Rabinos
Religiosos ladinos,
Monstros dos sonhos Judeus.
A notícia dos milagres
Que Jesus fez na Judeia,
Espalhou-se em toda parte
Desde o campo a assembleia,
Era o amor florescendo,
A justiça, a paz nascendo,
Nas terras dos Macaréus,
Para elite e campesinos,
Velhos, mulheres, meninos,
Pertos do reino de Deus
João Batista, o Profeta
Quis saber então dos fatos
Da notícia que corria
Ou se eram meros boatos.
Enviou dois seguidores
Para o Senhor dos Senhores
Diga: em nome de Deus,
Vós sois do plano divino?
O cordeiro peregrino,
Que veio para os Judeus?
Jesus disse: sim, “EU SOU”.
Voltem e digam à João:
Cegos veem, surdos ouvem,
Todos têm a salvação.
Quem ver a MIM, ver
o PAI,
Para o abismo não vai
Por culpa dos erros seus
Porque os farei hialinos,
Homens limpos,
cristalinos,
Estrangeiros e judeus.
Em seguida os seguidores
Que João mandou a Jesus,
Levaram a Boa Nova
Ao mensageiro da luz.
Do qual Jesus observou
Às multidões e exortou
João nos planos de Deus,
Como postilhão Divino,
Muito embora sibilino,
Pra cognição dos Judeus.
João clamou no deserto
Para o arrependimento
Dos pecados cometidos
Motivo de sofrimento
De um povo perseguido
Atormentado sofrido,
Vítimas dos saduceus,
Aristocratas maldosos,
Perversos e poderosos,
Fina usura dos judeus.
Jesus, o filho do Homem,
Disse com a voz destemida:
“EU SOU” e ainda conclui,
Caminho, verdade e vida.
Siga-me os atormentados,
Pobres, marginalizados
Esquecidos, filhos meus,
Qu’Eu os tornarei meninos
Para sempre pequeninos:
“Não temais, porque sou
Deus”
Os fatos incomodavam
Ao Sinédrio repressor!
Que engendrou uma
narrativa
D’um Jesus agitador.
Herege, louco, blasfemo,
Que se levantou ao extremo
E se fez filho de Deus;
Esse é um dos desatinos
Citados pelos rabinos
Para incitar os judeus.
A mentira do sinédrio
Triunfou sobre a justiça,
Condenou-se um inocente
Preservando-se a cobiça
D’uma elite religiosa,
Facínora, insidiosa
Da seita dos Saduceus,
Que negava dons divinos,
Pois seus instintos malinos
Desagradavam a Deus.
Pra legitimar a trama
arquitetada no plano,
Era preciso a chancela
Do governador Romano.
Mas Pilatos compelido
Para não ser envolvido
Em assuntos extraneus,
Como fazem os cretinos
Inocentes, mas vulpinos,
Um comparsa dos judeus.
Em vão perguntou Pilatos,
Que crime Ele cometeu?
Gritos de crucificai
Vibraram no ego Hebreu.
Pilatos lavou as mãos,
Compreendeu que os irmãos
De Jesus, filho de Deus,
Eram malditos raposinos
Com seus instintos rapinos
Mas, todos eram judeus.
Cravaram Cristo na Cruz
Sob humilhação, torpeza,
Indiferença, maldade,
Causando à terra tristeza!
Tremiam os horizontes
Os mares, rios e fontes
Clamando justiça a Deus
Para a corja de assassinos,
Que atendiam por rabinos
Conselheiros dos judeus.