Credito de amigos de São Mamede
A truculência raivosa
Flui na forma de progresso,
O passado caricato
Revigora o retrocesso,
D'um presente disfarçando
Que só se presta ao digresso.
A arrogância em excesso
Gera monstros no poder;
É fruto de escolha errada,
O povo tende a perder,
Os meandros da história
Pra depois se arrepender.
Porém, há de se entender,
A força que o voto tem!
Fazendo certo dá certo
A coesão se mantém,
Pois sendo a escolha certa
Nela a lógica se atém.
Assim, todos se atentem,
O futuro está nos dedos
Já que não há consciência,
Mas dilemas e segredos
Contados ao pé do ouvido
Como sussurros de enredos.
Mais forte do que torpedos
Promessas vencem o voto!
A sujeição democrática
Varre como terremoto,
Os destinos dos humildes
Pela causa do maroto.
Contudo, no mercado roto,
As ações da democracia
Estão cem por cento a venda
Procure a mediocracia
Corretora responsável
Com aval da aristocracia.
Eia! Sus, a democracia!
Forte, avante, vai sem rumo,
Cofre versos doma tolos
Jardim sem plano nem prumo,
Sonhos superfaturados,
Fontes de bens e consumo.
Mário Bento de Morais