sexta-feira, 26 de julho de 2024

O IGNORANTE ACREDITA NAQUILO QUE ELE NÃO SABE E DESCONHECE A REALIDADE DAQUILO QUE ELE ACREDITA SABER.

 

                                        Credito de amigos de São Mamede

 A truculência raivosa

Flui na forma de progresso,

O passado caricato

Revigora o retrocesso,

D'um presente disfarçando

Que só se presta ao digresso.


A arrogância em excesso

Gera monstros no poder;

É fruto de escolha errada,

O povo tende a perder,

Os meandros da história

Pra depois se arrepender.


Porém, há de se entender,

A força que o voto tem!

Fazendo certo dá certo

A coesão se mantém,

Pois sendo a escolha certa

Nela a lógica se atém.


Assim, todos se atentem,

O futuro está nos dedos

Já que não há consciência,

Mas dilemas e segredos

Contados ao pé do ouvido

Como sussurros de enredos.


Mais forte do que torpedos

Promessas vencem o voto!

A sujeição democrática

Varre como terremoto,

Os destinos dos humildes

Pela causa do maroto.


Contudo, no mercado roto,

As ações da democracia

Estão cem por cento a venda

Procure a mediocracia

Corretora responsável

Com aval da aristocracia.


Eia! Sus, a democracia!

Forte, avante, vai sem rumo,

Cofre versos doma tolos

Jardim sem plano nem prumo, 

Sonhos superfaturados,

Fontes de bens e consumo.


Mário Bento de Morais

quarta-feira, 17 de julho de 2024

MOTE/COM AS BENÇÃOS SOLENES DA JUSTIÇA/CRIMINALIZA-SE A HONESTIDADE


As chicanas povoam o direito

Para postergar ou impor embaraços,

Daqueles do tipo João sem braços,

Que ferem os aspectos do conceito

Sorvendo a moral proba do respeito

Jurídico, desviando a verdade,

Do caminho da santa liberdade

Torturada pelo ego da cobiça:

Com as bençãos solenes da justiça

Criminaliza-se a honestidade...


Nos tribunais os recursos desabam

Pelas vias vivas das veniagas,

Amoitadas por trás das contas pagas

Tradições que nunca se acabam,

Nas coxias os atores se gabam

Dos atos cênicos de iniquidade

Em cartaz nos teatro da cidade

Apresentando lotação maciça:

Com as benções solenes da justiça

Criminaliza-se a honestidade...


Vende-se a razão a troco de subornos

Estes são os valores da consciência 

De alguns doutos postos em evidência,

Que servem aos maus hábitos de adornos.

Quando flagrados alegam transtornos

Ou que não houve irregularidade

Porque preza por sua idoneidade

E nem a sua honra desperdiça:

Com as bençãos solenes da justiça

Criminaliza-se a honestidade...


Não há antídoto que cure a ganância

Nem lei robusta que agasalhe o fraco,

Tão pouco um laço que apanhe o velhaco,

Ou o soberbo censurar a arrogância.

O cético deixar a petulância,

A cognição vê Deus com humildade,

O que julga não ter cumplicidade,

Mas o condão da entidade castiça:

Com as bençãos solenes da justiça

Criminaliza-se a honestidade...


Mário Bento de Morais

quarta-feira, 10 de julho de 2024

OS ESTULTOS CULTURAIS/CEIFAM OS BENS DA HISTÓRIA

 

Foi Dona Celly Vianna

Filantropa afetuosa,

Que concedeu às lavadeiras

Está sombra generosa,

Que lhes trouxe dignidade

Este gesto de bondade

Vive ainda na memória

Com registros nos anais:

Os estultos culturais

Ceifam os bens da história.


São Mamede está perdendo

As marcas da identidade

Construídas pelo povo,

Mas a perfídia vaidade

D'um vândalo carcomido

Com seu perfil exibido

Destrói ou louros da glória

Dos nossos bons ancestrais:

Os estultos culturais

Ceifam os bens da História.


Tonha preta, filha nobre,

Vítima da ignorância,

Que só conheceu a labuta

Desde a mais tenra infância,

Teve que ser serviçal

D'uma elite desleal,

Desumana, predatória,

Com seus conceitos banais:

Os estultos culturais

Ceifam os bens da História.


Dona Cícera Gouveia

E Francisca de Rosendo

Ao lado de outras mulheres

Nesse trabalho sofrendo

Sob um sol forte escaldante

Que lhes deixavam distante

Do começo da vitória

Para os sonhos irmanais:

Os estultos culturais

Ceifam os bens da História.


Genocídio cultural

Vitimou a Cely Vianna,

Um bem fruto do trabalho

D'uma gente soberana.

Mas o parvo embrutecido

Com seu ódio endurecido

E uma maldade notória,

Exala seus dons danais:

Os estultos culturais

Ceifam os bens da História.


MOTE/LIMITE INVENÇÃO DO AVARO/PARA FRUSTRAR O PRAZER...

Não dotaram o simplório

Do direito de pensar,

Mas se sente suasório

Quando costuma incensar.

Essa é a arte que lhe coube

Pois de fato nunca soube

Doutra coisa pra fazer

Por ser um infausto ignaro

Limite invenção do avaro

Para frustrar o prazer...


Vê Deus, mas reza ao diabo

Seu melindroso comparsa,

Que sobre o lixo do estrabo

Traçam os planos da farsa,

Nutrem o ego de maldade

Causando a sociedade

A ideia de benfazer,

Mas lhe pesa o despreparo

Limite invenção do avaro

Para frustrar o prazer...


Sonda a forma de enganar

Pelos meios presunçosos,

Quer a todos dominar

Com seus dogmas ardilosos.

Só faz o que lhe convém

Trata os outros com desdém

De fato é mais um blazer,

Que se sente um homem raro:

Limite invenção do avaro

Para frustrar o prazer...


Tem a lógica da inveja,

Sonha em alcançar a glória,

Mas, ás vezes, esbraveja

Reclamando da História,

Que lhe nega o alcândor

Do triunfo, do esplendor

Para seu "eu" satisfazer,

No entanto, tem pouco faro:

Limite invenção do avaro

Para frustrar o prazer..