Os ATRATIVOS TURÍSTICOS de São Mamede alcançam imensuráveis valores naturais, Culturais, Históricos, Religiosos, Paisagísticos, Ecológicos, Arquitetônicos e Esportivos, além de despertar a empatia do seu povo, atraem TURISTAS, estudiosos e ainda, impõe a necessidade de conservar, preservar e assegurar às futuras gerações o direito de usufruir desses acervos.
Os painéis naturais que lhes povoam despontam num cenário de belezas complexas com fabulosos requintes. O Colosso de Picotes, a Serra da Cozinha, a estrutura natural da Serra dos Cavalos, a beleza da Serra do Cajueiro, a exuberante Serra dos Velhacos. De modo que é valiosíssimo o empenho e dever moral das autoridades, identificar com presteza, mapear com precisão, descreve-los com riquezas de detalhes os tesouros que constituem os encantadores ATRATIVOS TURÍSTICOS da NINFA MIMOSA do VALE, localizada as margens do cativante RIO SABUGI.
A elegante diversidade TURÍSTICA de São Mamede deve-se a suntuosa área geográfica de domínio do semiárido brasileiro, com a sua formação geológica copiosamente multíplice. Os processos que deram origem a essa formação, os materiais que foram cinzelados pelos fenômenos naturais, resultaram na pluralidade mágica desses atrativos, que por sua vez, moldaram às artes, o folclore, às festividades e às tradições que concorrem para geração de emprego e renda e por consequência o desenvolvimento da economia local.
O poeta encantado com o charme dos dotes naturais da mítica DAMA, que o inspira a sobreviver intelectualmente, dedica a sua Mãe SEVERINA LUCENA DE MORAIS, e aos netos ÍTALO E JORRANES FILHO e a sua primeira neta ÁYLA LUNENA DE MORAIS, este trabalho cultural. A obra exibe com precioso fascínio, o desejo de conhecer, viajar, apreciar os lugares, contemplar paisagens e admirar novos cenários, viver experiências culturais e mergulhar na vastidão da felicidade buscando reviver os caminhos tortuosos percorridos pelos ancestrais.
Mário Bento de Morais
SÃO MAMEDE museu aberto
De paisagens naturais,
Costumes, crenças, histórias
Das tradições culturais.
Preservar essas riquezas
Trazem justiça as vilezas
Das más ações do passado,
Quando o sesmeiro fez guerra
Matando os filhos da terra
Ensanguentando o legado.
ATRATIVOS TURÍSTICOS DE SÃO MAMEDE
O TURISMO é uma fonte
De vida e conhecimento
Eleva o contentamento
Ao sugerir uma ponte,
Entre espaço, horizonte,
Natureza, danças, arte
Costumes por toda parte
Carnaval, farra, folia,
Versos, motes, poesia,
Arquitetura, estandarte.
Sem expor videoarte
Á natureza se expressa
Pelos seus dotes confessa
Que a beleza lhe faz parte
E ao se mostrar baluarte
Com os seus painéis reais:
Serras, montes, carrascais
Céus, estrelas, planetas,
Galáxias, astros, cometas
São deslumbres naturais.
Nas atrações visuais
Cena de contemplação
Estimula a reflexão
Sobre os pontos cardeais
E numerosos sinais
Pasmam imaginações
Despertam inspirações,
O TURISTA lava a alma,
Desentorpece, acalma
Alentando as emoções..
Belezas, exortações
São presentes do TURISM0,
As lembranças, o lirismo
Recheados de emoções.
Revivem-se as tradições
Ouvindo causos histórias
Dos bons tempos as memórias
Veem à tona o passado
Daquele mundo encantado
Tempos de muitas vitórias.
Algumas delas notórias,
Que até hoje são lembradas.
Outras não bem-comportadas
Contá-las são vexatórias,
Mas enquanto transitórias
Foram chistosas, festivas,
Algumas bem criativas,
E não menos deslavadas
Provocando gargalhadas
Nas passagens sugestivas.
Nessas memórias cativas
Há belas transmutações
Quando lindas emoções
Passadas por narrativas
Nas falas orais nativas
Com sotaque, entoação
Cria-se mais sensação
O TURISTA sai contente
Certeza que novamente
Volta com mais afeição.
Para chamar atenção
Do turista, SÃO MAMEDE
Fez melhorias na sede
Inclusive intervenção
Nas vias adequação
Para fluir o TURISMO
Acordar o telurismo
Do homem à natureza
Para que viva a beleza
Pela força do lirismo.
Incentivar o TURISMO
Cria-se oportunidade
Traz conceitos à cidade
E descompensa o bairrismo,
O xucrismo, o caiporismo,
Cresce a inter-relação
Promovendo a inserção
Do TURISTA ao ambiente
Que se tornará cliente
Sendo boa a recepção.
Nossa maior tradição
É saber atender bem
Ao TURISTA quando vem
Recebe toda atenção
Desde a ambientação
À cidade, á sua gente
Hospitaleira decente,
Aguerrida vencedora,
TURÍSTICA, acolhedora,
Saudável, inteligente.
ATRATIVOS TURÍSTICOS RELIGIOSOS DE SÃO MAMEDE
Porém, se for mais frequente
A SÃO MAMEDE plural
Na zona urbana ou rural
O TURISMO é consequente
Curta a beleza fluente
Em constante redenção
Com respeito e atenção
A cada ponto TURÍSTICO
Único e característico
Em sua contemplação.
A IGREJA DA CONCEIÇÃO
Exuberante obra d’arte
Cuja construção faz parte
Da sublime perfeição.
Fruto da imaginação
Da verve de Frei Martinho
Que a erigiu com alinho
Para agradar ao Menino
Deus sumamente divino
A quem sagrava carinho.
Com seu manto azul-marinho
A VIRGEM DA CONCEIÇÃO
Estende a sua benção
Ao TURISTA em seu caminho
Protege-o do desalinho,
Dos tropeços na aventura,
Do mal na semeadura
Com sua mão poderosa
Mãe eternamente bondosa
Bem da divina candura.
Outra bela arquitetura
É da ERMIDA DE SANTANA
Presente da fé humana
Em sua santa brandura
Num despertar de ternura
O povo eleito a ergueu
E o Senhor agradeceu
Aos filhos de SERRA BRANCA
A fé fervorosa e franca,
Que festo o céu recebeu.
Ledo Deus se enterneceu
Com a edícula dos GATOS,
Mimos dos fiéis recatos
Para comprazer o Céu
O povo se aquiesceu
A um lugar para adorar
Pedir, rogar, implorar
Ao Senhor a salvação,
Piedade, proteção
Nas orações ao rezar.
Não deixe de explorar
No seu TUR religioso
O aspecto silencioso
Do fatalismo e orar
Ser fraterno meditar
De WANDELÉIA o horror,
O martírio, o terror
De morrer sem ver os pais
Longe dos seus comunais,
Porém, na paz do Senhor!
Outro relato de dor
Viveu a criança ARIANE
Andou sem destino flane
Num chão desalentador
Sob um sol abrasador
Cruel, inospitaleiro,
Nem sombra de marmeleiro
Protegeu-a, e desprezada
Morreu sem chance, jogada
No meio do tabuleiro.
Mas, a fé do brasileiro
Em meio à desesperança
Reage credo a lembrança
Por seu dom hospitaleiro
Justo, reto, melieiro,
Faz novena acende velas,
Ergue bonitas CAPELAS
Pra rezar em romaria
Orando a Deus, a Maria
Pedindo a salvação delas.
Embora simples singelas
Bem no seio do sertão
Naquele solo ermitão
Duas humildes capelas
Sem diademas sobre elas
Flama ao povo santidade,
FÉ E RELIGIOSIDADE
Veneração, penitência,
Adoração, reverência,
Devoção, credulidade.
Ainda tem novidade
Lá na FAZENDA LORETO
Presente do ressurreto
Certeza da cristandade
Sinal da Santa Trindade
Naquele mundo distante,
Brota a fé perseverante
O povo se manifesta
Rezando fazendo festa
Louvado a Deus, exultante!
Dali, e um pouco adiante
Vá visitar BARAÚNAS,
Umas das grandes colunas
Da verdade triunfante,
Exemplo de fé gigante
Unida ao Senhor da luz,
Que por nós morreu na cruz
Pagando nossos pecados,
Que nos fez justificados
Pelo nome de Jesus.
Força Santa que conduz
Com sentimento profundo
A ir a RIACHO FUNDO
Vê a capelinha entreluz
Uma benção que reluz
Ao TURISTA proteção
Que suplica em oração
Paz às angustias d’alma
Que a torne serena, calma,
Acendrando o coração.
A fé nos leva a benção
E a benção a reconhecer
Deus em cada alvorecer
Da vida como uma unção
Do Senhor à redenção
Nisto o povo plenifica
Cria mártir, santifica
Pelo tormento sofrido
Confirmado e aferido
Que a certeza vivifica.
Ao TURISTA sempre fica
O registro importante
Da viagem exultante
Que o caráter nutrifica
A saudade o certifica
Que voltará outro dia
Com extremosa alegria
Para visitar PICOTES
E compreender os dotes
Que a beleza lhe irradia.
A CAPELINHA arredia
Abençoando PICOTES
Carece de sacerdotes
Que lhe façam moradia
Presentes no dia a dia
Contra artífice demonho (ação ou resultado de corromper)
Do malfadado nenonho (que provoca medo, que causa repulsa)
Para destruir o povo:
Cuide sempre pese o novo
Na luta contra o medonho!
O TURISMO faz o sonho
Mover a realidade
Ao descobrir a verdade
Embora, talvez tardonho (o mesmo que tardio)
Mas vale apena, suponho,
Que tudo pode mudar:
Conhecer, viver, saudar
A vida nova e antiga,
Viajando se mitiga
A chance de demudar.
O TURISTA vai sondar
De SERRA BRANCA O CRUZEIRO
Levando ou não companheiro
Para a beleza desvendar
Além de puder guindar
A vida a contemplação
Voltar à alma a criação
Do TURISTA a natureza
Pra meditar a grandeza
Em meio à admiração.
ATRATIVOS TURÍSTICOS HISTÓRICOS DE SÃO MAMEDE
Em fins do século 19,
Manoel Augusto Araújo
Migrou para São Mamede
Um forte, elevado estrujo (o mesmo que vibrar fortemente)
Logo se estabeleceu
Na área que conheceu
Denominada TATU,
Aguerrido e com empenho
Fez açude, montou engenho,
Um justo marangatu. (palavra indígena – útil, virtuoso, honrado).
O Riacho do TATU
Assim ficou conhecido,
Seu Né Araújo progrediu
Por ser homem decidido.
Construiu bela fazenda
Preparou, montou moenda
Para fazer rapadura
Caldo, garapa, alfenim
Um Oásis, um jardim
Numa perfeita estrutura.
A FAZENDA SANTA FÉ
Foi outro reino encantador
Felipe Neri Cabral
Foi seu ilustre mentor
E por ser visionário
Num gesto extraordinário
Fez diversas construções
Quatro açudes, um engenho
Com dedicado empenho
Em outras grandes ações.
Na FAZENDA SANTA FÉ
Era um mundo de fartura
Produzia em abastança
Mel, alfenim, rapadura
Leite, manteiga à vontade
Queijo bom de qualidade
Coalhada em abundância.
Fora um celeiro gigante
Daquele tempo distante
De relevante importância.
Na FAZENDA PAPAGAIO
Vá reviver o passado,
Na Sesmaria se vê
Seu nome mencionado.
Naquela rica ribeira
Viveu Capitão Pereira
Sem sair daquele raio
Da terra seu berço altivo
Legado ao filho adotivo
Alcides do Papagaio.
Uma terra promissora
Que se explorava xelita
Riqueza do sertanejo
Do minério tangstita.
No campo milho feijão
Fortalecia o sertão
A manter a resistência,
De homens fortes espertos
Pugnas em campos abertos
Em busca da subsistência.
Quando for a FAZENDA ALMAS
Vai descobrir os resquícios
D’um passado turbulento
De façanhas, sacrifícios
Marcados no casarão
Vislumbres que poderão
Trazer à luz a história
De viver na terra bruta
Excruciante, absoluta
Registrados na memória.
O TURISTA vai encontrar
Na aridez daquele chão,
A mata de carrasqueiros
Quase em toda vastidão.
Além do cacto da terra
Verá no topo da serra
Surpreendente paisagem
De vales, belas montanhas,
Plantas de linhas estranhas
Parecendo uma miragem.
Vá à bela TIGIPIÓ (derivado do TUPI antigo TEÎU+YPYÓ que significa MULTIDÃO de TEJUS)
Com seus traços do passado
Encravada no sertão
Pousou de reino encantado.
Foi palco de bons vaqueiros,
Trabalhadores guerreiros
Gladiadores da lida
Bravos de belos perfis
De vezos e dons gentis
À conservação da vida.
TIGIPIÓ significa
Para o antigo TUPI,
TEÎU denomina TEJU
Que vem lá do GUARANI,
YPYÓ ler-se MULTIDÃO
Quando se faz a junção
Surge o vocábulo indígena
Dos nossos antepassados
Pelos sesmeiros cassados
Como bicho alienígena.
Visite a fazenda CÁGADO
Mire a HISTÓRIA viva
Daquela época distante
Grávida de perspectiva.
De vontade festejada,
D’uma vida moderada
Em meio à simplicidade,
Coragem, fé, paciência
Igualdade consciência
Em meio à adversidade.
Chegando lá na FAZENDA
Explore todo cenário
Açudes, montanhas, vales
Num mundo extraordinário
Panorama que não se mede
Tudo isto em SÃO MAMEDE
Para você conhecer,
As belezas desse rincão
Vivo mundo de atração
TURÍSTICA a se solver.
Há bem mais que se explorar
Nos antigos casarios,
O ESPLENDOR DA VILA GLÓRIA
A construção, os desafios,
A FILOSOFIA, A ESTÉTICA
O sentimento a poética
Em cada traço simétrico
Encanto, ternura zelo
Nos contornos do modelo
Do universo geométrico.
O fulgor da VILA EULÁLIA,
O ROMANTISMO, O GLAMOUR,
As emoções liriais
Os cumprimentos BOMJUR!
O Frances suas tendências
Mudavam as aparências
Da flor rude em ascensão
Moda, estilo, lá de fora
Surgiam como a aurora
Para enfeitar o sertão.
Outro atrativo TURÍSTICO:
É o alcácer do tropeiro
Filho de Puxinanã
O guapo Antônio caixeiro.
Que num tempo de aventuras
Enfrentou dores, agruras,
Tempestades, solidão,
Em SÃO MAMEDE ficou,
Lidou construiu, casou,
Viveu nobre cidadão.
Faça o seu TUR aproveitando
As robustas construções
Dos antigos homens fortes,
Que nos deixaram lições.
Casa bem edificada
Simples, porém, levantada
Com o tijolo batido,
Não era mansão nem palácio
Mas SEBASTIÃO ANASTÁCIO
Fez-se feliz protegido!
Fora morada singela
Mas onusta em dignidade,
Sem o engenho de Oscar
Valera a identidade.
Obra elevada sem arte,
Na mente um castelo a parte
Erguido de forma grada
Sem riquezas, mas um teto,
A proteger com afeto
A Santa prole Sagrada.
A casa de Zé Martins,
Bem no centro da cidade
Marca indelével d’um tempo
Da Rua Enéas trindade.
Tinha o signo do progresso
Esquadrinhava o sucesso
Sondava a prosperidade
O ouro branco se exibia
O sertanejo antevia
A nova sociedade.
Podendo vá conhecer
O bloco da PREFEITURA
Marco da nossa História
Modelo de arquitetura
D’uma época festejada
Imensurável dourada
Inclinada ao crescimento
Eixo posto à transição
Para a emancipação
Via o desenvolvimento.
Misael Augusto fora
O preferido a princípio
Para imprimir a mudança
De vilela a município.
Edificou a PREFEITURA
Com perspectiva futura
De exortar a convivência
Fez uma PRAÇA importante
Um CLUBE muito elegante
De elevada deferência.
Ainda há outra beleza
Por trás da EX-DELEGACIA
Simboliza a nossa flora
Que o povo reverencia
É um PEREIRO gracioso
Imponente poderoso
Com expressivo taful
Signo real da beleza
Divisa da realeza
Da casta de sangue azul.
Quando chegar a PICOTES
Estude bem a jornada
Pratique o RAPPEL seguro,
O passeio, a caminhada.
Curta o TURISMO ECOLÓGICO
Sonde o PARQUE ARQUEOLÓGICO,
As estruturas rochosas,
Contemple toda grandeza
Legados da NATUREZA
Nas formas mais generosas.
Explore toda beleza
Que PICOTES oferece,
Vá visitar a LAGOA
Vislumbre-a faça uma prece,
Agradeça a divindade
A tamanha caridade
Presente do criador
Só bastava aquela serra
Surgir do centro da terra
Com epopeico esplendor.
Veja o POSTO TELEFÔNICO
Reflita seus dias de glória
Foi útil enquanto durou,
Hoje é parte da história
Como ícone do passado
Tem o seu nome gravado
Nos anais da inteligência
Graham Bell o grande inventou
Para o mundo despertou
Os valores da ciência.
Indo ao POSTO do RAMAL
Procure se abastecer
Da saga de SÃO MAMEDE,
Não hesite em conhecer.
A CARIOCA vencida
Sem ALGODÃO, combalida,
Agonizando no leito
A CENEC sem ter guarida
Partiu só sem despedida
Nem um pouco de respeito.
Na RUA DO BERRA BODE
Vive-se o dom natural!
A gema SÃO MAMEDENSE
De cultura liberal.
Gente do mais puro trato
De magnífico recato
Plena a fértil tradição
Da vida à simples pureza
Amantes da natureza
Que nobilita o rincão.
Conheça a LAVANDERIA
Fruto bom d’uma ação cara
De dona CELY VIANA
Dama de bondade rara
Mulher da fina nobreza
Cismou prestar a pobreza
Das lavadeiras sofridas
Oferecendo-lhes alento
Para conter o tormento
Das apátridas feridas.
Aprecie a CRUZ sagrada
Que nos serve como prova
Do ataque aos VENTURA
Surpreendidos na alcova.
Numa ação bem planejada
Bandidos de madrugada
Causaram a atrocidade,
Usurpando a prata, o ouro
E ainda por desaforo
Num clímax de crueldade.
ATRATIVOS TURÍSTICOS ARQUEOLÓGICOS DE SÃO MAMEDE
Os primeiros habitantes
Deixaram suas gravuras
Belas figuras grafadas
Desenhos, fartas pinturas.
Isto há milhares de anos
Sem poluir causar danos
Guardiões da realeza
Afáveis a fauna a flora
As sutilezas da enflora
Do reino da natureza.
SÃO MAMEDE museu aberto
De paisagens naturais,
Costumes, crenças, histórias
Das tradições culturais.
Preservar essas riquezas
Trazem justiça as vilezas
Das más ações do passado
Quando o sesmeiro fez guerra
Matando os filhos da terra
Ensanguentando o legado.
Pouco restou dos despojos
Daqueles povos nativos
Legítimos donos da terra
Transformados em cativos
Privados da liberdade
Colhidos pela maldade
Dos brancos “civilizados”
Morriam por desalentos,
Por maus-tratos sofrimentos
Outros eram trucidados.
Assim a limpeza étnica
Fez forte perseguição
A vida, a arte, a cultura
Causando destruição.
O sesmeiro impositivo
Extremamente agressivo
Matava em nome da carta
Patronato do “progresso”
O êxtase do retrocesso
Como os “Dórios” em Esparta.
Quanto às inscrições rupestres
Onde estão localizadas
Sobre a rocha bruta foram
Pelos puros batizadas,
Que de forma amável franca
Chamaram-na PEDRA BRANCA
Devido à coloração
Do afloramento rochoso
Cognome maravilhoso
Que se tornou tradição.
Nome ITACOATIARA
Do TUPI PEDRA RISCADA
No riacho PEDRA BRANCA
De forma sequenciada
Tem uma rocha estendida
Em lâmina adormecida
As gravuras espalhadas
Apresentando o passado
D’ um povo imortalizado
Como expõem suas pegadas.
Na fazenda PAPAGAIO
Há sinais arqueológicos,
Bem na parte Ocidental
São pontos sociológicos
De análises culturais
Nas relações sociais
Do coletivo o papel
Que tinha cada individuo
Ao ser um sujeito assíduo
E extremamente fiel.
Indo ao sítio TRINCHEIRA
Aprecie o belo, a arte,
A verve do homem puro
Exposta num estandarte
De pedra na natureza
Com zelo delicadeza
Deixou grafados seus rastros
O céu serviu de memória
A terra guardou à história
Nas entrelinhas dos astros.
Chegue a PEDRA DO CAÇOTE
Atrativo da TAPERA
Estampa da arte RUPESTRE
Tesouro que se supera
A cada visitação
Eleva-se a sensação
Dos valores ancestrais
Como se um grito de alerta
Corresse a mente deserta
Dos juízos arbitrais.
Quando chegar às CRAIBEIRAS
Sinta os ventos do passado,
Leia o livro do futuro
Sem sentido figurado.
Nele se ver a verdade
Da bruta realidade
Pela falta de proteção
Daquele painel bonito
Que tem caráter finito
Por não ter conservação.
Perdendo-se estes acervos,
Vivem-se a destruição.
Não podem ser revertidos
Nem terão restauração.
Fica o transato negado
Esquecido, disfarçado
Sob o olho cego do burgo
À sombra vã do dossel
Assiste imóvel o cinzel
Causar a lei do expurgo.
No TAPUIA a arte aflora
Em meio aquele infinito;
O TURISTA se deleita
Lá no RIACHO BONITO
Dois mundos ARQUEOLÓGICOS
Dois sistemas ECOLÓGICOS
Diferentes, mas iguais,
Em suas características
Fluem sensações holísticas
Dos encantos naturais.
Chegue a FURNA DO MORCEGO
Atente para o cenário
Deslumbre-se sinta a magia
D’um bem extraordinário.
Rastros paleontológicos
São sinais arqueológicos
Que alimentam o TURISMO
Esse ATRATIVO local
Realça o dom natural
De beleza e dinamismo.
É uma paisagem pujante
A do BOQUEIRÃO DO BRITO
Um espetáculo divino
Que entusiasma o espírito.
O TURISTA olha se encanta
Extasiado se espanta
Pisando no chão das trilhas
Das resistentes quimeras
Rescaldos das velhas eras
Ao sabor das maravilhas.
Expondo todos seus dotes
Colossos da natureza
PEDRA D’ÁGUA, MALADINHA
Exibem a profundeza
Do dever de preservar
De conhecer, contemplar
Para manter os valores:
Velhos, porém, calejado,
Frágeis e muitos surrados,
Traumas dos sabotadores.
Chegando a VÁRZEA ALEGRE
Surge um paraíso à vista
Sinta-se maravilhado,
Extasiado ativista.
Foi naquele lhano espaço
Que Deus fê-lo de regaço
Para descansar da lida
De seis dias cansativos,
Duros, porém, produtivos
Para nos trazer a vida.
OS ATRATIVOS FESTIVOS DO PASSADO
Recordo a BANDA DE MÚSICA
Fazendo apresentação
Depois da reza a quermesse
Na festa da CONCEIÇÃO.
As famílias reunidas
Socialmente acolhidas
Às mesas do PAVILHÃO
DESFILE, PEÇA INFANTIL,
OS CORDÕES DO PASTORIL,
“QUEM VAI DÁ MAIS NO LEILÃO”.
O louvor a PADROEIRA
Clímax da sociedade
A força da alta estima
Que balançava a cidade
Leôncio trazia o PARQUE
Lotava a fila de embarque
Da velha RODA GIGANTE
Que Geraldo comandava,
Feliz a RODA GIRAVA
Humildemente elegante.
O PULA-PULA, os CARRINHOS,
A graça do CARROSSEL
Exibindo os CAVALINHOS
Sob um bonito DOSSEL.
As crianças empolgadas,
Airosas, hilariadas,
No seu mundo de quimeras
Viajam, vão mais além,
Às vezes, até as convém
Sonhar em outras esferas.
Nos festos dias momescos
Blocos, Looks, serpentinas,
Foliões, rainhas, musas
Pierrôs e columbinas.
Passistas, frevos, folias,
Mungangas estrepolias
No bar, no clube, na rua
Brincava-se o CARNAVAL
Num clima de vendaval
D’uma liberdade nua.
O Sabugi clube o palco
Dos antigos CARNAVAIS,
As fabulosas orquestras
E seus sublimes metais
Ousavam à multidão
Ao deleite, a levidão,
Vestida de fantasias
Na rua o povo governa
Vive a liberdade eterna
Em pelo menos três dias.
O SÃO PEDRO perdurou
Como a maior atração,
Dentre os festejos juninos
Por zelar a tradição
Do lídimo PÉ DE SERRA
Castiça festa da terra
SÃO MAMEDE se fez craque,
Fato que o povo concorda
E ainda hoje recorda
O merecido destaque.
Havia unanimidade
Em relação ao sanfoneiro,
Zequinha do Acordeão
Era o grande timoneiro.
Um caboclo baixo, forte,
Do Rio Grande do Norte
Maduro na concertina
Tocador de casa cheia
Do forró que balanceia
A tradição Nordestina.
Os FORRÓS se conservaram
No escrínio da memória,
Até que o tempo quedou
Para contar a história
Manifestada primeiro
Pelo velho CARETEIRO
No crepúsculo de 70
Depois por PEDRO FERREIRA
Que lho seguiu pela esteira
Em parte dos anos 80.
Fora um tempo frutuoso
Para o forró ressurgir
Xaxado, xote, baião,
Começaram interagir
E para ficar mais sério
NEZINHO DE ELEUTÉRIO
Fez uma quadra decente
Contratou o forrozeiro
Antônio de Limoeiro
Pra tocar pra sua gente!
Era um Artista famoso
Seu cachê meio salgado!
Mas NEZINHO o contratava
Por ser um nome aclamado
Pela gente da ribeira
Declarada forrozeira
Herdeira de LAMPIÃO
Que fez o MITO GONZAGA
Emergir para uma saga
Nas quebradas do sertão.
Nos idos dos anos 80
Reagiu a zona rural
Na ANGOLA PEDRO OLIVEIRA
Com um perfil cultural.
Deu asas a imaginação
Fez O FORRÓ TRADIÇÃO
Que ficou eternizado
À sua posteridade
Unindo o campo a cidade
Como importante legado.
Outras FESTAS memoráveis
Marcadas no calendário;
RECORDAÇÃO DO SÃO PEDRO
Fez-se um evento lendário.
Veio A FESTA DO ALGODÃO
Alusiva a plantação
Da cultura algodoeira,
E para dar maior brilho
Criou-se a FESTA DO MILHO
Entre tantas na ribeira.
A FESTA DAS DEBUTANTES
Grande evento social
Estimulava as famílias
Como enlevo cultural.
Os sonhos de cinderelas
Lindas e belas donzelas,
Moças na melhor idade.
Valsas quase Vienense
Na vida São Mamedense
Nunca fora novidade.
A FESTA UNIVERSITÁRIA,
OS CONCLUINTES NA IGREJA
O SÁBADO DE ALELUIA
Na Fé que ainda dardeja.
Cantava A MAIS BELA VOZ
O som corria veloz
Nas veias da geração
Que exalava juventude
De vida na plenitude
Da busca por emoção.
Já num plano estruturado
Surge a QUADRA DE EXPEDITO,
A galera popular
Qualificou de bonito
O gesto de construir
Um espaço para unir
Os mancebos do AGENOR
Que viviam excluídos
Nos guetos desiludidos
Pelo sistema opressor.
Chegaram então as TERTÚLIAS
Bento Som as promovia
Eram nas noites dos sábados
Sempre com muita alegria
A juventude faceira
Intimamente festeiro
Gostava da curtição.
O agito ditava a dança
À noite quase criança
Inspirava animação.
Contemple estas belezas
As preserve e agradeça...
Existirem no seu tempo
Mas cuide-as não se ensurdeça!
Visite-as sempre se encante
Envolva-se olhe adiante
Num clima de forte elã
Para guardar o que resta
O mundo se manifesta
Sobre a vida de amanhã!
LEGADOS DOS PENSADORES IMORTAIS
“Chegará o dia no qual os homens conhecerão o íntimo dos animais; e, nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.”
Leonardo da Vinci.
“O homem é a mais insana das espécies. Adora um Deus invisível e mata a natureza visível. Sem perceber que a natureza que ele mata é esse Deus invisível que ele adora.”
Hubert Reeves,
Você não deve perder a fé na humanidade. A humanidade é como um oceano. “Se algumas gotas do oceano estiverem sujas o oceano não se torna sujo”.
Mahatma Gandhi.
“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a houve.”
Victor Hugo;
“Quando as idéias são a favor da conservação, a natureza agradece com a preservação.”
Almany Sol.
“Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo.”
José Ortega Y Gasset.
Agradeço ao meu grande colaborador Manoel Lucena (Coló).
Parabéns ao Poeta por tão bela exaltação a seu amado torrão!
ResponderExcluir👏🏼👏🏼👏🏼 excepcional!
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