As pedras que povoavam os caminhos por onde
andei assistiram indiferente a minha passagem! Quando tive fome de pão
viraram-me as costas; Quando tive sede negaram-me uma cuia d’água; Quando feri
os meus pés negaram-me balsamo para aliviar as dores que me atormentavam; Quando
tropecei e cai não me ajudaram a me levantar; Quando quis desistir do percurso
não me incentivaram a chegar ao fim; Quando chorei com o peso da carga que
carregava sozinho não me enxugaram as lagrimas; quando minhas roupas se
transformaram em trapos fui causa de risos e chacotas; quando a injustiça bateu
a minha porta não a escorracei; Quando a justiça me procurou fiz festa e a
abracei feliz na cruz para daquele dia em diante viver a vida eterna!
MÁRIO BENTO DE MORAIS
A estupidez não é privilégio só daquele que a
mantém como prato principal de sua dieta cultural, mas sobremesa fria servida
em taças sujas nas mesas fartas dos gentlemen Brasileiros!
MÁRIO BENTO DE MORAIS
Quem se aliena por notoriedade sem trabalho gozará
a glória apenas por um tempo compatível com a sua indignidade, depois será
digno de esquecimento e terá morte prematura na eternidade.
MARIO BENTO DE MORAIS
A
violência assim como a ganância tenta desesperadamente destruir a “imagem e
semelhança de Deus”, o homem; porque as torpezas se espraiam na velocidade da
luz; as velhas novidades se repetem porque o novo chegou antigo, doente e
estropiado, nada progride! Somente a maldade medra em corpo e espírito para
alcançar o ápice da podridão!
MÁRIO BENTO DE MORAIS
Há bolsos famintos cheios de dotes fabulosos,
dádivas generosa da genetriz bem feitora dos ricos, a política; enquanto bocas
saciadas de barrigas vazias se curvam desmilinguidas à madrasta impiedosa dos
pobres, a exclusão!
MARIO BENTO DE MORAIS
Um dos maiores produtores de grãos do mundo,
o Brasil, alimenta os seus melhores cidadãos de lixo, apátridas miseráveis que
a Pátria finge amá-los! Oferecendo-lhes como benefício o atraso, o que mais
cresce no Brasil! Poderoso instrumento de controle político, social e cultural,
virtuoso à sobrevivência da sujeição democrática necessária!
MÁRIO BENTO DE MORAIS
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