Qual olhar
deve ser lançado sobre a República Brasileira, espelhando a existência política
corrente cuidada de forma diligente pelo governo com os maiores índices de desregramentos
da história moderna do nosso País? Será
que a culpa é da Constituição de 1988 ou da nossa incapacidade de escolha? Facilmente
engravidamos pelos ouvidos com discursos chulos, nefastos, folgados e vulgares, distantes do contexto racional de um
mundo moderno.
De fato, a
nossa Constituição Federal tem lá seus defeitos. É um misto de elementos de
Presidencialismo e elementos de Parlamentarismo em sua ordem política. As
consequências fáticas desses imbróglios na nossa Carta maior promovem uma
estroinice de troca de favores e interesses nada Republicanos nada Democráticos
à mamparra, chamada de base para dá sustentação ao governo, a governabilidade.
De modo que o veredicto final, nós já conhecemos, deu o Presidencialismo. Esse
desfecho mal sucedido estimula o poder executivo a dirimir em gestão
desprezível, algumas controvérsias políticas à base de escambo para auferir
proteção nas votações parlamentares que o “interessa”.
Quando isso
acontece há implosão nas contas da Nação. Vai faltar dinheiro para o essencial,
mas não para os gastos desnecessários – realidade de governo desonesto – assim
ensina Marcus Tullius – Roma, 55 a.C. “O
Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As Dívidas Públicas devem ser
reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os
pagamentos a Governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar em vez de viver por conta
pública”. Essa tese também é o entendimento do povo brasileiro com relação aos
nossos políticos, que numa relação de íntima distância, de quatro em quatro
anos vêem para tocar a aboiada submissa para o redil da sujeição democrática
necessária.
MÁRIO BENTO DE MORAIS
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