A melhor maneira de apreciar o
chicote é ter-lhe o cabo na mão.
Machado de Assis.
Qual
o prazer de servir ao tirano, quando se sabe que qualquer deslize cometido por
aqueles que o servem é uma sentença de morte? Ascender ao circulo seleto de
incensadores do cesarista é um risco iminente que só os gananciosos cuidam em
deixasse-se sucumbirem à sujeição ultrajante as deliciosas essências da
liberdade. Esses lacaios sabujos preferem moldar-se aos desejos abjetos de se
mancomunarem com o déspota ascoso e acolherem sobre si intensa descarga de
iniquidades e desonra, do que ouvir as arguições do coração da consciência.
De
maneira, que tais abutres oscos de humanos sossegam-se com a virulência
acintosa e furtiva, e assim entretém o amo que os trata como inservíveis. E
para atingir o apogeu do ego boçal, receiam a devoção e o amor da estirpe, mas
fiam-se naquele que lhes empulham, lhes penitenciam, lhes infernizam,
conquanto, engendram praticas de nequícias, jamais contra o alarve que o exaure
que o avilta, mas em desfavor daqueles que têm abundante acesso ao fastio da
sorte, torturando por assim dizer, o colosso da verdade
suprema.
O
passado da malignidade tirânica, a obediência indomável do fâmulo ainda
fervilha borbulhante, nesses antigos novos tempos. As anosas performances
aperfeiçoadas às inovações grotescas e já afinadas com os caprichosos frenesis
e os solícitos axiomas macróbios confluem-se majestosos para os dias modernos;
enquanto isso plasma mefítico flui caudalosamente, pelas veneráveis artérias
daqueles que só se realizam plenamente apajeando para que desse modo infame,
possam alcançar os favores que os tornam mais súditos.
Não
há sujeição tão perfeita quanto aquela que guarda a aparência da liberdade,
cativa-se assim a própria vontade. (Rousseau)
Tiranos
das antigas deixaram suas marcas nas crônicas da história, como o espírito das intrujices
e ardis que asselvajavam seus vassalos. Em Roma davam-se festas públicas,
empanturrando a plebe com uma porção de trigo e um pouco de vinho, para mais
tarde poder ouvi-los aos brados enlouquecidos pelas ruas de “viva a majestade!”
Já o fundador do império Persa, Ciro, o Grande, foi de uma sagacidade
demoníaca, em se tratando dos Lídios, segundo Heródoto, logo que usurpou
Sardes, cidade basilar da Lídia, e levou o rei Creso como escravo; informações
lhes passadas pelos sevandijas sujeitos, davam-lhe conta de que os Lídios de
Sardes teriam se rebelados. Ciro, sem querer usar o poder de a força militar
que dispunha para lhes impor a sua vontade, então decidiu instalar bordéis,
tavernas e criou jogos públicos, ainda assim, por decreto, que todos tiveram de
cumprir. A ideia foi tão bem recebida pela população que não foi mais
necessário o uso da força. Os habitantes dessa cidade não mais se preocuparam
com o Rei escravo, mas em se divertirem nos prostíbulos, tascas e jogos, meios
eficazes de desalentá-los e
aniquilá-los.
Fontes
diversas: internet, leituras em livros de História, revistas, jornais,
fascículos avulsos sobre os antigos filósofos.
Mário
Bento de Morais
Parabéns Mario Bento
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