Inimigos ferrenhos da verdade, instigadores de sonhos equipados de vícios demoníacos, sensibilidades
perversas e vingativas, persuasivos fatais, mentirosos hediondos, serviçais
formidáveis do leito de Procusto. Assim são os edazes das massas que
povoam as comunidades do Brasil, os quais, com nível de astúcia e maldade acima
da media, simulam alegria no sorriso, pudicícias, desinteresses, honestidade,
humanidade solidária, que servirão como iscas para atrair os ignoros ávidos de
justiça que atue conforme sua própria justiça, com vistas alcançarem o
esplendor dos seus mais infames objetivos, assim como o leão da fábula – A
raposa e o leão – de Esopo. Nessa alegoria, o leão fingia-se doente, e
reclamava a visita da raposa que lhe disse: “iria com muito prazer visitá-lo em
sua caverna. Mas vejo muitos rastos de animais entrando e nenhum que indique
que tenham saído”.
Os edazes das massas surgem da ausência do povo a si mesmo, que ao
negligenciar a natureza da vida em desobediência a natureza criadora, cede às
sevícias de futuros Pisístratos, elaborados nos porões de facções diversas e
por interesses escusos de políticos, banqueiros, empresários, Igrejas,
associações e sindicatos. A pusilanimidade do povo se permite abandonar o sol
da filha dileta de Deus, a santa liberdade, para se dar a servidão,
algemando-se ao cumprimento de ordens aviltantes.
Um povo que nasce com o peso da canga sobre o cachaço, precisa
rejeitar as substâncias alucinógenas: as comemorações apócrifas, as festas do
esqueça-se! Vistas com bons olhos por aqueles que se opõem as evoluções sociais
que miram as inovações morais, políticas, religiosas e comportamentais. Edazes
que não só elegem suas vontades e demandas acima da lei, mas, porém solertes,
ainda fraudam o povo com engodos públicos sensíveis, distribuições de sesteiros
da “marvada” nos festejos tradicionais em que saltarão aos nossos olhos incrédulos
prodigalidades imensuráveis nessas ações furtivas, mesmo com a fertilidade da
fome real burilada num quadro de vida vivas expondo imagens mortas, para
felizes poderem adormecer seus ouvidos com as cantilenas eufóricas das ruas:
“viva o rei!”.
MÁRIO BENTO DE MORAIS
Olá, Mário. Tudo bom
ResponderExcluirLi alguns artigos do seu blog, achei demais informativo, interessante e de excelente escrita. só fiquei com dúvida se tudo é sua autoria mesmo ? porque queria citar em uma aula
Qualquer coisa você pode me mandar uma email tallesazigon@gmail.com
abraços e gratidão pelo compartilhamento de saberes e escritas.