A lei sempre vem do povo,
Mas
o parlamento a enfeita
Com
melindres entre linhas
De forma queda, suspeita
E
quando o povo descobre
A
merda, enfim, está feita.
Nunca! Não
entorte o direito!
Empregue-o
com segurança,
Justiça, enfim, só é justiça
Se
lhe houver confiança
Ou quando julgar um rico
Sem
lhe pender a balança.
Não
transforme o bom direito
Em
um veneno mortal,
Nem estimule a justiça
A se tornar serviçal
Às cavilações do injusto
Levadas ao tribunal.
Faça
justiça com todos,
Não
promova divisão!
Quem
divide não constrói
Quem
constrói estende a mão
Quem
dar a mão pede paz
Quem
quer paz tem o perdão.
A lei, o direito, a justiça
Enastram, mas não são iguais,
Nem
toda lei faz justiça
Nem protege os desiguais,
Nem a justiça é o direito
Nas
relações factuais.
A
igualdade sem justiça
E
direito sem verdade
A lei espoliando o fraco
Roubando-lhe a dignidade
Negociando sentenças
vendendo a sociedade.
João
Pessoa – PB, 15 de junho de 2020
Mário
Bento de Morais
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