O1 – Hoje, eu ouvi pelo Rádio e depois
assisti pela televisão, aqui em João pessoa, dois “grandes” âncoras – segundo
suas próprias análises carregadas dos impulsos de André Breton – arguirem
expressivos zelos às suas autoestimas poderosas junto ao público ouvinte do
rádio e por tabela os telespectadores. Nesse cenário orgulho narcisista, adverte
a psicologia em seus estudos: a autoestima é uma apreciação particular acerca
do eu próprio e está potencialmente relacionada ao progresso do ego. Aurélio
escreve: a autoestima é uma qualidade de quem se valoriza, está satisfeito com
seu ser, com sua forma de pensar ou com sua aparência física, expressando
confiança em suas ações e opiniões.
02 – Pois bem, esses dois astros da comunicação
paraibana, propuseram a volta ao “trabalho para que o povo não morra de fome”,
ou seja, abolir o isolamento social – isso incitou as pessoas a não colaborarem
com as recomendações das autoridades – no entanto, esses mestres do caos não
indicaram uma solução para o enfrentamento à pandemia. Porém, aqui cabe uma
pergunta: com qual autoridade ou em nome de quem se pode, criar protocolo ou tecer
comentário a uma área rigorosamente científica, a respeito de como o povo deve
se comportar diante do desconhecido? Esses gênios da raça sem nenhum mérito
acadêmico na área de saúde pública ousaram desafiar com argumentos esdrúxulos e
sem cognição semiológica as recomendações propostas pela Organização Mundial de
Saúde OMS. Ambos não têm currículo doutrinal para tratarem de um assunto
extremamente relevante como esse que sonda as vias tortuosas e complexas da
medicina sobre a covid19.
03 – Essa frase (se não voltar ao trabalho o
povo vai morrer de fome) soa muito apelativa e atinge o lenho do processo
psicológico consciente do cidadão, que sem arrimo às suas antigas mazelas, não
enxerga racionalidade no trato para um combate eficaz à transmissão vertiginosa
desse vírus que evoluiu bastante aqui no Brasil. O tema em evidência embora
pulsátil, interessante pela atualidade, ressalva-se qualquer reflexão ou
orientação ao auspicioso conhecimento científico. E ninguém, nesse caso
específico, tem singular direito de compor com o uso da imaginação raciocínio
descolado do isolamento social que atende as recomendações protocolares dos
maiores centros de estudos epidemiológicos do mundo.
04 – A mediocridade escandalosa há muito exibida
aqui no Brasil adquiriu em escala mundial, exponencial notoriedade. Perdemos
o brilho mágico da alegria, o protagonismo do belo e o senso de País. Um feito
que a História marcará nos seus anais como “os anos vividos no País dos
mortos”. Somos um povo sem rumo, sem destino. Vagamos no deserto da ignorância,
do descaso, da incompetência. Pra onde vamos? O que desejamos deixar em fim como
legado para os nossos iguais? Responda... se for homem!
João Pessoa – PB, 08 de junho de
2020
Mário Bento de Morais
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