quinta-feira, 13 de março de 2025

AGORA EU SEI QUE É ASSIM

 

Lá no reino de Mohammed

Tudo pode acontecer,

Devassidão de costumes

Prática de envilecer.

Mentira por todo canto

Verdade sem acalanto

No cavouco do direito,

Justiça sem ter espaço:

Falta inquilino no paço 

Na rua sobra prefeito.


Descaso com os bens públicos,

Com a gestão, com o povo,

Abandono da cidade

Fato velho, porém, novo,

História que se repete,

Que só ao cidadão compete

Mudar isso que foi feito

E deixar de ser palhaço:

Falta inquilino no paço,

Na rua sobra prefeito.


Reina o atraso, o desleixo,

Que cresce que nem fuxico,

Mas o bônus das benesses

Vão para a mesa do rico,

Tudo bem arquitetado,

Bem servido, planejado,

Um axioma perfeito,

Pra não causar embaraço:

Falta inquilino no paço,

Na rua sobra prefeito.


O mínimo emprega três

Dálits da grei miserável!

A sujeição democrática 

Com a força imensurável,

Os tem como investimentos

Impondo-lhes sofrimentos

E profundo desrespeito

Além de feroz cansaço:

Falta inquilino no paço,

Na rua sobra prefeito.


A realidade injusta

Precisa ser combatida,

Porque a visão retrograda

Impõe-se ser discutida,

Pois se o poder envelhece,

O povo então, reconhece

E se faz insatisfeito

Para arrebentar o laço:

Falta inquilino no paço,

Na rua sobra prefeito.


Mário Bento de Morais

sexta-feira, 7 de março de 2025

"EU SÓ SEI QUE É ASSIM"


Agora que eu sou prefeito

De fato e de direito 

Conforme a lei de demanda

Da política de franquia

Verdadeira anarquia

Num esquema de ciranda.


Com status de laranja 

Vou ao menos dando canja

Como o líder da cidade

Meu ofício é assinar

Notas frias sem olhar

Falsificando a verdade.


Meu projeto é sair rico 

Para o povo nada explico

Porque não lhe devo nada,

Comprei voto, fiz promessa,

Levei todos na conversa

Dei baile na ciganada.


Tenho teses com bons planos

Pra mentir por oito anos

Explorando o meu tesouro,

Florão que o sumo Mathias,

A chamou com empatias

"Penosa dos ovos d'ouro".


Lumpen da madre mamparra,

Cresci degustando a farra,

Que se dava por esbulho.

Do sonho que medra o povo,

Porém, só havia aprovo

Com rateio do bragulho.


Nunca tive ocupações 

Vivi sob boas ações 

Do social coletivo

Gozando de privilégio, 

Farta mesa, bom colégio

Por mérito impositivo.


As borgas da juventude

Boçais aos dons da virtude,

Negam-me ter o redil.

Mas o metal delirante

Continua dominante

Sob arbítrio do ardil.


As custas da consciência

Estimulam dependência 

Com seus fins alucinógenos

Para os broncos usuários,

Que nas mãos dos temerários

Os tolos serão lisógenos.


Porém, só sei que é assim

Perpetua-se tudo enfim

Por razões sempre banais

Dos férteis oportunistas,

Falsários protagonistas

De atos irracionais.


São parasitas lendários, 

Que mistificam otários

Urdindo-lhes a cobiça,

Mas lhes tardam a verdade

Com astúcias, por maldade,

Pra nodoar a justiça.


Mesmo assim eu sou prefeito

De fato e de direito,

Em meio a forte ciranda

Da política de franquia

Verdadeira anarquia 

Porque a súcia, é que manda!


Mário Bento de Morais

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

É NÓS DE CASA AI, GENTE!


É só pra nós de casa

É só pra nós de casa,

O povo levando fumo,

Mas nosso prefeito arrasa.


Já nomeou a equipe de trabalho 

Pra melhorar o cascalho,

O engodo da turminha,

Que vai a fundo nessa luta solidária

bombando a conta bancaria  

Com o saldo da rachadinha.


É só pra nós de casa,

É só pra nós de casa,

O povo levando fumo,

Mas nosso prefeito arrasa.


Pra nós de casa, saúde a educação

Cargo na administração,

Chefia de gabinete,

Meio ambiente, turismo,

Cultura e arte,

Laranjal por toda parte,

Como regra e macete.


É só pra nós de casa,

É só pra nós de casa,

O povo levando fumo,

Mas nosso prefeito arrasa.


Pros serviçais, transporte e agricultura

Esporte, infraestrutura 

Sem projeto e mais engano

Pra nós de casa,

No quintal gente modesta,

Pão e circo, fome e festa 

E desenvolvimento humano,


É só pra nós de casa,

É só pra nós de casa,

O povo levando fumo,

Mas nosso prefeito arrasa.


Mário Bento de Morais