segunda-feira, 16 de setembro de 2024

TUDO NOVO, MAS SEMPRE VELHO!


Titia, eu preciso ser prefeito

Para seguir com sucesso a tradição,

Já sei mentir sorrindo com alegria,

Prometer com empatia

Num falso aperto de mão.


Com competência sei o caminha da nota fria

E a estratégia pra fraudar licitação,

Dessa boquinha eu só quero sair rico

Meu salário eu multiplico

Meu robe é ostentação.


Todo meu plano é sair de bolso cheio,

Com esperteza eu vou superfaturar,

Terceirizando os serviços e a rachadinha

Eu formo uma dobradinha

Ninguém vai me segurar.


A minha luta vai ser desviar recursos

Para engordar a minha conta bancária,

O meu mandato fixei em oito anos

Vou realizar meus planos

Minha gestão vai ser hilária.


Mário Bento de Morais

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O POVO TEM FOME DE LIBERDADE/OS PODEROSOS JANTAM A OPRESSÃO

 

Não queira ser feliz pela metade,

Porque o astroso o é do mesmo tanto,

A diferença estar em cada planto

Tomado pela alheia má vontade.

De fato, no fosso da tempestade,

Encontra-se sempre a falsa impressão

Atirada em rosto com a expressão:

Palerma - terno da sociedade - 

O povo tem fome de liberdade,

Os poderosos jantam a opressão.


O bem se completa com o respeito

Quando se o tem deveras a si mesmo,

Porém, alguns decidem viver a esmo,

Mas não se exclui o seu natural direito,

Embora um tanto se torne sujeito

A adoba que os conduz a concessão

Aceitando indolente transgressão

Obrigada pela necessidade,

O povo tem fome de liberdade,

Os poderosos jantam a opressão.


Aqui a nova forma de humilhar

Passa pela sujeição democrática

Necessária em meio a vida prática

Sob o ódio da fórmula de agrilhar

Pelos vis que não querem partilhar

Porque desejam manter sob pressão.

A loucura maldita da agressão,

Que fere de morte a realidade

O povo tem fome de liberdade

Os poderosos jantam a opressão.


A vaidade é o maná da injustiça,

Que sufoca os cantares da esperança

Cerceando o favor da temperança

Desistindo da bondade castiça,

Contudo, negar o bem enfeitiça

O tolo domável à submissão

Que o fez afeito sempre a invissão

Por natureza da má insanidade

O povo tem fome de liberdade,

Os poderosos jantam a opressão.


Mário Bento de Morais