quarta-feira, 15 de maio de 2024

SONETO/ OS VERSOS CEM FORMA


Todos assistiram ao desespero

Póstumo de tuas velhas vaidades

Vividas no submundo das maldades

Porção inferior de teu destempero.


Em luto a nudez de tuas verdades

Disformes motivos de teu exagero

Intenso, sem suscitar refrigero,

Para dedica-se as frivolidades.


No entanto, a tua festa continua

Em desfile pelas dores da rua,

Absorvidas nos concertos do fumo,


Assim as ambições se dão ao cansaço,

As veleidades se vão pelo espaço

A vida se torna uma nau sem rumo.



Mário Bento de Morais

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