Todos assistiram ao desespero
Póstumo de tuas velhas vaidades
Vividas no submundo das maldades
Porção inferior de teu destempero.
Em luto a nudez de tuas verdades
Disformes motivos de teu exagero
Intenso, sem suscitar refrigero,
Para dedica-se as frivolidades.
No entanto, a tua festa continua
Em desfile pelas dores da rua,
Absorvidas nos concertos do fumo,
Assim as ambições se dão ao cansaço,
As veleidades se vão pelo espaço
A vida se torna uma nau sem rumo.
Mário Bento de Morais
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