O Brasil (governo) faz um esforço
sobre-humano para manter sob sua tutela uma importante parcela da sociedade
analfabeta, gastando uma soma incalculável em dinheiro. Quantia até difícil de se imaginar
ou mensurar um valor aproximado. Por isso, vamos pensar e fazer a seguinte
pergunta: é possível definir o custo moral de um País, quando uma parte
significativa dos seus cidadãos é analfabeta? Não. Isto não é possível. E, se
formulássemos outra pergunta. Qual o custo moral, existencial, social e
econômico para o cidadão analfabeto?
A resposta para estas questões está profundamente
associada a uma estrutura econômica saudável – Desenvolvimento Econômico – que
por sua vez, conta com uma administração pública organizada e competente tendo
como conselheiro o bom senso. No entanto, a chance de um País (governo)
alcançar um nível razoável de desenvolvimento passa definitivamente pelas mãos
da educação. Fora disso, esqueça! É impossível separar o desenvolvimento da
educação, “ambos são carne e unha”. De modo que tratar a educação com desprezo
é o mesmo que fechar as portas do País (governo) para o desenvolvimento, é
condenar as futuras gerações a meras identificadoras de letras e números, sem
domínio da escrita e da leitura; imagine se caso for necessário para essas
gerações, em dado momento da realidade, ter que fazer uma leitura simples que
precise ser interpretada, formar operações matemáticas mais ou menos urdidas ou
tratar de algum fato que envolva conhecimento mínimo de ciências?
Diante da pergunta, vamos voltar a nossa
curiosidade agora para alguns Países (governos) que resolveram estruturar e investirem
pesado na educação. Esses Países (governos) sabem que milhões de profissões e
empregos, fatalmente irão desaparecer num futuro próximo, na esteira da
tecnologia, por isso já estão se preparando com força nesse momento. Ex. Portugal,
Canadá, Alemanha, Estônia e Singapura. Outros Países (governos) aparecem como
líderes que investem e direcionam uma parte importante do seu produto interno
bruto (PIB) para educação: Suécia, Correia do Sul, Finlândia, Polônia e Japão,
não necessariamente nessa ordem de colocação. Esses Países (governo) enveredaram
sem antolhos pelos caminhos luminosos da educação e estão se superando a cada
dia.
Mas, os exemplos mostrados aqui não convencem
pessoas com raciocínios toscos em relação à educação, elas teimam ou ignoram os
fatos mesmo diante das ações reconhecidas por muitos estudiosos e organismos
internacionais sobre as medidas adotadas por esses Países (governos) aqui
elencados. Tais pessoas defendem o que todo mundo sabe, dizem elas: “só há
empregos com crescimento econômico”. Isso é uma verdade absoluta, no entanto,
sem educação de boa qualidade não haverá crescimento econômico nem empregos.
Sem ciências não há desenvolvimento, isso não preciso ser dito por que é de
conhecimento de todos nós.
Portanto, não saber ler nem escrever – penso
que não só afeta a alta estima do individuo, como também causa constrangimentos
profundos e danos irreversíveis a personalidade, que embora já formada com
valores apenas relativamente médios ditados, algumas vezes, possam ser
recuperados muito tardiamente em parte, mas já com enormes prejuízos acumulados
para o individuo. De modo que o individuo tende a demandar nessa “recuperação”
esforço físico e cognitivo que envolve memória, atenção, percepção, engajamentos
sociais, educacionais, culturais e econômicos; além claro, da participação
efetiva de outros importantes atores e de modo arrojado as três esferas de governos.
Por isso o classifico como custo moral.
No entanto, olhar o rosto de um indivíduo
analfabeto exposto a uma situação que exige destreza mental ou motora mínima,
logo se observa em seu semblante um misto de susto, medo, espanto e impotência diante
dessa cruel realidade. É como se ele
estivesse partindo sozinho para um desconhecido de mãos vazias. Neste caso,
aqui não se inclui a máxima trágica de Ésquilo: “sofrer para aprender”, aqui se
inclui sim, à falta da forma do “objetivo articulado de governos”, é o velho e
conceituado descaso. Essa situação será sempre considerada por toda vida do indivíduo. Por isso entendo como custo existencial.
Num quadro de lições de economia nas
instituições da área, logo se aprende que “custo está ligado ao sacrifício incorrido
para produzir um bem”. Então vamos tentar colocar o homem nesse cenário. O filho
de Genebra, Rousseau, disse que “o homem é produto do meio” (claro que é do
meio em que vive), então podemos deduzir que ele (o homem) é um bem que desde a
tenra infância sofre severas lapidações para se tornar uma pedra preciosa para
adornar uma coroa que o controla com uma força descomunal e lhe impõe uma
escravidão feroz, e o perverte a ponto de separá-lo da criação. Mas tudo isso começa
em casa com a família a primeira escola e os pais os primeiros educadores (os
cúmplices carcereiros da liberdade sem culpas). O estado (governo) diz que os
pais não podem nem devem educar os filhos do modo que entender ou achar que tem
o modelo eficaz. Não. Não é assim, diz o estado (governo). Segundo os dogmas
existentes, é o estado (governo) quem pode e tem o legitimo direito de dizer
como educar.
Ora, o
dilema da educação no Brasil (governo) começa aqui nesse ponto. O Brasil (governo) não prioriza a educação e
nem têm planos – “ações
políticas, sociais, econômicas, estabelecidas com um propósito específico”. O estado (governo) pode ter o legitimo direito de educar, mas não educa!
Como educar sem investir? Como produzir um bem sem ter o controle de qualidade
da matéria-prima? É sabido que o êxito de um produto depende muito da estrutura
da pesquisa e do desenvolvimento técnico. É ai que o controle de qualidade da
matéria-prima tem início com a eliminação de desigualdade de substância com
fulcro em conservar o nível do resultado final. Portanto, de quem é a culpa?
Com a palavra você! Enquanto isso o estado (governo) permanece produzindo
quimeras para o País dos mortos!
Custo social e econômico.
João Pessoa
– PB, 20 de maio de 2020
Mário Bento
de Morais
Utilizei várias fontes das leituras diversas que fiz.
Não há nada interessante no presente, que alguém
do passado não tenha dado um norte. Portanto, eis ai
De quem é a culpa???
Não há nada interessante no presente, que alguém
do passado não tenha dado um norte. Portanto, eis ai
De quem é a culpa???
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